De
infâmia em infâmia, o governo Lula-PT e os seus sócios no alto
judiciário de Brasília vêm impondo aos brasileiros um sistema de
agressão permanente à democracia.
Seu ataque mais hostil, no momento, é a
sabotagem da CPMI que o Congresso, no pleno exercício de seus direitos
legais, quer abrir para apurar as depredações contra as sedes dos Três
Poderes, no último dia 8 de janeiro. É um escândalo a céu aberto.
Lula e
o seu governo, num espetáculo indecente de recusa em aceitar qualquer
posição contrária, não admitem que deputados e senadores façam
investigações sobre o episódio. Não tem nexo.
O governo gritou, desde o
primeiro minuto, que era a maior vítima dos ataques.
Se é ele realmente o
prejudicado, por que a guerra para impedir que se apure a verdade sobre
a agressão que sofreu?
Quem não quer investigar os fatos, sempre, é
quem tem algo a esconder; quem foi agredido, e é inocente, quer que tudo
seja esclarecido.
O que está acontecendo, então, nessa história? [o governo não só tem crimes a esconder, como é coautor dos mesmos;
hoje, caiu a farsa da inocência da corja petista, visto que ficou provado - provas em vídeo - que um dos homens de confiança do petista, chefe do GSI e também seu guarda-costas, coordenou ações de fuga dos vândalos que depredaram o Planalto.
As imagens mostram claramente a conivência, tanto por ação quanto por omissão, do general G. Dias, homem de confiança do ex-presidiário, na coordenação das ações, especialmente as de evasão dos criminosos da cena do crime.
Chegou ao ridículo, quando o general tentou em entrevista ao inocentador-geral da TV Funerária, explicar sua presença no vídeo praticando ações que o tornam cúmplice.Se apertam mais um pouco ele iria dizer 'esse aí nao sou eu,é meu irmão gêmeo univitelino'.
E agora? Esperamos prisão imediata do pau mandado do petista e que seja tratado com o rigor com que tratam Anderson Torres - cujo único crime foi entrar de férias e viajar para o exterior.
A propósito o general petista se tornou o primeiro ministro do desgoverno Lula a ostentar a condição de ex-ministro. Mas, outros virão, e com bênçãos de DEUS, o próprio Lula, ainda este ano, se tornará ex-presidente e, provavelmente, voltará à condição de presidiário.]
O governo Lula, com sua recusa intransigente em permitir a apuração da
verdade sobre o 8 de janeiro, está fazendo o possível para mostrar ao
público que é ele, o próprio governo, que tem crimes a esconder.
Se não
fez nada de errado nos atos de invasão e vandalismo na Praça dos Três
Poderes, por que esse desespero todo para impedir a CPMI?
Trata-se,
desde o começo, de uma história pessimamente contada – e que só fica
pior a cada decisão abjeta que o governo e o seu sistema de apoio tomam
para impedir a investigação do Congresso.
Por que, por exemplo, imagens
gravadas – e que acabam de vir a público – mostram agentes do governo
colaborando com os invasores?
Estão rasgando as leis, impedindo que uma instituição democrática funcione e se comportando de forma imoral: trapaça depois de trapaça, vêm passando por cima de prazos legais e exigências da Constituição para ganharem mais tempo na compra de deputados e senadores, e bloquearem com isso a abertura dos trabalhos de apuração dos fatos.
Sua
desculpa para isso é demente: alegam que a CPMI vai “turvar” as
investigações que já estão sendo feitas pelo Supremo, ou sob o seu
controle.
Não há nada mais turvo na história judiciária do Brasil do que
a apuração do STF sobre os fatos do 8 de janeiro – na verdade, um
espetáculo deprimente de vingança, violação da lei, negação de direitos e
a lógica das justiças de ditadura. Não há investigação nenhuma.
Há
apenas a violência de um procedimento ilegal, que age em segredo,
recusa-se a revelar provas, dificulta a defesa dos réus por seus
advogados – e, mais do que tudo, esconde do público tudo aquilo que o
governo Lula quer manter escondido.
Como num processo da justiça
soviética, serão condenados aqueles que o STF e o governo querem
condenar – mesmo que a legislação não permita isso, ou que estivessem
fisicamente ausentes do local onde foram praticados os crimes de que são
acusados.
O
presidente do Senado, abandonando a honra pessoal, e qualquer respeito
pelos eleitores que o puseram onde está, tem tido um comportamento
particularmente vil do começo ao fim desse episódio escuro.
Disse, na
hora dos ataques, que seria “o primeiro” a assinar a CPMI. Mentiu. Hoje
age como um despachante direto de Lula e do STF para impedir a apuração
do que realmente aconteceu em 8 de janeiro.
Em seu último espasmo a serviço da ocultação da verdade, provou que é capaz de ir ao extremo
mais elevado que um ser humano pode alcançar em matéria de falta de
caráter: rompeu a própria palavra, e não cumpriu o que tinha prometido.
Lula sabe que não corre nenhum tipo de risco com o STF e o resto do alto
judiciário – a justiça brasileira jamais vai julgar nada do faça ou
venha fazer, seja lá o crime que for.
Mas exige, também, a cumplicidade
do Congresso – e o presidente do Senado vai fazer qualquer coisa para se
manter a serviço do projeto de ditadura que o governo quer implantar no
Brasil.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo