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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Ministro [E GUARDA-COSTAS] de Lula aparece em imagens de 8 de janeiro indicando saída a invasores do Planalto - O Estado de S. Paulo

Felipe Frazão

GSI nega envolvimento ou conivência do ministro. Gravações da tomada do Palácio do Planalto em tentativa de golpe mostram conduta de general responsável pela segurança e sua equipe - militares cumprimentaram extremistas e serviram água

Imagens do circuito interno de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram trechos da atuação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, durante os ataques extremistas de 8 de janeiro. As gravações mostram o ministro, antigo colaborador do esquema de segurança presidente Luiz Inácio Lula da Silva, circulando nos corredores do edifício e abrindo as portas e indicando rotas de saída pela escada a alguns dos invasores.
 
As imagens revelam alguns momentos e mostram, além dos invasores, a presença de homens com uniformes do GSI acompanhando o ministro, no terceiro andar do Planalto, que dá acesso ao gabinete de Lula. 
Nenhum dos golpistas é detido por eles, nem sequer abordado, nessas gravações. [Comentário: nos parece que o ilustre articulista denomina de golpistas as pessoas erradas - salvo improvável engano desta Editoria, até por falta de lógica - já que golpistas, no minimo por  agirem como tal, são o general e seus subordinados sua turma = golpistas e sabotadores.]
As imagens mostram a postura do ministro G. Dias e seus subordinados. Um deles faz um gesto de positivo e cumprimenta depredadores. Outro serve água.
 
 
 Em nota, o GSI disse que “as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”.

Segundo o GSI, as imagens fazem parte do inquérito da Polícia Federal, instaurado sob sigilo perante o Supremo Tribunal Federal. O órgão afirma que não autorizou nem liberou a terceiros qualquer imagem que não tenha sido enviada aos investigadores. “Quanto as afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, disse a assessoria de comunicação de G. Dias.

O GSI resistia a ceder as gravações do sistema presidencial de videomonitoramento. O órgão recusou uma requisição de informações. Com a veiculação, parlamentares da oposição voltaram a insistir na necessidade de realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar responsabilidades. O governo Lula é contra.

As imagens foram veiculadas nesta quarta-feira, dia 29, pelo canal CNN Brasil. A emissora diz que obteve 160 horas de gravação registradas por 22 câmeras. Outros trechos revelam carros da Polícia Militar abandonando uma posição entre o Senado e o Planalto, e seguidos recuos e abandono de posição por parte dos militares do GSI, já na área da sede da Presidência da República.

Em seguida, Gonçalves Dias faltou a uma audiência pública no Congresso Nacional. Ele tinha um convite para falar a deputados, havia confirmado presença, mas na última hora faltou e apresentou um atestado médico em que está registrado “quadro clínico agudo” sem especificar a causa ou código de doença. Em nota, afirmou que estará disponível para agendar futuramente participação na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, controlada pela oposição.

O presidente Lula já havia reclamando de conivência de militares do Palácio do Planalto. Ele ficou intrigado com o fato de a porta principal do Planalto estar aberta e não ter sido violada por invasores. Lula disse ao Estadão que perdeu a confiança em militares da ativa.

O presidente esvaziou o GSI, retirando parte de suas atribuições históricas, como supervisionar e realizar a segurança imediata de Lula e seus familiares, o círculo de guarda-costas mais próximo, chefiar as atividades da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que agora responde à Casa Civil.

No véspera dos ataques golpistas, o GSI também havia dispensado um reforço na segurança, com homens do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP). Durante a invasão, imagens gravadas por policiais militares mostraram ausência de efetivo suficiente por parte dos militares do Exército e descoordenação no comando ao tentar repelir a horda que depredava o Planalto. Alguns dos detidos momentaneamente escaparam do controle das equipes do GSI, do BGP e do RCG (1º Regimento de Cavalaria de Guarda).

Política - O Estado de S. Paulo

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