Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Há 129 anos o governo não perde numa votação dessas; confirmou o
apronto e ganhou mais uma vez. Muda alguma coisa?Muda para pior, claro,
levando-se em conta que o novo ministro é uma agressão ambulante à liberdade.
Como ministro da
Justiça de Lula, foi o marechal-de-campo da repressão política do
governo.
É um inimigo declarado da livre expressão, que considera uma
atividade análoga à delinquência social.
Sua cabeça gira em torno das
ideias de proibir, punir, prender, cassar, indiciar, tocar a Polícia Federal
em cima.
Mas nada isso realmente altera o produto da operação.
A grande
maioria dos outros ministros é igual a ele; uns até fingem que não são,
mas na hora de decidir dá na mesma.
Dino vai tornar o STF mais extremista do que é na perseguição à “direita”, na anulação das leis que o Congresso aprova e a esquerda não admite, e na sua guerra permanente contra os direitos individuais e as liberdades públicas.guerra,
O
Brasil não tem mais, há pelo menos cinco anos, um Tribunal Superior de
Justiça, como se exige em todas as democracias.
O que há, no lugar
disso, é um partido político totalitário que se juntou com o presidente
da República e o seu sistema de forças para governar o Brasil em sistema
de consórcio fechado.
Dino vai tornar o STF mais extremista do que é na
perseguição à “direita”, na anulação das leis que o Congresso aprova e a esquerda não admite, e na sua guerra permanente contra os direitos individuais e as liberdades públicas.
Mas
o Supremo, no seu todo, continua tão morto como estava na sua condição
de provedor de justiça para o país e de protetor para a Constituição.
É
difícil que fique mais morto com o novo ministro.
Lula e seus sócios
tinham 8 na 2 no plenário. Agora têm 9 a 2.
Vão continuar mandando num
regime que não tem povo, não tem ordem jurídica e não tem nada para lhe
dar suporte fora do Exército – e de uma manada de pigmeus políticos que
estão à venda em tempo integral.
A
estatura real dessa aglomeração de apoio à Lula pode ser medida pelo
senador Sergio Moro. Não só votou a favor de Flávio Dino, quando teria a
obrigação de votar contra, mas quis esconder seu voto – e, pior que tudo, não conseguiu.
Uma imagem captada na tela do seu celular provou qual foi realmente a
sua conduta: com medo da indignação em massa das redes sociais (essas,
justamente, que o novo ministro quer censurar), Moro fugiu para o
esconderijo do voto secreto.
O
senador do Paraná está querendo ver se salva o próprio couro – está na
lista dos dez mais procurados pela Gestapo eleitoral operada hoje no STF
e seus inimigos ali estão com “sangue nos olhos”, como diria o ministro
Alexandre de Moraes.
Quem sabe concordem em comutar sua pena – de cassação do mandato para
serviços forçados em favor do governo?
É essa a democracia que foi salva
por Lula e pelo STF.
Com uma das maiores e mais complicadas fronteiras do planeta, o país não tem um órgão exclusivo para fiscalizar armas e munições. Os militares que cuidam dessa área também são responsáveis, segundo a instituição, por outros 120 setores (um mesmo militar é responsável por uma infinidade de ações).
Funcionário da fábrica de armas Taurus trabalha na linha de montagem da empresa em São Leopoldo (RS) - 15/01/2019 (Diego Vara/Reuters/VEJA)
Com 27 estados a fiscalizar, o controle de armas é dividido em 12 regiões. Só em lojas de munições, o país tinha, na gestão de Jair Bolsonaro, 3.456 estabelecimentos. Desse total, pouco mais de 600 informaram corretamente ao Exército as vendas realizadas no governo passado por meio do chamado “mapa de vendas”. Estados como São Paulo e Minas Gerais, acredite, não informaram vendas de munições durante todo o governo Bolsonaro. Não é pouca coisa.
É um caso clássico de setor que teoricamente se regulamenta sem a presença do Estado.
Para piorar, a gestão Bolsonaro cortou pela metade os recursos gastos em fiscalização ao mesmo tempo em que ampliou de forma descomunal o número de pessoas armadas no país, a partir de incentivos ao registro de novos CACs. E não há, no governo atual, iniciativa para criar um setor exclusivo de fiscalização de armas e munições.
Policiais
e militares mandaram o aviso: comunidades dominadas por traficantes do
CV e do PCC seriam asfixiadas enquanto armas não aparecessem; duas
brigadas estão de sobreaviso
A
tática é uma velha conhecida nos meios policiais: o bandido entregar o
que a polícia deseja para tentar evitar uma reação que atrapalhe em
demasia os negócios das organizações criminosas.
Foi assim que Erickson David da Silva – acusado de matar o policial da Rota Patrick Bastos Reis
– se entregou à polícia.
A facção criminosa queria evitar o que veio
depois: a Operação Escudo, que deixou um rastro de 28 mortes no Guarujá,
em 30 dias de ações na Baixada Santista.
Logo
que o furto das 13 metralhadoras Browning .50 e oito MAG, de calibre
7,62 mm, no Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo, se
tornou público, policiais civis do Departamento Estadual de
Investigações Criminais (Deic), de São Paulo, começaram a usar seus
contatos para tentar localizar quem estava por trás do crime.
Também
mandaram um recado a bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC): as armas tinham de aparecer. Enquanto isso não ocorresse, não iriam sossegar.
Um
agente do Deic soube que o armamento estava enterrado na região oeste
da Grande São Paulo. Um homem que já havia sido preso por roubo a banco
estava em contato com os bandidos responsáveis pela guarda das
metralhadoras. As investigações do Departamento, comandadas pelo
delegado Fabio Pinheiro Lopes, mostravam que os criminosos estavam negociando a venda do armamento ao PCC.
Lopes manteve durante toda a semana contatos com o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste (CMSE).
A Polícia Civil carioca obteve ainda um vídeo no qual quatro
metralhadoras .50 e outras quatro MAG eram oferecidas a traficantes de
drogas, cada uma por R$ 180 mil.
Foi quando militares e policiais fizeram chegar à cúpula doComando Vermelho (CV)que a Força Terrestre não ia descansar enquanto o armamento não fosse
recuperado.
Na gíria policial, os bandidos teriam de “vomitar” as
metralhadoras.
Isso significava que o Exército estava disposto a cercar
comunidades, como fizera em março de 2006 quando, após 12 dias de
atuação em 16 favelas cariocas, as tropas recuperaram os dez fuzis e a
pistola roubados do Estabelecimento Central de Transportes do Exército.
Controlaram
as vias de acesso, verificando documentação e revistando carros.
Com
isso, os consumidores de drogas não puderam chegar a seus fornecedores.
Calculou-se que a ação fez o faturamento dos traficantes cair 70%.
A
ameaça de uma nova asfixia fez com que na quinta-feira o CV abandonasse
em um carro quatro metralhadoras .50 e quatro calibre 7,62 mm, na Gardênia Azul,
na zona oeste do Rio, onde foram recuperadas pela Polícia Civil. Em São
Paulo, enquanto o Exército apurava responsabilidades administrativas e
criminais de seu pessoal no caso, o mesmo recado foi dado aos bandidos:
“Devolvam as armas”.
Falta
agora encontrar quatro metralhadoras de calibre .50. “Os interessados
na compra desse armamento são ligados à facção criminosa (PCC)”, afirmou
o delegado Julio Guebert, diretor do Departamento de
Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro). Para ele, essas armas
viraram uma “batata quente” nas mãos dos bandidos. “Nós vamos até o fim.
Vamos identificar os envolvidos na compra e na venda dessas armas e
trabalhar para recuperar as armas que faltam.”
Não só. O CMSE pôs de sobreaviso todo o efetivo da11ª Brigada de Infantaria Mecanizada e da 12ª Brigada de Infantaria Leve
(Aeromóvel). Ou seja, quem estiver em casa deve se manter em condições
de se apresentar ao quartel a qualquer momento.
Entre as unidades que
podem cumprir buscas e apreensões no âmbito do Inquérito Policial
Militar (IPM) do caso, estão o 4.º Batalhão de Infantaria Mecanizada
(4.º BI Mec) e o 8.º Batalhão de Polícia do Exército.
O
general Maurício passara a madrugada de sábado e a tarde organizando as
ações para recuperar as armas.
O Exército se sente ultrajado diante do
maior furto de armas em um quartel desde que o capitão Carlos Lamarca deixou o 4.º Regimento de Infantaria com 63 fuzis,
três submetralhadoras e uma pistola, em 13 de fevereiro de 1969. [lembrando que o traidor Lamarca, andou dando uma de guerrilheiro esquerdista, praticou atrocidades - todas no estilo esquerdista de combater = covardes e cruéis = mas terminou abatido a tiros no interior da Bahia.]
É
difícil para oficiais acreditarem que a retirada das 21 metralhadoras
tenha sido possível.
Uma reserva de armas não é um depósito de
virabrequins.
Já quinta-feira, Tomás determinou o afastamento do
tenente-coronel Rivelino Barata Batista de Sousa. Engenheiro militar, ele foi recriminado por deixar que acontecesse tamanha falta de segurança no arsenal. E foi só o começo.
As primeiras prisões decretadas pela Justiça Militar
em razão do delito devem sair ainda nesta semana. Além disso, 20
oficiais e praças podem ser punidos disciplinarmente. Eles tiveram de
apresentar suas defesas e estão sujeitos a prisão de até 30 dias.”Esses
militares não cometeram crime, mas foram negligentes”, disse o general.
Ele disse ter certeza de que, sem o interesse de bandidos de fora do
quartel, os militares envolvidos no crime não teriam furtado as
metralhadoras.
Ou seja, elas tinham defeitos tão complexos que não compensava
financeiramente consertá-las.
De fato, só os casos graves são
encaminhados aos arsenais de guerra do Exército – armas com defeitos
menores são consertadas nos batalhões de logísticas.
Isso dificultou a
venda das metralhadoras para as facções criminosas, pois seria
necessário gastar mais dinheiro – e também expertise – para
consertá-las.[apesar de ser uma tática antiga e 'asfixia' é conhecida e empregada em diversas unidades das FF AA do brasil e até policiais.
É comum e eficiente que quando os bandidos se atrevem a roubar armas e outros equipamentos militares das FF AA estas ergam pontos de verificação em vias de acesso a favelas, bocas de fumo e param todos os carros, e também pedestres, que se dirijam àqueles locais e procedam longas e minuciosas buscas, inviabilizando o comércio de drogas e outros ilícitos.
É mais demorado, não é tão espalhafatoso quanto invadir favelas, mas é bem mais eficiente e seguro até mesmo para os moradores da região. As FF AA tem efetivo e tempo para manter uma operação estilo asfixia, por meses - dificil é o tráfico e demais criminosos aguentarem. Considerando que os locais de verificação são escolhidos pela forças militares ou policiais, os bandidos perdem o fator surpresa e torna-se praticamente impossível que inocente sejam mortos.Óbvio que todo o COMANDO deve ficar com as forças policiais e/ou militares e, vez ou outra, o uso da força e de métodos enérgicos de interrogatório serão necessários.
Aos poucos, ele se espalhou pelo sistema
prisional e, depois, pelas ruas de São Paulo. O Estado negou sua
existência durante anos.
Quando despertou para o problema, era tarde: os
seis homens se haviam transformado em milhares.
Hoje, só com o tráfico
internacional de drogas, a facção fatura mais de R$ 1 bilhão por ano,
dinheiro que mantém o seu poder, corrompe agentes públicos e compra
armas.
Comando Militar do Sudeste aponta envolvimento de sete integrantes do quartel de Barueri, na Grande São Paulo, além de dois civis
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) pediu à Justiça Militar a decretação da prisão preventiva
dos militares acusados de participação no furto de 21 metralhadoras do
Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo. A Justiça pode
decidir ainda nesta quinta-feira, 26, se decreta ou não as prisões
diante da gravidade do caso. O número de acusados não foi divulgado, mas
o CMSE suspeitava do envolvimento de sete militares no crime e de dois
civis.
Além disso, 17 militares foram punidos disciplinarmente – a maioria oficiais – na apuração administrativa aberta pelo comando por falha de conduta ou erro de procedimentos nos processos de fiscalização e controle do armamento.
Outros cinco militares podem receber sanções. Neste caso, a punição
mais severa aplicada foi de 20 dias de prisão disciplinar – as punições
administrativas podiam ir de advertência à prisão por 30 dias. Todos
estão cumprindo a punição no Arsenal de Guerra.
No contexto da apuração criminal,
os possíveis crimes cometidos, conforme o Código Penal Militar, são:
furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A
qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar.
8 metralhadoras foram encontradas pela Polícia Civil do Rio (foto à
esquerda); e 9 armas acabaram achadas pela polícia de Carapicuíba,
Grande São Paulo. Todas as 17 foram furtadas do quartel do Exército em
Barueri, região metropolitana — Foto: Leslie Leitão/TV Globo e Polícia
Civil/Divulgação
As investigações do Exército e
das Polícias Civis do Rio e de São Paulo levaram à recuperação de nove
Browning e das oito MAGs – oito das metralhadoras haviam sido oferecidas
ao Comando Vermelho e foram encontradas no Rio e outras nove estavam
sendo negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e foram
localizadas em São Roque, em São Paulo.
Desde a ausência constatada durante inspeção, o Comando Militar do Sudeste chegou a manter quase 500 militares aquartelados para
identificar dados relevantes para ajudar a desvendar os fatos
envolvidos no sumiço do armamento. Além disso, comando do Exército trocou do diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista. Para o posto foi nomeado o coronel Mário Victor Vargas Júnior.
Como mostrou o Estadão,
de acordo com o general Maurício Gama, as armas furtadas estavam
danificadas, sem condições de uso para o Exército e passariam pelo
processo de “desfazimento”. As metralhadoras têm alto poder de fogo: a
.50 pode disparar 550 munições por minuto e provocar a queda de
helicópteros.
Em São Paulo,
a Polícia Civil encontrou 9 metralhadoras furtadas na Estrada Municipal
Emil Scaff, em São Roque, município paulista a cerca de 35 km de
Barueri. As armas estavam em uma área de lamaçal.
O andamento das colaborações referentes ao 8 de janeiro exige alguma
cautela na interpretação, mas as versões trazidas até agora não
autorizam muito otimismo sobre provar o envolvimento institucional
necessário para caracterizar uma tentativa concreta de golpe de Estado.
Houve em toda a transição pós-eleitoral, e isso já se sabia, um desejo
de virada de mesa. E houve os acontecimentos daquele domingo. A
dificuldade, até agora, está em conectar os dois fatos.
Seria um golpe de Estado sem o Exército ou contra o Exército.Complicado.
Mas, como em toda investigação revestida de forte componente político,
aguardar é prudente. Um exemplo é a Lava Jato, que levou anos para
construir o arcabouço condenatório almejado pelos seus condutores. Ali,
métodos heterodoxos buscaram redesenhar um disseminado sistema de caixa
dois eleitoral, com elementos de corrupção política, como se fosse o
inverso. Ao final, as forçações de barra acabaram facilitando o
desabamento do castelo de areia.
E os que ontem caçavam hoje são caçados.
Mas seria também precipitado debitar o fim inglório da Lava Jato e seus
personagens às heterodoxias.
A Lava Jato morreu, e os líderes dela estão
em retirada ou em fuga, porque mudou a correlação de forças políticas e
sociais. Os equívocos de Jair Bolsonaro na presidência foram centrais
para a divisão do bloco histórico que o elegera em 2018. Na gangorra da
política, quando um dos lados desce, o outro sobe.
Quem matou a Lava
Jato não foi o Telegram.
Agora, o cenário guarda alguma semelhança com o período 2014-18.
A Lava Jato pôde avançar sem maior resistência porque o sistema de
freios e contrapesos estava bem relativizado. Aqui e ali, vozes isoladas
pediam a observância do devido processo legal e questionavam a terra
arrasada empresarial, mas era só um registro. No mais, um alinhamento
quase perfeito (quem não impulsionava, recolhia-se a uma conveniente
passividade, muitas vezes em nome do “republicanismo") de vetores
facilitou a vida de Curitiba.
Na teoria, numa democracia como a nossa, o sistema de freios e
contrapesos garante por si próprio que todos os núcleos de poder sofram
alguma limitação para prevalecer sobre os demais. Na prática, a
experiência brasileira comprova mais uma vez que depende.
Se Executivo,
Legislativo, Judiciário, imprensa e sociedade civil estão alinhados,
ainda que algum ou mais de um deles esteja neutralizado, o mecanismo
engasga.
E, no limite, uma hora deixa de funcionar.
Como resolver? Difícil. A exemplo da guerra, na política os exércitos
avançam até alcançar os objetivos ou enfrentar resistência que imponha
mudança de cenário. Esta pode resultar de dificuldades econômicas, mas
regimes políticos sobrevivem a isso quando há coesão nos grupos
dominantes. Coesão que sempre é imposta por uma mistura de coerção e
consenso. Até aqui, o governo Luiz Inácio Lula da Silva vai bem na
aplicação da primeira e na construção do segundo.
Onde está a dúvida? O lavajatismo e seu produto político-eleitoral, o
bolsonarismo, talvez tenham acreditado que poderiam eliminar o petismo
só por meio da coerção. Se ambos tivessem compreendido que sua hegemonia
seria mais estável e duradoura caso trabalhassem para absorver no
sistema um petismo minoritário, porém legitimador, é possível que não
estivessem enredados nas atuais dificuldades. Mas o “se” não joga e
jamais saberemos.
