Guilherme Fiuza
Todo o esforço de ajuste macroeconômico dos últimos anos, com resultados inegáveis, terá agora o nobre fim de alimentar a parasitose petista
Não é possível discutir normalmente a conjuntura brasileira com a eleição de Lula — aquele que segundo seu vice, Geraldo Alckmin, queria ser presidente novamente para voltar à cena do crime.
O problema é que o teor da declaração de Alckmin — a condição criminosa do ex-presidente — não pôde ecoar na campanha eleitoral: o TSE instaurou a censura sobre o assunto. E chegou a obrigar a Jovem Pan a dizer, como direito de resposta ao PT, que Lula é inocente. A inocência de Lula não está sentenciada em lugar nenhum. Mas o árbitro da eleição obrigou à afirmação disso na imprensa.
Se o árbitro da eleição age assim, essa eleição pode ser considerada limpa? Eleição sob censura é eleição legítima? Quem quiser dizer que sim já desistiu da democracia e não sabe. Lula está de volta à cena do crime. Ele chegou lá após uma decisão da máxima corte que anulou seus processos alegando que não poderiam ter sido julgados em Curitiba — por não estarem relacionados à Petrobras. Então as obras da OAS e da Odebrecht no triplex do Guarujá e no sítio de Atibaia, que levaram Lula à condenação por corrupção passiva, eram pagamentos de quê? Tanto OAS quanto Odebrecht foram condenadas por corrupção na Petrobras, em negociatas regidas pelos diretores da estatal nomeados por Lula.
O STF descondenou Lula porque não estava escrito nos pedalinhos pixuleco BR? Como o STF conseguiu dissociar as propinas recebidas por Lula dessas empreiteiras da corrupção protagonizada por elas na Petrobras? Teria sido um pixuleco genérico?
Integrantes dessa mesma corte se eximiram de explicar a violação do sistema do TSE na eleição de 2018, com invasão comprovada por hacker. Ao contrário, usaram o assunto para atuar politicamente contra o presidente da República, inscrevendo-o num dos inquéritos de mil e uma utilidades de Alexandre de Moraes — o “principal algoz” de Bolsonaro no STF, segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo e não desmentida.
Os arquivos que permitiriam a investigação dessa invasão foram apagados. Já o Ministério Público recomendou o arquivamento da investigação no Supremo contra o presidente — recomendação solenemente ignorada pelo mesmo Alexandre de Moraes, coincidentemente o juiz que presidiu a eleição.
Acredita em duende quem quer. Lula está de volta à cena do crime. Todo o esforço de ajuste macroeconômico dos últimos anos, com resultados inegáveis, terá agora o nobre fim de alimentar a parasitose petista. Os sinais foram dados. Todos. O tempo todo. Os abusos foram esfregados na cara da população. A população fez a sua parte e inundou as ruas. Mas os líderes ficaram vendo a banda passar.
Feliz Dia das Bruxas. Não, nenhuma palavra positiva. Aqui não tem discurso. O país está coberto pela vergonha.
Leia também “Que delícia de censura”
Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste
Não é possível discutir normalmente a conjuntura brasileira com a eleição de Lula — aquele que segundo seu vice, Geraldo Alckmin, queria ser presidente novamente para voltar à cena do crime.
O problema é que o teor da declaração de Alckmin — a condição criminosa do ex-presidente — não pôde ecoar na campanha eleitoral: o TSE instaurou a censura sobre o assunto. E chegou a obrigar a Jovem Pan a dizer, como direito de resposta ao PT, que Lula é inocente. A inocência de Lula não está sentenciada em lugar nenhum. Mas o árbitro da eleição obrigou à afirmação disso na imprensa.
Integrantes dessa mesma corte se eximiram de explicar a violação do sistema do TSE na eleição de 2018, com invasão comprovada por hacker. Ao contrário, usaram o assunto para atuar politicamente contra o presidente da República, inscrevendo-o num dos inquéritos de mil e uma utilidades de Alexandre de Moraes — o “principal algoz” de Bolsonaro no STF, segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo e não desmentida.
Os arquivos que permitiriam a investigação dessa invasão foram apagados. Já o Ministério Público recomendou o arquivamento da investigação no Supremo contra o presidente — recomendação solenemente ignorada pelo mesmo Alexandre de Moraes, coincidentemente o juiz que presidiu a eleição.
Acredita em duende quem quer. Lula está de volta à cena do crime. Todo o esforço de ajuste macroeconômico dos últimos anos, com resultados inegáveis, terá agora o nobre fim de alimentar a parasitose petista. Os sinais foram dados. Todos. O tempo todo. Os abusos foram esfregados na cara da população. A população fez a sua parte e inundou as ruas. Mas os líderes ficaram vendo a banda passar.
Feliz Dia das Bruxas. Não, nenhuma palavra positiva. Aqui não tem discurso. O país está coberto pela vergonha.
Leia também “Que delícia de censura”
Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste