Ação faz parte da segunda fase da Operação Acrônimo, deflagrada na manhã desta quinta-feira
A Polícia Federal está fazendo busca e apreensão de documentos em dois
escritórios da Pepper em Brasília na manhã desta quinta-feira. As buscas
foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a partir da
chamada Operação Acrônimo II, nova fase da investigação sobre supostos
vínculos do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel com
movimentação financeira do empresário Benedito Oliveira. A Pepper
prestou serviços para o PT durante a campanha eleitoral do ano passado.
Segundo fontes da investigação, além de Pimentel há outros seis alvos
de investigação nesta segunda etapa. Os agentes da PF atuaram no
Distrito Federal e em Minas. Por ordem do STJ, a PF não vai divulgar
informações sobre a segunda fase da operação Acrônimo. Por isso não deve
haver uma coletiva de imprensa. A primeira fase da operação foi deflagrada há um mês,
tendo como alvos empresários que doaram para partidos políticos na
campanha de 2014 e lavaram dinheiro público em contratos superfaturados e
com empresas de fachada.
Na primeira fase, a PF prendeu cinco pessoas em flagrante, entre elas
Bené, que é ligado ao PT e considerado pela PF o chefe da suposta
organização criminosa. Ele prestou serviços à campanha do governador de
Minas, Fernando Pimentel. Na época, a PF cumpriu um mandato de busca e
apreensão na casa da primeira-dama mineira, Carolina de Oliveira
Pereira. Há indícios de que a empresa de Carolina fazia parte do
esquema. Bené começou a ser investigado quando seu avião foi apreendido
no ano passado, durante a campanha, com R$ 116 mil.
Na primeira fase da investigação, a PF concluiu que o grupo teria
movimentado mais de R$ 500 milhões desde 2005, só em contratos com o
governo federal. A Gráfica Brasil, principal empresa da família de Bené,
faturou nada menos que R$ 465 milhões nesse período.
Fonte: O Globo