Entidades reagem a declarações do comandante do Exército
General Eduardo Villas Bôas disse que corporação compartilha 'anseio de repúdio à impunidade'
[advogado de Lula diz que lugar do Exército é na caserna; retrucamos: e lugar de criminoso condenado, teu cliente Lula, é na cadeia, regime fechado, reclusão braba.]
Após o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, usar as redes sociais para fazer um "repúdio à impunidade" na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), entidades da sociedade civil reagiram de maneira crítica ao posicionamento do oficial.O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudico Lamachia, afirmou nesta quarta-feira que o respeito às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) é condição fundamental para a democracia no país, “independentemente dos vencedores e dos vencidos”.
Em nota, Lamachia não cita diretamente o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, que causou polêmica em rede social ao dizer que a instituição defende o "respeito à Constituição, à paz social e à Democracia", e que "se mantém atenta às suas missões institucionais". No texto, Lamachia defende “mais democracia” na luta pelo combate à corrupção.
“Para os males da democracia, mais democracia. Não podemos repetir os erros do passado!", diz. [democracia demais e direitos humanos em excesso para bandidos que não agem como seres humanos só atrapalham; a situação da violência no Rio só não foi ainda resolvida devido haver mais direitos humanos para os manos do que para as autoridades da segurança e para a própria população.]
A Ong Anistia Internacional emitiu uma nota urgente na qual classifica a manifestação de Villas Bôas como "grave afronta à independência dos poderes, ao devido processo legal e uma ameaça ao estado democrático de direito". A declaração de Villas Boas, para a Anistia, "sinaliza um desvio do papel das Forças Armadas".
quando o morto é um policial ou uma pessoa de bem, as ONGs silenciam.]
Para a organização, a impunidade dos crimes de militares e homens do estado do passado alimenta a violência dos mesmos agentes no presente. "Este é um momento crucial na história do país. A Anistia Internacional se posiciona fortemente contra o militarismo, contra o desvio de função das Forças Armadas e abuso do uso da força, contra a impunidade das graves violações cometidas pelos agentes do estado. A sociedade brasileira precisa se posicionar a favor do estado democrático de direito, do devido processo legal e da garantia dos direitos humanos", lê-se na nota. [Encerrando com uma pergunta: alguém pediu a opinião da tal anistia?]
O Globo