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domingo, 29 de janeiro de 2017

Novas residências no Centro são bem-vindas - Comçea o desmonte da política petista de criar guetos de pobres nas periferias,

Minha Casa Minha Vida criou guetos de pobres nas periferias. Foi conveniente ao interesse das construtoras e à propaganda dos governos petistas

É acertada a decisão do governo federal de acabar com a política de construção de grandes e distantes conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida para as famílias de baixa renda. A orientação agora para novos empreendimentos é erguer prédios em áreas já urbanizadas, próximas ou mesmo no Centro das cidades.

A nova diretriz responde a críticas que urbanistas fazem há anos, chamando a atenção para erros elementares na política habitacional brasileira. A primeira delas é considerar que o preço baixo de terrenos em regiões periféricas para a construção de conjuntos habitacionais é vantagem. Trata-se de um típico caso em que o barato sai caro, porque residências em áreas distantes do Centro exigem que o poder público instale escolas, postos de saúde e infraestrutura a custo elevado. Proibitivo, considerando-se que a crise fiscal estrangula União, estados e municípios, que mal conseguem bancar o custeio da máquina e honrar os salários dos servidores — que dirá investir em rede de esgoto, energia elétrica, telefonia etc.

Isso na hipótese de União, estados e municípios cumprirem o seu papel. Na prática, o que predomina é o descaso dos governantes, que abandonam os moradores. Assim, em vez de solução para a crise habitacional, o Minha Casa Minha Vida criou guetos de pobres em todo o país. Foi conveniente ao interesse das construtoras e à propaganda dos governos petistas, presentes nas inaugurações, mas ausentes no dia a dia.

Em vez da ilusão dos terrenos de valor mais baixo, porém distantes, o governo federal vai preferir prédios mais altos, concentrando as unidades residenciais num espaço menor. No caso do Rio, a proposta contribui para a revitalização da região central, já iniciada com iniciativas como a derrubada da Perimetral, a construção do Boulevard Olímpico e do VLT, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio. No entorno dessas obras motivadas pela Olimpíada, há espaços disponíveis nos quais a presença de novos moradores seria uma forma de combater e prevenir a decadência.

O Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ estudou o assunto e concluiu que 150 mil novos domicílios poderiam ser instalados a partir do aproveitamento de glebas vazias e galpões ociosos e abandonados no Centro. O estudo considerou uma ocupação de 50% das áreas livres com seis pavimentos de altura. 

Há condições, portanto, para que a Zona Portuária e o Centro se consolidem como lugar de moradia para diversos perfis socioeconômicos. A expansão rumo à Zona Oeste foi um erro, não só pelo ônus de levar infraestrutura a lugares distantes, mas também pelo estímulo ao rodoviarismo, que produz engarrafamentos e poluição e traz desconforto. Já passou da hora de se inverter essa tendência. 

Fonte: Editorial - O Globo


 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Blogs com dinheiro público



[os famigerados Blogs 'chapa branca' ou 'blogs sujos', tão ao gosto do PT.]

Os blogueiros com verba cortada nunca contrariaram seus generosos financiadores
A presidente Dilma Rousseff deu vários e sérios motivos – sua irresponsabilidade fiscal, sua desastrada política econômica, a conivência com o esquema de corrupção revelado pela Lava Jato, além de sua inabilidade política e sua incapacidade administrativa – para que a população fosse às ruas clamar por seu impeachment. Nesse elenco de razões, deve-se incluir uma que – é de justiça reconhecersempre causou especial repugnância à consciência democrática da população brasileira: a prática lulopetista de usar dinheiro público para custear ações ideológico-partidárias.

Pois esse problema começa a ser corrigido. Conforme reportagem do Estadão, o presidente em exercício Michel Temer cortou a principal fonte de recursos de blogs e sites cuja única razão de existir era apoiar o PT. O Palácio do Planalto bloqueou ao menos R$ 8 milhões dos R$ 11 milhões previstos para serem liberados até dezembro em publicidade de Ministérios e empresas estatais, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O principal site afetado pela medida é o Brasil 247”, que deixará de receber R$ 2,1 milhões do governo federal. Outros sites que não receberão recursos federais são oDiário do Centro do Mundo” (R$ 1,1 milhão), “Blog Conversa Afiada” (R$ 865 mil), Pragmatismo Político(R$ 219 mil), “Blog do Esmael Morais” (R$ 168 mil) e “Blog do Cafezinho” (R$ 124 mil). Como se vê, o lulopetismo era generoso com seus amigos.

O novo governo também determinou o bloqueio de verbas para alguns jornalistas que tinham contratos com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Num caso, os valores chegavam a R$ 1,9 milhão. Noutro, o montante total era de R$ 1,5 milhão.

Logo após assumir interinamente a Presidência da República, Michel Temer havia vetado repasse no valor de R$ 100 mil da Caixa Econômica Federal para o 5.º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, ocorrido em Belo Horizonte e que contou com a participação de Dilma Rousseff numa de suas sessões. O manifesto redigido no evento chegava a dizer que o impeachment era parte de uma “estratégia de recolonização do continente e de desestabilização dos Brics”.

O rápido corte dessas verbas, como se vê, era mais que necessário. Era uma verdadeira afronta aos princípios de um Estado Democrático de Direito, cuja atuação deve refletir uma profunda isenção política e ideológica, o custeio com dinheiro público de um evento cuja única finalidade era apoiar o PT. Em alguns casos, como já reconheceu a Justiça, difamando oponentes políticos.

Tais blogs sempre disseram ser independentes. Mas eles nunca contrariaram seus generosos financiadores. Suas publicações comprovam seu fiel serviço ao PT. O objetivo é simplesmente prestar apoio ao projeto de poder lulopetista, que sempre fez questão de ignorar qualquer separação entre governo e partido.

Como já era de esperar, diante da prudente medida do governo de Michel Temer de cortar suas fontes de receitajá que não cabe ao governo federal financiar ações partidárias –, alguns blogs denunciaram estar sob censura. Alegaram que, com a medida, o Palácio do Planalto pretendia calar a crítica. O blog “O Cafezinho” denunciou, por exemplo, a perseguição contra “meia dúzia de blogs (…) que se especializaram em fazer a desconstrução da narrativa golpista da mídia”. Não conseguem, como se vê, esconder seu caráter partidário e parcial – e repetem a torto e a direito, em coro, a matraca do golpe.

Bem fez, por isso, o presidente em exercício Michel Temer em cortar o quanto antes esses financiamentos. Era um escândalo essa política petista de bancar os amigos. 

Era a cabal comprovação do descaramento do PT no trato com a coisa pública, como se as verbas públicas pudessem ser usadas a seu bel-prazer, sem a menor preocupação em respeitar a lei e o interesse público.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo





segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A política criminosa

A prisão do senador Delcídio Amaral, ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e depois confirmada pelo Senado Federal, suscita uma série de questões que dizem respeito ao desenlace da atual crise. Agora um fato novo vem à tona. Ele retoma com força o problema de um governo que já acabou, embora a presidente relute em reconhecer esse fato, que se impõe a todos os que pretendem ver a realidade. Parece que o País petista conseguiu ir além de qualquer limite, como se impunidade e corrupção fossem “regras” que devem ser seguidas.

O que imediatamente salta aos olhos é uma imensa crise de valores do mundo político e de setores do empresariado, em franca dissonância com os anseios da sociedade brasileira. O lulopetismo estabeleceu a corrupção como modo de governar, fazendo da impunidade um tipo de conduta que deveria ser seguido por todos. Os valores estão se esfacelando, como se não fossem mais fatores essenciais de coesão social.

Não seria, pois, de espantar o descrédito que hoje se abate sobre a classe política, amplificado pelo fato de o PT, outrora “partido da ética”, simplesmente afirmar que essas coisas são “naturais”. Imaginem as pessoas que vivem com poucos salários mínimos ou estão desempregadas vendo-se diante de um quadro de corrupção que consome bilhões de reais. A indignação e a desconfiança são, então, mera consequência.

A política petista pertence hoje à crônica policial. Uma política desprovida de qualquer pudor e sem nenhum valor moral tomou conta da cena pública, como se tudo fosse válido para a conservação do poder. Limites éticos foram simplesmente desconsiderados. Ser “progressista” significaria nada mais do que ser conivente com o crime, incentivador deste, em nome dos “valores” superiores da esquerda e do socialismo.

Ora, o resultado de tal política carente de moralidade é o crime como modo mesmo de governar. A política tornou-se criminosa por sua completa ausência de ética, uma política sem freios de espécie alguma. Note-se que os escândalos da época petista simplesmente se repetem e vão ganhando novas dimensões. O senador Delcídio Amaral somente escancarou o caráter propriamente mafioso dessa política, com a franqueza de uma conversa voltada para a obstrução da Justiça, que possibilitaria a fuga de um profundo conhecedor da política criminosa. Ele não seria o único beneficiário.

O senador petista procurou salvar-se e salvar o seu banqueiro financiador. A presidente da República foi citada por estar supostamente envolvida no escândalo da compra da usina de Pasadena. Delcídio pensou sobretudo nele, porém sem esquecer os desdobramentos políticos dos casos em que esteve envolvido. A política criminosa está se aproximando da própria presidente, além de já ter atingido o ex-presidente Lula, por intermédio de pessoas próximas, como o empresário/amigo José Carlos Bumlai. Num país que primasse pela moralidade pública e pela acepção mais elevada da política, a presidente já teria renunciado e seu criador, desde já, estaria prestando contas à Justiça.

Nesse contexto de política criminosa, não deixa de surpreender a votação no Senado – por 59 votos a 13 e uma abstenção pela manutenção da prisão de Delcídio. Isso porque vários desses senadores são objeto de investigações em curso no próprio STF, investigações essas que podem vir a comprometer o mandato de cada um deles. Ocorreu um fenômeno semelhante quando do impeachment do ex-presidente Collor, em que parlamentares com problemas com a Justiça terminaram por votar favoravelmente à sua saída. Não o fizeram por virtude ou por moralidade, mas premidos pelas circunstâncias, ciosos de conservar a sua própria imagem, por mais desfigurada que estivesse. Há aí uma espécie de contribuição que o vício paga à virtude.

Isso, contudo, só foi possível graças à ampla repercussão obtida pelo áudio da gravação nos diferentes meios de comunicação. Criou-se um ambiente público de maior intolerância com a corrupção e com os políticos, fazendo os senadores pensar duas vezes antes de tentarem empreender a absolvição do parlamentar sul-mato-grossense.  Senadores comprometidos com a moralidade, seja em foro íntimo, seja por imposição das circunstâncias públicas, terminaram se decidindo pelo voto aberto nesse julgamento. Trata-se, aqui, de uma condição da maior relevância, na medida em que obriga os senadores a uma prestação de contas pública de seus mandatos, devendo se justificar perante os seus eleitores. Nesse sentido, a votação preliminar pelo voto aberto foi da maior importância, oferecendo aos cidadãos brasileiros uma transparência política que contrasta tão flagrantemente com o caráter “oculto” da política criminosa.

Um dado particularmente surpreendente de todo esse episódio foi a nota da presidência do PT, na pessoa de Rui Falcão, recusando solidariedade ao senador. João Vaccari Neto, Delúbio Soares, José Dirceu e João Paulo Cunha, entre outros, são considerados “guerreiros do povo brasileiro” por terem cometido atos criminosos em nome do partido. Reconheceram a política criminosa por eles mesmos inventada. Ora, o senador Delcídio nada mais fez senão o que os outros também fizeram, repetindo um comportamento-padrão, em que os interesses partidários e pessoais se misturam tão intimamente. Resta saber se permanecerá calado, sofrendo em sua solidão. Se falar, concluirá o trabalho de desmoronamento da República petista. [Delcídio fez o que os outros fizeram, só que os outros ou roubaram integralmente para o partido ou repassaram parte do botim, já Delcídio ficou com tudo.]
 
O ex-presidente Lula não ficou atrás. Ao tomar conhecimento da gravação feita pelo filho de Nestor Cerveró, chamou o senador de “imbecil”, porque teria feito uma “burrada”. Não fez nenhum juízo moral, contentou-se em deixar claro que Delcídio não seguiu a habilidade própria da política criminosa, baseada no acobertamento. Considerou-o não inteligente, e não como imoral, injusto ou criminoso. [Detalhe: só que o filho de Lula conseguiu fazer uma burrada maior que a do Delcídio, quando, estupidamente, tentou enganar a Polícia Federal com textos tirados da internet.]

Eis o seu padrão da “política”. O Brasil é o que menos importa para ele e para os seus companheiros.
 
Fonte: *DENIS LERRER ROSENFIELD É PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-politica-criminosa,10000003306