Lula tem certeza absoluta que, nesta quarta-feira, o
Supremo Tribunal Federal o libera para assumir a Casa Civil, ratificando seu
foro privilegiado para responder pela Lava Jato no próprio STF. No entanto,
Lula recebeu a informação que, depois do feriadão, corre o risco de que o juiz
Sérgio Moro acate pedido da Força Tarefa para que a Polícia Federal promova a
prisão preventiva ou provisória de um de seus filhos ou até da esposa Marisa
Letícia - que não contam com o supremo privilégio de defesa. A eventual ação
contra a família Lula da Silva deve ter um efeito de imagem mais devastador que
a recente divulgação do conteúdo pornopolítico de gravações telefônicas.
Até Dilma Rousseff, candidata a ser impedida, foi obrigada
a falar a correspondentes estrangeiros sobre os efeitos da Lava Jato. A
Presidanta respondeu à obvia pergunta sobre seu conhecimento acerca dos fatos
graves de corrupção: "Você me pergunta uma coisa interessante. Você me
pergunta se eu não sabia. Tão perto e não sabia. Foi preciso a delação
premiada, foi preciso o reconhecimento da independência dos procuradores, do
Ministério Público, uma atitude em relação à Polícia Federal. Foi preciso um
conjunto de leis para que isso fosse descoberto. Agora, o que é próprio da
corrupção: ser feito às escuras. Ser escondido. Ela tem que ser investigada. Não
acredito que a Lava-Jato é um raio em céu aberto. Hoje eu não acredito. Antes
estava tudo debaixo do tapete. Ainda tem muita coisa que não se sabe. Não vamos
acreditar que está tudo escancarado, não é?".
O próximo passo da Lava Jato - numa operação que poderia
ser batizada de "Famíglia" - é a preocupação imediata de Lula.
Atingir Michel Temer é outra prioridade de Lula, prestes a passar de acuado a
acusado. Não foi à toa a ordem dada hoje pela manhã para que a petelândia promova
a "deslegitimação" do "traidor" Michel Temer. O vice-presidente, que agora adota oficialmente a tática do silêncio,
principalmente para não assumir compromisso de falar sobre a Lava Jato,
encontra dificuldades para definir a equipe econômica de seu eventual mandato.
Reunir 54 votos no Senado, para impedir Dilma, parece menos complicado que
escalar um ministério que nasce com a hegemonia de Wellington Moreira Franco.
Em entrevista a correspondentes estrangeiros nesta
terça-feira, Dilma insistiu na retórica de que sofre um golpe: "A conspiração
se dá pelo fato que a única forma de chegar ao poder no Brasil é utilizando de
métodos, transformando e ocultando o fato que esse processo de impeachment é
uma tentativa de eleição indireta, de um grupo que de outra forma não teria
acesso pelo único meio justificável, que é o voto direto. O
Brasil tem um veio que é adormecido. Um veio golpista adormecido. Se
acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país, no regime
presidencialista, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment,
sistematicamente, se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Eu
tenho certeza de que não houve um único presidente depois da redemocratização
do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos
tiveram. Todos. O
que eu chamo de veio? É essa possibilidade nunca afastada".
Será este o troco da mal escrita e contada História
brasileira na guerrilheira Dilma - que no passado da luta armada para implantar
uma ditadura comunista no Brasil não teve apreço algum pela democracia?
Talvez o soldado Mário Kozel Filho, vítima fatal das ações
do grupo terrorista de Dilma, possa responder, se a consciência verdadeira
iluminar o cérebro da maioria dos brasileiros...
Enquanto nada se decide de verdade, começa a crescer a tese democrática do "Fora, todos"...
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão