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terça-feira, 4 de julho de 2017

Produção industrial é a maior para o mês desde 2011

A expansão da indústria foi de 4,0% em comparação com maio do ano passado, avanço mais intenso desde fevereiro de 2014 

produção industrial brasileira registrou alta de 0,8% em maio na comparação com abril, segundo divulgou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o melhor resultado para o mês de maio desde 2011 e também a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando no período crescimento de 1,9% – dado que reverte a queda de 1,6% observada em março.

Na comparação com maio do ano passado, a expansão da indústria foi de 4,0%, maior avanço desde fevereiro de 2014 (4,8%).

Os cinco primeiros meses de 2017 também registraram taxas positivas, o setor industrial acumulou 0,5%. Nos últimos 12 meses, houve recuo de 2,4% até maio de 2017, mantendo a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).  Dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE, 17 registraram resultados positivos. A principal influência positiva foi registrada por  veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 9,0%, influenciado, em grande parte, pela maior fabricação de automóveis e caminhões, de acordo com o órgão.

Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de produtos alimentícios (2,7%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,0%).

Entre os seis ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global foram assinalados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,2%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,6%). Essas atividades apontaram taxas positivas no último mês de abril: 1,9% e 13,9%, respectivamente.

Fonte: Revista VEJA

 

quarta-feira, 8 de março de 2017

A dimensão do desastre

A maior queda do PIB da nossa história foi construída na marcha da insensatez do governo Dilma. Ontem foi o dia de olhar de frente para todos os números do nosso desastre e é espantoso que haja quem duvide da origem dos erros que nos trouxeram ao ponto em que estamos. Mais de 7% de recessão em dois anos, mais de 9% quando a conta é feita pelo PIB per capita desde 2014.

A história econômica registrará o ineditismo do momento. Desde que há estatísticas, em 1901, nunca se viu um biênio como esse. A crise foi feita por Dilma, mas Temer ainda não a reverteu. Estamos numa transição. O dado do último trimestre de 2016 foi mais negativo do que o esperado, mas, felizmente, não é uma tendência.  Há várias formas de se olhar esse índice. O PIB caiu 0,9% no último trimestre comparado ao trimestre anterior. 
Havia sido de -0,3% no segundo trimestre e -0,7% no terceiro. Quem olha a sequência de números pode pensar que estamos no meio de um agravamento da recessão. Mas não. A melhor forma de olhar os dados é compará-los com o mesmo trimestre do ano anterior. Por essa conta, no começo do ano passado, a queda era de 5,4%, e agora, 2,5%. Atenua-se lentamente o tamanho da recessão.

A melhora vai ser demorada e com isso o país vai continuar convivendo com números desastrosos. A taxa de investimento — que mostra possibilidade futura de crescimento teve uma queda no ano de 10,2%. Em 2015, havia caído mais: 13%. E chegou a estar em queda de 18,7% no último trimestre de 2015. Ainda está muito ruim, mas já foi pior.

A história que os números contam é a de um país que despencou em queda livre e longa desde o fim de 2014, época em que a então presidente e candidata Dilma Rousseff perguntava sempre a cada entrevista: “crise? que crise?” O que ela não via estava diante dos olhos dos economistas e analistas do país. A recessão estava sendo contratada pela displicência com a inflação, pelo gasto excessivo, pelos subsídios insustentáveis aos empresários, pelo seu pensamento econômico rudimentar.

Hoje o IBGE vai divulgar a produção industrial e a previsão é de novo número negativo em janeiro. O governo Temer já governa desde maio do ano passado. Tem conseguido algumas melhoras na economia, mas não fez a virada rápida que o país precisava. É, de fato, muito difícil mudar em pouco tempo uma situação tão ruim. O governo Temer tem tomado decisões acertadas na economia, mas permanece imerso em ambiguidades e suspeições. O pior ficou para trás, contudo a recuperação será lenta.

Como o dado do último trimestre foi pior do que o esperado, os economistas explicam que o carregamento estatístico para 2017 também piorou: saiu de -0,7% para -1,1% no cálculo da Tendências. Isso significa que a economia começou o ano de um ponto ainda mais baixo do que se esperava. Para voltar ao zero, na média, terá que, primeiro, recuperar esse 1,1%. Por isso, as projeções para o PIB, de vários bancos e consultorias, já estão sendo revistas para baixo.

A inflação caminha para o centro da meta e no dado de fevereiro, que o IBGE divulga na sexta-feira, deve ficar abaixo de 5%. Com o nível de atividade mais fraco e a redução da inflação, o Banco Central vai acelerar o ritmo de corte dos juros de 0,75% para 1% na reunião de abril. Esse impulso da política monetária chegará à economia real, mas apenas no segundo semestre. No primeiro semestre a grande esperança está na agricultura. Mesmo com todos os impulsos o país terá um número pífio em 2017.

Há ainda uma grande incerteza. O economista Sérgio Valle, da MB Associados, diz que se não for aprovada a reforma da Previdência o país pode ter recessão também em 2017, em vez do ligeiro positivo que todos esperam. Parece exagero. Mas uma parte da melhora dos indicadores é resultado da expectativa de que o país vai começar a sair buraco fiscal.  Ele diz que, sem a reforma, o limite de teto de gastos não se sustenta e o aumento das despesas com aposentadorias continua em ritmo insustentável. Isso elevará o risco-país, o dólar, o pessimismo. É o que pensam os economistas em geral.O país terá que fazer reformas difíceis num governo cheio de fragilidades para sair do fundo desse poço.


Fonte: Coluna da Míriam Leitão - O Globo

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Dilma quebra mais um recorde negativo – o lema dessa mulher no governo é: PIOR QUE ONTEM, MELHOR QUE AMANHÃ



Produção industrial encolhe 8,9% em julho, na 17ª queda seguida
Segundo IBGE, a indústria encontra-se 14,1% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013
A produção industrial caiu 8,9% em julho ante o mesmo mês do ano passado, resultado pior do que o esperado pelos analistas e a 17ª taxa negativa consecutiva nesta comparação.  Já na comparação com junho, o recuo foi de 1,5%, também pior do que as expectativas e o segundo resultado negativo seguido nesse confronto. Os analistas esperavam de declínio de 0,60% a avanço de 0,60%, com mediana de -0,10%. No ano, a produção do setor acumula queda de 6,6% até julho. Já em 12 meses, o recuo é de 5,3%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria encontra-se 14,1% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. O índice de média móvel trimestral também registrou queda, de -0,6%, no trimestre encerrado em julho em relação aos três meses anteriores até junho - mantendo, assim, a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014.

Na comparação anual, houve um perfil disseminado de resultados negativos. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 19,1%, e a de produtos alimentícios (-7,2%) exerceram as maiores influências negativas. Já entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-27,8%) e bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalaram as reduções mais acentuadas. O recuo na produção de bens de capital foi o mais intenso desde o início da série histórica do IBGE.

Já no confronto com junho, a produção de alimentos caiu 6,2% e exerceu a principal influência negativa. Ao todo, 14 dos 24 ramos investigados pelo órgão tiveram retração nessa comparação. Outros destaques negativos foram bebidas (-6,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%), indústrias extrativas (-1,5%), produtos de madeira (-7,6%) e produtos de metal (-1,8%).

Por outro lado, tiveram crescimento: máquinas e equipamentos (6,5%), veículos automotores (1,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).

Fonte: Agência Estado