Hoje, o vento venta no sentido da criminalização da direita, como um dia
ventou para criminalizar a esquerda. Qual será a resultante?
Agora o pessoal que usar sites de aposta eletrônica e ganhar prêmio também vai pagar imposto.
Desarmamento
Armas Entre as medidas adotadas por Lula estão mudar a atribuição de fiscalização do Exército para a Polícia Federal e restringir mais o porte. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Agora o pessoal que usar sites de aposta eletrônica e ganhar prêmio também vai pagar imposto.
Daqui a pouco vão taxar o ar que respiramos,porque o governo tem muita despesa para se manter, é muito grande, é muito inchado, está cheio de órgãos públicos para fazer coisas que não precisavam fazer, que a iniciativa privada faria melhor.
Aliás, se o governo quisesse estimular o desenvolvimento econômico do país, que se metesse menos na atividade econômica, que não tributasse tanto.
A taxação das apostas está numa medida provisória que ainda vai ser examinada no Congresso e tem 120 dias para virar lei, mas por enquanto já está vigorando. Jogadores e treinadores não podem apostar em partidas do seu time, para evitar as coisas que temos visto por aí.
Lula não acerta uma quando fala sobre armas
O presidente Lula anunciou que quer fechar todos os clubes de tiro. São 2 mil, empregando muita gente.
Ele diz que essa história de clube de tiro é só para polícia e para os militares, que são os únicos que precisam treinar tiro, porque a sociedade não precisa.
E anunciou isso exatamente no dia em que se comemora a chegada dos imigrantes alemães ao Brasil, em 1824; com eles vieram as tradições da Alemanha, como os clubes e sociedades de tiro,Schützenverein, que se espalharam pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Eu conheci esses clubes de caça e tiro em Estrela, em Lajeado; em Cachoeira há a Sociedade Rio Branco, que está recuperando agora a tradição do clube de tiro.
Na Alemanha, esses clubes foram criados na Idade Média, nas cidades medievais, pela população, para resistir à opressão dos senhores feudais.Hoje a Alemanha tem 15 mil clubes de tiro, com 1,5 milhão de filiados.Nos Estados Unidos, a Constituição garante que todo cidadão tenha arma; originalmente, era para evitar que o Estado oprimisse o cidadão, para garantir a liberdade dos cidadãos.
Mas, enfim, aqui no Brasil é diferente e Lula não quer saber disso. Provavelmente não sabe também que a primeira medalha de ouro olímpica do Brasil foi obtida no tiro, por Guilherme Paraense, conhecidíssimo na Europa, mas que aqui não é conhecido pelo presidente da República.
Ganhou ouro na pistola, um outro brasileiro ganhou prata em outra prova e a equipe brasileira ganhou bronze em 1920. É um esporte olímpico desde que os Jogos Olímpicos voltaram, em 1896, e desde 1984 as mulheres também participam.
Lula até usou um termo chulo que eu tenho vergonha de repetir aqui, mas que precisarei fazer, porque eu atribuo o palavrão ao presidente da República.“Não é a sociedade que tem que dar tiro. Nós não estamos preparando uma revolução, eles tentaram preparar golpe e sifu”.
São palavras do presidente da República; até peço desculpas a quem me ouve ou lê, porque vocês nunca viram um termo chulo aqui na nossa conversa.
E Lula ainda insinuou que o decreto anterior, que flexibilizava a compra de armas, era para beneficiar o crime organizado.
Lula não sabe que o crime organizado importa as armas, que o contrabando tem armas melhores que a polícia.
Ele nunca deve ter visto estatísticas de apreensão de armas; se tivesse visto, saberia que é menos de 1% o número de armas apreendidas que antes tinham sido legalizadas.
Para perseguir quem xingou ministro vale até abolir o Código Penal
Alexandre de Moraes depôs à Polícia Federal, que foi colher o depoimento dele sobre o caso do xingamento em Roma.
Mas o artigo 7.º do Código Penal deixa tudo isso ilegal.
Nada disso vale, porque o artigo 7.º diz que “ficam sujeitos às leis brasileiras, embora cometidos no estrangeiro”, e aí vem uma série de crimes. Mas o parágrafo 2.º, “c”, diz que,para ser punível no Brasil, é preciso “estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição”.
Mas não existe extradição para crime de desacato – se fosse cometido aqui, xingar uma autoridade seria no máximo desacato.
E as “vias de fato”, que são agressão sem lesão, que teriam acontecido com o filho do ministro? Vias de fato é contravenção penal.
Então, não sei como estão conseguindo ter até o Supremo envolvido nisso. A presidente do STF autorizou busca e apreensão na casa do casal Mantovani, [em termos de impropriedades, a ilustre magistrada, também ousou comparar o tumulto do 8 de janeiro a Pearl Harbor.] a despeito do que está escrito no artigo 7.º do Código Penal, que, acho, ainda está vigente. Pelo menos na nossa cabeça.
Neste mês de abril, até o dia 23, haviam ocorrido 33 invasões de propriedades pelo MST(a Globo,
que fez o L e gostou, chama de “ocupações”). Não obstante, João Pedro
Stédile, comandante do “exército do MST” – assim nominado por Lula num
ato público em defesa do governo Dilma (24/02/2015) – integrou a recente
comitiva presidencial na visita à China.
Imagine,
leitor, se os traficantes de droga, como forma de ampliar o número de
usuários, criassem um mês de promoções, tipo “Seu pó a preço de
farinha!”, ou “Compre uma pedra e leve duas!”.
E suponha que esses fatos
fossem abordados com naturalidade pela mídia e pelos poderes de
Estado. Ou, então, imagine que os ladrões de carro programassem ações
em âmbito nacional, como, por exemplo: “Curta a primavera andando a pé”,
e realizassem uma campanha para aumentar o furto de veículos. E as
autoridades não esboçassem reação alguma. Escândalo?
Pois é isso
que acontece em nosso país, há mais de uma década, no mês de abril. O
MST, nestes dias,rememora os episódios de Eldorado dos Carajás com um
Abril Vermelho, desencadeando operações agressivas que incluem invasões
de propriedades privadas e de prédios públicos e bloqueio de ruas e
estradas.
E tudo é considerado muito normal, porque, afinal, trata-se de
um “movimento social” cuja conduta criminosa não pode ser criminalizada
sem grave ofensa a... a que mesmo?Ao direito de invadir?
Ao direito de
destruir os bens alheios?
Ao direito de atrapalhar a vida dos outros?
Ao direito de cometer crimes e permanecer incógnito?
Note-se que
não estamos perante uma gama de atividades lúdicas do tipo“Passe um
dia no campo com o MST”,ou de celebrações cívicas, a exemplo das que
são promovidas em lembrança às vítimas da Intentona Comunista de 1935.
Não, não é isso. Em abril, o MST eleva o tom daquilo a que se dedica
durante o ano inteiro: a ação destrutiva imposta pelo DNA dos movimentos
revolucionários.
Trata-se de atacar o direito à propriedade privada
(dos outros), os bens alheios e as instituições do Estado Democrático de
Direito – entre elas o conjunto dos poderes de Estado.
E de fazê-lo com
a leniência destes, verdadeiros bobos da corte do movimento.
Quase
sempre distraídos quanto aos problemas da cidadania, os Três Poderes
(qualquer semelhança com Moe, Larry e Curly, os Três Patetas, corre por
conta do leitor),vão da tolerância à inação, da perda de vigor à
flacidez extrema. Sabem por quê?
Porque eles supõem, no Olimpo onde
vivem, que o movimento se volte apenas contra os “poderosos
latifundiários e seus ociosos latifúndios”.
No entanto, as ações do MST alimentam a ira e as urgências dos poderes contra seus antagonistas
políticos e ideológicos e sua negligência com a proteção da sociedade,
seus direitos e sua liberdade.
Eis porque o
tema, há muito tempo, deixou de ser coisa de um grupo social para se
tornar pauta necessária das escassas reservas de inteligência do país,
ainda capazes de compreender como operam os movimentos revolucionários e
de bem avaliar seu poder de destruição. Porque saiba, leitor, aquilo
que os desnorteados bispos da Comissão Pastoral da Terra fingem não
saber: a primeira tarefa dos movimentos revolucionários é a destruição.
O
que vem depois fica para depois, inclusive acabar com o clero, como
sempre fizeram ao longo da história e estão fazendo na Nicarágua.
De fato, o Abril Vermelho deu o tom do ano. Saiu o verde e amarelo, entrou o vermelho a dar o tom do ano. Fez o L e não gostou?
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.