Taxa de desemprego de 11,9% é recorde e atinge 12 milhões de pessoas. Grupo de desempregados é 33% maior que no mesmo período do ano passado
A
taxa de desemprego no país atingiu 11,9% no trimestre encerrado em
novembro, maior desde o início da série histórica, iniciada em 2012, e o
número de desempregados atingiu 12,1 milhões, informou o IBGE na manhã
desta quinta-feira. Há um ano, a taxa ficou em 9% e no trimestre usado
como base de comparação, encerrado em agosto de 2016, a taxa havia
atingido o patamar histórico de 11,8%. Os dados são da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Mensal.
Na avaliação do IBGE, tanto a taxa de desemprego quanto o contingente de
desempregados ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre
anterior usado como base de comparação, quando 12 milhões de pessoas
buscavam emprego. Em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano
passado, esse grupo cresceu 33,1%, o que equivale a 3 milhões de pessoas
a mais em busca de trabalho.
A
população ocupada foi estimada em 90,2 milhões. Ficou estável em
relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e recuou 2,1% em
comparação com igual trimestre do ano passado, quando 92,2 milhões de
pessoas tinham trabalho, o que representa uma redução de aproximadamente
1,9 milhão de pessoas ocupadas.
EFEITO SAZONAL
Cimar
Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, ressalta que,
depois de dez trimestres consecutivos de alta da taxa em relação ao
trimestre anterior usado como comparação, a taxa se estabilizou. É
efeito da sazonalidade do período, quando historicamente a taxa
estabiliza ou reduz por conta da contratação de trabalhadores
temporários e de menor procura por emprego por conta das festas de fim
de ano: - Você vinha com queda expressiva da ocupação e aumento da desocupação
até o trimestre encerrado em outubro. O resultado era que a taxa estava
aumentando também.
Agora, com dois terços do último trimestre do ano captados nesse
trimestre, a desocupação para de subir e a ocupação para de cair. De
certa forma é uma resposta a esse período sazonal.Esse cenário está
longe de ser favorável porque ainda temos 12 milhões de pessoas
desempregadas e a taxa média de desemprego esse ano já está em 11,2%,
contra os 8.5% registrados em 2015, mas já é uma trégua dentro do atual
contexto.
Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou
em 34,1 milhões de pessoas - estável em relação ao trimestre de junho a
agosto de 2016, mas 3,7% menor (ou menos 1,3 milhão de pessoas com
carteira de trabalho assinada) em relação ao mesmo trimestre de 2015.
Na comparação entre o trimestre encerrado em novembro e o encerrado em
agosto, além dos empregados com carteira no setor privado, ficaram
estáveis o grupo de trabalhadores domésticos, no setor público e os
trabalhadores familiares auxiliares. Tiveram alta os grupos de
trabalhadores sem carteira, de 2,4% ou mais 246 mil pessoas, e de
empregadores, de 5,5% ou mais 216 mil pessoas. Caiu o número de
trabalhadores por conta própria (1,3% ou menos 297 mil pessoas ocupadas
nesse grupo). Em relação ao mesmo período do ano passado, ficaram
estáveis os grupos de trabalhadores domésticos, de empregados no setor
público e de empregadores. Subiu o número de empregados sem carteira,
3,5% ou mais 350 mil pessoas). Encolheram, além do grupo de
trabalhadores com carteira, os grupos por conta própria (3% ou menos 673
mil pessoas) e de auxiliar familiar (13,6% ou 331 mil pessoas a menos
nessa atividade).
Por
atividade, os grupos de trabalhadores no comércio, na administração
pública e no transporte e armazenagem ficaram estáveis nas duas
comparações. Os trabalhadores na agricultura caíram nas duas comparações
( 3,9% entre os trimestres desse ano e 4,7% em relação ao trimestre
encerrado em novembro de 2015), assim como os na construção ( quedas de
2,2% e de 9% respectivamente). Tiveram alta nas duas comparações os
grupos de empregados no setor de alojamento e alimentação ( de 4,6% e de
7,8%, respectivamente) e de trabalhadores em outros serviços (5,7% e
7%). A ocupação na indústria ficou estável em relação ao trimestre
encerrado em agosto de 2016 e seguiu caindo na comparação anual (8,2% ou
menos 1 milhão de trabalhadores).
RENDIMENTO FICOU ESTÁVEL
O
rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas (R$
2.032) ficou estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (R$
2.027) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$
2.041). A massa de rendimento real habitual em todos os trabalhos das
pessoas ocupadas foi estimada em R$ 178,9 bilhões. Segundo o IBGE não
mostrou variação significativa em relação ao trimestre de junho a agosto
de 2016 e caiu 2,0% frente ao mesmo trimestre de 2015.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis,
utilizando as informações dos últimos três meses consecutivos da
pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em novembro de 2016 foi
calculada a partir das informações coletadas em setembro, outubro e
novembro. O Ministério do Trabalho divulga, em Brasília, às 16h30m, os resultados
de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Fonte: Folha de S. Paulo
Na avaliação do IBGE, tanto a taxa de desemprego quanto o contingente de
desempregados ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre
anterior usado como base de comparação, quando 12 milhões de pessoas
buscavam emprego. Em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano
passado, esse grupo cresceu 33,1%, o que equivale a 3 milhões de pessoas
a mais em busca de trabalho.
A população ocupada foi estimada em 90,2 milhões. Ficou estável em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e recuou 2,1% em comparação com igual trimestre do ano passado, quando 92,2 milhões de pessoas tinham trabalho, o que representa uma redução de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas ocupadas.
A população ocupada foi estimada em 90,2 milhões. Ficou estável em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e recuou 2,1% em comparação com igual trimestre do ano passado, quando 92,2 milhões de pessoas tinham trabalho, o que representa uma redução de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas ocupadas.
EFEITO SAZONAL
Cimar
Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, ressalta que,
depois de dez trimestres consecutivos de alta da taxa em relação ao
trimestre anterior usado como comparação, a taxa se estabilizou. É
efeito da sazonalidade do período, quando historicamente a taxa
estabiliza ou reduz por conta da contratação de trabalhadores
temporários e de menor procura por emprego por conta das festas de fim
de ano: - Você vinha com queda expressiva da ocupação e aumento da desocupação
até o trimestre encerrado em outubro. O resultado era que a taxa estava
aumentando também.
Agora, com dois terços do último trimestre do ano captados nesse
trimestre, a desocupação para de subir e a ocupação para de cair. De
certa forma é uma resposta a esse período sazonal.Esse cenário está
longe de ser favorável porque ainda temos 12 milhões de pessoas
desempregadas e a taxa média de desemprego esse ano já está em 11,2%,
contra os 8.5% registrados em 2015, mas já é uma trégua dentro do atual
contexto.
Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou
em 34,1 milhões de pessoas - estável em relação ao trimestre de junho a
agosto de 2016, mas 3,7% menor (ou menos 1,3 milhão de pessoas com
carteira de trabalho assinada) em relação ao mesmo trimestre de 2015.
Na comparação entre o trimestre encerrado em novembro e o encerrado em
agosto, além dos empregados com carteira no setor privado, ficaram
estáveis o grupo de trabalhadores domésticos, no setor público e os
trabalhadores familiares auxiliares. Tiveram alta os grupos de
trabalhadores sem carteira, de 2,4% ou mais 246 mil pessoas, e de
empregadores, de 5,5% ou mais 216 mil pessoas. Caiu o número de
trabalhadores por conta própria (1,3% ou menos 297 mil pessoas ocupadas
nesse grupo). Em relação ao mesmo período do ano passado, ficaram
estáveis os grupos de trabalhadores domésticos, de empregados no setor
público e de empregadores. Subiu o número de empregados sem carteira,
3,5% ou mais 350 mil pessoas). Encolheram, além do grupo de
trabalhadores com carteira, os grupos por conta própria (3% ou menos 673
mil pessoas) e de auxiliar familiar (13,6% ou 331 mil pessoas a menos
nessa atividade).
Por atividade, os grupos de trabalhadores no comércio, na administração pública e no transporte e armazenagem ficaram estáveis nas duas comparações. Os trabalhadores na agricultura caíram nas duas comparações ( 3,9% entre os trimestres desse ano e 4,7% em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2015), assim como os na construção ( quedas de 2,2% e de 9% respectivamente). Tiveram alta nas duas comparações os grupos de empregados no setor de alojamento e alimentação ( de 4,6% e de 7,8%, respectivamente) e de trabalhadores em outros serviços (5,7% e 7%). A ocupação na indústria ficou estável em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2016 e seguiu caindo na comparação anual (8,2% ou menos 1 milhão de trabalhadores).
Por atividade, os grupos de trabalhadores no comércio, na administração pública e no transporte e armazenagem ficaram estáveis nas duas comparações. Os trabalhadores na agricultura caíram nas duas comparações ( 3,9% entre os trimestres desse ano e 4,7% em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2015), assim como os na construção ( quedas de 2,2% e de 9% respectivamente). Tiveram alta nas duas comparações os grupos de empregados no setor de alojamento e alimentação ( de 4,6% e de 7,8%, respectivamente) e de trabalhadores em outros serviços (5,7% e 7%). A ocupação na indústria ficou estável em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2016 e seguiu caindo na comparação anual (8,2% ou menos 1 milhão de trabalhadores).
RENDIMENTO FICOU ESTÁVEL
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas (R$ 2.032) ficou estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (R$ 2.027) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.041). A massa de rendimento real habitual em todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi estimada em R$ 178,9 bilhões. Segundo o IBGE não mostrou variação significativa em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e caiu 2,0% frente ao mesmo trimestre de 2015.
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas (R$ 2.032) ficou estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (R$ 2.027) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.041). A massa de rendimento real habitual em todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi estimada em R$ 178,9 bilhões. Segundo o IBGE não mostrou variação significativa em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e caiu 2,0% frente ao mesmo trimestre de 2015.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis,
utilizando as informações dos últimos três meses consecutivos da
pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em novembro de 2016 foi
calculada a partir das informações coletadas em setembro, outubro e
novembro. O Ministério do Trabalho divulga, em Brasília, às 16h30m, os resultados
de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).