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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Milícias jornalísticas - Percival Puggina

“Não confie em todas as pessoas, mas nas pessoas de valor; o primeiro caminho é insensato, o segundo é sinal de prudência”. Demócrito (Sec. V a.C.)

         Chico Alves, colunista do UOL, escreveu no dia 27, sob o título “Milícias digitais atacam Pacheco e agitam corrida à presidência do Senado”:

Em tempos de polarização política, a caça aos votos para a eleição à presidência do Senado, marcada para o início da nova legislatura, em 1º de fevereiro, ganhou um inédito tom de agressividade. Bolsonaristas adeptos da candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) fazem duros ataques ao candidato à reeleição Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nas redes sociais e tentam constranger os senadores que anunciaram votos no atual presidente da Casa.

Rezando pelo mostruário de etiquetas que a militância esquerdista usa para desqualificar quem não se ajoelha para rezar na sua capelinha, o jornalista autor da matéria apresentada como “reportagem” (aqui) deixa claro não ver razões racionais para que as ”milícias digitais” dos “bolsonaristasse mobilizem contra a reeleição do omisso senador Pacheco. Dá-me forças para viver!

Essa visão sobre o poder político no Brasil assume um ponto de vista extremamente confortável. É uma poltrona fofa, com banqueta para os pés. Dali, as instituições de Estado se tornam autossuficientes porque têm a representação constitucional da sociedade, cabendo às “milícias jornalísticas” do consórcio a representação pontual da opinião pública. Feito! Toda mobilização da sociedade assume, a priori, um aspecto criminoso, marginal, análogo ao bando de malfeitores e seus responsáveis que a 08/01 se infiltrou no vácuo de lideranças em que foi enfurnada a atual oposição brasileira.
 
Os senhores da República não veem a si mesmos por falta de espelho nos salões do poder e das redações. Nada do que fazem passa pelo crivo de consciências bem formadas. 
Dezenas de milhões de cidadãos que perderam a confiança nas instituições e em tal jornalismo são tratados como desprezíveis e ironizados manés. 
Não obstante, esses bons cidadãos entendem, como o filósofo grego citado acima,, que só podem confiar em quem revelar valor! E aí, os senhores do poder ficam em situação extremamente deficitária.
 
Quanto lhes é necessário Rodrigo Pacheco presidindo o Senado! Ele é a garantia de que não haverá freio nem contrapeso. Significará mais dois anos de formalização dessa “democracia” encomendada pelos donos do poder. 
Com ele, preservam-se os objetivos de silenciar a nação, de impedir as pessoas de sentir o que sentem, de expressar emoções e efetuar cobranças a quem faz política, quer esteja num parlamento ou numa Corte de justiça.

Sim, as Cortes fazem política. Em O Globo de hoje (aqui), sob o título “O temor do STF com a votação para a presidência do Senado”, lê-se (mantidos os erros gramaticais de praxe):

Não à toa, alguns ministros do Supremo tem telefonado para senadores para sondar o ambiente e pedir que votem em Pacheco, com o argumento de que a reeleição do atual presidente do Senado seria fundamental para o distensionamento da crise política e a pacificação entre os poderes.

Essa pax de Brasília não é a paz do Brasil. É a paz que preserva a censura, ressuscita o cala-boca, criminaliza a divergência e opera o imenso aparelho persecutório agilizado na Esplanada.

No Brasil, a justiça é lenta, mas a arbitrariedade anda em ritmo acelerado, sem freio nem contrapeso.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Tarcísio erra ao acender vela para militância esquerdista - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

A datilógrafa Vera Magalhães se envolveu uma vez mais em confusão. O deputado Douglas Garcia tentou provoca-la, é verdade, aproximando-se da "jornalista" com o telefone gravando um vídeo e puxou o valor do seu contrato com a TV Cultura.

O deputado mencionou o valor integral do contrato, de vários meses, para dar mais impacto, o que não é algo intelectualmente muito honesto. Vera não ganha meio milhão do governo de SP, ao menos não por mês. Seu salário é de pouco mais do que R$ 20 mil, o que não está fora do mercado. [para ela está fora do mercado acima e muito, por ser muito elevado para o seu medíocre desempenho - eu que trabalho no Blog como formatador-geral, de graça, tem muitos que acham que estou ganhando demais - entendem que o que faço e como faço, ainda que pague, estaria ganhando muito.]

Vera, porém, "caiu na pilha" e passou a bater boca com o deputado, chegando inclusive a apertar seu queixo com a mão. Douglas Garcia passou, então, a repetir a frase de Bolsonaro, de que Vera é uma vergonha para o jornalismo nacional.

Vera já tinha chamado seguranças, aliás. Em determinado momento, alguém arranca o telefone da mão do deputado e o lança para longe.

Em suma, o deputado quis ter seu momento de MBL e mandou mal. Mas em nenhum instante ele agrediu ou atacou a "jornalista". Vera, contudo, fez o que a esquerda sempre faz: bancou a vítima: Qual foi a agressão? Chama-la de "vergonha para o jornalismo nacional" não é uma agressão, e sim uma opinião pessoal - da qual, inclusive, eu e milhões de brasileiros compartilhamos. 

Vera mais se parece com uma militante esquerdista, que confunde entrevista com debate, que mente na maior cara de pau, como quando nega que houve lockdown, o mesmo que ela creditava antes pelo sucesso no combate à pandemia. Mas a "treta" não parou por aí. O candidato Tarcísio Gomes de Freitas se manifestou... em defesa da "jornalista":

Lamento profundamente e repudio veementemente a agressão sofrida pela jornalista Vera Magalhães enquanto exercia sua função de jornalista durante o debate de hoje. Essa é uma atitude incompatível c/ a democracia e não condiz c/ o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa.

Tarcisio é um bom gestor, um tecnocrata competente, que vem fazendo seu bom trabalho desde o governo Dilma, mas errou feio ao acender vela para a patota militante e usar termos indevidos, como se a datilógrafa tucanopetista tivesse mesmo sido agredida - não foi. Esse tipo de concessão é um tiro no pé!

Preciso dizer o óbvio, pelo visto: o erro do deputado, que quis provocar Vera para se promover, não justifica o erro do candidato Tarcisio, que poderia ter ficado quieto sobre o assunto. Vera não foi agredida, ponto. Podemos condenar a atitude do deputado e também a vitimização dela.

Quando aceitamos fazer esse joguinho da velha imprensa, estamos alimentando os monstros que querem nos devorar. 
O vice-presidente Mourão fez muito isso durante o governo, e não acho que rendeu bons frutos. 
É preciso ter a clareza moral e a coragem para colocar os pingos nos is e dar o nome certo às coisas. 
Banalizar o termo agressão como quer a militância midiática é um equívoco enorme.
 
Tarcísio está começando a pegar o jeito como político, mas precisa tomar cuidado com as cascas de banana
Precisa entender que quem quer ficar amiguinho de militantes de esquerda vai sempre pagar um alto preço, uma vez que a esquerda não terá qualquer receio em devorá-los, em usar rótulos depreciativos contra eles. Foi uma pena ver esse deslize de Tarcísio no dia seguinte em que publiquei justamente o massacre do ex-ministro aos militantes que tentaram acua-lo na "entrevista":

Que o Tarcisio aprenda a ser mais "Tramontina" e menos vaselina...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES