O Brasil criou uma força-tarefa para controlar o ingresso de
venezuelanos em Roraima, medida anunciada em visita do presidente
Michel Temer ontem a Boa Vista. De acordo com o plano, haverá aumento de
100 para 200 homens nos pelotões de fronteira no Estado e duplicação
dos postos de fiscalização. O governo federal pretende aplicar R$ 15
milhões na contenção de novos refugiados – alguns dos quais são usados
pelo crime organizado – e na ajuda para os que já chegaram.
Segundo a Polícia Federal, 42 mil imigrantes
venezuelanos entraram em 2017 por via terrestre em Roraima e não
saíram. Isso equivale a 10% da população do Estado, de 400 mil
moradores. Depois do anúncio da assinatura de uma medida provisória
decretando uma espécie de “estado de emergência social” na região, os
ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança
Constitucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e da Justiça, Torquato Jardim,
detalharam algumas das medidas.
No que se refere ao Ministério da Justiça,
32 homens da Força Nacional que estão em Manaus serão deslocados para
Roraima e oito caminhonetes, assim como motocicletas, serão levadas para
ajudar no patrulhamento. Um hospital de campanha será montado em
Pacaraima, cidade fronteiriça. [alguém deve estar de brincadeira, talvez montando um circo, ao pretender instituir um sistema de triagem com tamanho efetivo.]
Novos centros de triagem devem ser instalados na região. O
ministro da Justiça falou em R$ 700 mil iniciais para a instalação das
unidades e anunciou nova reunião em 14 de março, para tratar
especificamente da população indígena. Ele reiterou que após o carnaval
um censo entre os venezuelanos definirá quais serão enviados para São
Paulo, Paraná, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Jungmann ressaltou a
necessidade de distribuição dos imigrantes pelo País, salientando que
“este é um problema nacional, que se dá pelo norte do País por uma
questão de fronteiras”. [cabe as autoridades constituídas do Brasil defender antes de tudo os interesses, e necessidades, dos brasileiros.
Esta distribuição de venezuelanos pelo Brasil - sem condições de trabalho, sem emprego, sem especialização - é o que se chama espalhar a miséria.
O impacto que Temer fala no parágrafo adiante terá como responsável unicamente a política de espalhar emigrantes, nascida da cabeça de seu competente ministro da Defesa.]
Temer, que não chegou a passar pelas ruas e
praças de Boa Vista tomadas pelos imigrantes, listou o fluxo de
refugiados para o Estado como um problema grave, que pode ter impacto em
outras partes do País. “Todos os recursos necessários serão usados para
solucionar a questão”, prometeu, indicando que pretende resolver a
questão este ano. De acordo com o presidente, a governadora de Roraima,
Suely Campos, mencionou que cidadãos do país vizinho estariam “tirando
emprego de roraimenses”. “Temos milhares de venezuelanos em Roraima que
demandam remédios e alimentação e não podemos e nem queremos fechar as
fronteiras”, afirmou Temer. O presidente anunciou revalidação de
diplomas para professores e médicos venezuelanos, como forma de aumentar
a participação deles na assistência. Canadá, Estados Unidos e União
Europeia já ofereceram ajuda para controlar o fluxo desordenado.
A governadora de Roraima entregou um documento com 11 sugestões, entre
as quais está a atuação do Exército no policiamento ostensivo em
Pacaraima. Ela afirmou que o crime organizado aproveita a
vulnerabilidade dos venezuelanos para fazê-los transportar drogas e
armas para o Brasil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Brasil dobra controle militar e reforça triagem de refugiados venezuelanos
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