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Ministro disse que falas do presidente do TSE foram irresponsáveis e levianas
Jair Bolsonaro e seus ministros decidiram rebater as declarações dadas nos últimos dias pelo presidente do TSE, Edson Fachin, e pelo ex-presidente do tribunal Luís Roberto Barroso.
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos não citou nomes, mas foi no pescoço de Fachin: “Na viagem (à Rússia) fomos surpreendidos por notícias vindas do Brasil de que uma alta autoridade, de uma instituição de Estado, afirmou de maneira leviana, e porque não dizer, de certa forma, irresponsável? Talvez sem ter a consciência do que estava falando, de que estávamos na Rússia liderados pelo presidente para levantar processos, alguma artimanha para os russos nos ensinarem, e no retorno nós usarmos no Brasil. Isso é inaceitável”, disse Ramos.
“Mais tarde, na mesma semana, tivemos a passagem de cargo de um órgão do Estado brasileiro, estávamos ainda na Rússia. E essa autoridade, a gente prevê que tenha uma conduta serena, pacificadora, utilizou do seu recurso de mais de 45 minutos para, de uma forma, desidiosa, meio camuflada, para atacar o senhor, presidente. Atacar, sem a consistência, e com objetivos inconfessáveis. E eu como seu ministro, me senti na obrigação de que alguém tinha que falar a verdade, e isso não aconteceu. O senhor, um democrata, uma pessoa que respeita a nossa Constituição. E concluo, me dou o direito, quando autoridades investigam um poder desse, começam a falar, a se expressar, com esse tipo de pronunciamento, me dá o direito de levantar dúvidas com relação à isenção e imparcialidade em futuros processos. Porque são críticas muito duras e pessoais a este homem que ele sempre diz que está sentado ali na cadeira porque é missão de Deus”, acrescentou o general.
Robson Bonin - Radar - VEJA