Rodrigo Constantino
A datilógrafa Vera Magalhães se envolveu uma vez mais em confusão. O deputado Douglas Garcia tentou provoca-la, é verdade, aproximando-se da "jornalista" com o telefone gravando um vídeo e puxou o valor do seu contrato com a TV Cultura.
O deputado mencionou o
valor integral do contrato, de vários meses, para dar mais impacto, o
que não é algo intelectualmente muito honesto. Vera não ganha meio
milhão do governo de SP, ao menos não por mês. Seu salário é de pouco
mais do que R$ 20 mil, o que não está fora do mercado. [para ela está fora do mercado acima e muito, por ser muito elevado para o seu medíocre desempenho - eu que trabalho no Blog como formatador-geral, de graça, tem muitos que acham que estou ganhando demais - entendem que o que faço e como faço, ainda que pague, estaria ganhando muito.]
Vera, porém, "caiu na pilha" e passou a bater boca com o deputado, chegando inclusive a apertar seu queixo com a mão. Douglas Garcia passou, então, a repetir a frase de Bolsonaro, de que Vera é uma vergonha para o jornalismo nacional.
Vera já tinha chamado seguranças, aliás. Em determinado momento, alguém arranca o telefone da mão do deputado e o lança para longe.
Em suma, o deputado quis ter seu momento de MBL e mandou mal. Mas em nenhum instante ele agrediu ou atacou a "jornalista". Vera, contudo, fez o que a esquerda sempre faz: bancou a vítima: Qual foi a agressão? Chama-la de "vergonha para o jornalismo nacional" não é uma agressão, e sim uma opinião pessoal - da qual, inclusive, eu e milhões de brasileiros compartilhamos.
Vera mais se parece com uma militante esquerdista, que confunde entrevista com debate, que mente na maior cara de pau, como quando nega que houve lockdown, o mesmo que ela creditava antes pelo sucesso no combate à pandemia. Mas a "treta" não parou por aí. O candidato Tarcísio Gomes de Freitas se manifestou... em defesa da "jornalista":
Lamento profundamente e repudio veementemente a agressão sofrida pela jornalista Vera Magalhães enquanto exercia sua função de jornalista durante o debate de hoje. Essa é uma atitude incompatível c/ a democracia e não condiz c/ o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa.
Tarcisio é um bom gestor, um tecnocrata competente, que vem fazendo seu bom trabalho desde o governo Dilma, mas errou feio ao acender vela para a patota militante e usar termos indevidos, como se a datilógrafa tucanopetista tivesse mesmo sido agredida - não foi. Esse tipo de concessão é um tiro no pé!
Preciso dizer o óbvio, pelo visto: o erro do deputado, que quis provocar Vera para se promover, não justifica o erro do candidato Tarcisio, que poderia ter ficado quieto sobre o assunto. Vera não foi agredida, ponto. Podemos condenar a atitude do deputado e também a vitimização dela.
Que o Tarcisio aprenda a ser mais "Tramontina" e menos vaselina...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES