Os vices, como os ciprestes, costumam crescer apenas à beira do túmulo.
Mas há exceções. Hamilton Mourão, por exemplo, começa a exibir os galhos antes
da posse. "Serei uma mistura de Marco Maciel e Aureliano Chaves",
disse o número dois de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira, referindo-se aos
vices de Fernando Henrique Cardoso e do general João Baptista Figueiredo.
Maciel foi um vice dos sonhos. Era quase invisível de tão magro e reservado.
Aureliano, entretanto, frequenta o verbete da enciclopédia como um pesadelo que
tirou o sono do último presidente da era militar.
Corpulento e expansivo, foi
um vice, por assim dizer, espaçoso. "O Marco Maciel era uma pessoa
extremamente discreta, um político hábil. É um bom exemplo de
vice-presidente", enalteceu Mourão, antes de acrescentar: "O
Aureliano era um pouquinho mais audaz. Mas é também um bom exemplo para ser
seguido." Recém-saído do quadro ativo do Exército, o general que Bolsonaro
escolheu como companheiro de jornada parece ambicionar uma nova carreira:
"Aureliano era político. Eu acabo aprendendo."
Afora as substituições rotineiras, Aureliano, o protótipo de Mourão,
comandou o Planalto em duas longas interinidades.
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