Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Reflexões e provocações sobre o Brasil que queremos:
O ministro do Trabalho de Lula, Luiz Marinho, disse que a reforma trabalhista do ex-presidente Michel Temer “é devastadora do ponto de vista dos direitos”. Ele esquece de mencionar que o desemprego diminuiu substancialmente depois da reforma. E o fim do imposto sindical fez com que a remuneração anual dos trabalhadores ficasse maior.
Agora, o ministro do Trabalho de Lula quer ressuscitar o velho e cruel imposto sindical, ou melhor, o imposto sobre o trabalho.
Será que o ministro pode explicar aos trabalhadores como a volta do imposto sindical vai melhorar a vida deles?
É difícil conseguir explicar isso. A obrigatoriedade de pagamento aos sindicatos, sem o consentimento dos trabalhadores, é contrária aos princípios democráticos e ao princípio de autodeterminação.
Sem falar que esse imposto vai deixar os brasileiros ainda mais pobres.
O Ministério do Trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve enviar o projeto de lei da volta do imposto sindical para o Congresso nos próximos dias. Antes da extinção dessa cobrança absurda, o governo tirava um dia de trabalho do cidadão e repassava para as sindicalistas, mesmo quando o trabalhador não era sindicalizado. Agora, o governo Lula quer tirar 1% do rendimento anual do trabalhador – seja ele sindicalizado ou não –para dar aos sindicatos. [o 1% pretendido, equivale, pela média, a 3,5 dias de trabalho = três dias e meio de trabalho = igual um reajuste de 350%.] Isso significa um aumento de mais de três vezes da cobrança.
Não basta voltar a tirar dinheiro dos trabalhadores, a ideia é tirar 200% mais do que antes. A informação foi divulgada pela CNN, que teve acesso à minuta do projeto na semana passada.
A obrigatoriedade de pagamento aos sindicatos, sem o consentimento dos trabalhadores, é contrária aos princípios democráticos e ao princípio de autodeterminação
Em 2017, último ano em que o imposto sindical estava em vigor, os assalariados brasileiros foram obrigados a pagar mais de R$ 3 bilhões aos sindicatos.
Depois que a obrigatoriedade acabou, os sindicatos receberam cada vez menos. Agora, os trabalhadores devem ser consultados sobre a cobrança. E, como eles perceberam que os sindicatos não prestam um serviço adequado, a maioria certamente não quer pagar.
No ano de 2018, a contribuição sindical caiu para R$ 411,8 milhões. Em 2019, para R$ 128,4 milhões.
Em 2020, os sindicatos receberam R$ 76,8 milhões.
Em 2021, foram R$ 65,6 milhões.
Já no ano de 2022, a contribuição sindical caiu para R$ 53,6 milhões no primeiro semestre. Se o dinheiro não for retirado à força, certamente esse valor continuará caindo.
Sozinha, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) faturou R$ 62,2 milhões com o imposto sindical em 2017.
Na contribuição voluntária, a CUT faturou somente R$ 225,2 mil em 2022. Em 2017, ela foi a instituição sindical que mais recebeu dinheiro, graças à legislação que metia a mão no bolso do trabalhador, mesmo sem o consentimento desse. Em 2022, a CUT despencou para o terceiro lugar. O primeiro lugar faturou mais que o dobro: a Força Sindical levou R$ 566,5 mil. Será que foi porque a CUT não estava representando os interesses dos trabalhadores?
A contribuição voluntária força os sindicatos e demais entidades laborais a se esforçarem para merecer o dinheiro de seus associados.
A imposição do pagamento, por outro lado, lhes dá aval para que eles descansem, não representem seus sindicalizados e se juntem com partidos para defender privilégios para as diretorias, em vez de defender, de fato, os trabalhadores.
A volta desse ciclo perverso, que enfraquece os trabalhadores, será um golpe na democracia brasileira.
A proposta de Lula quer dividir o bolo da seguinte forma:70% para o sindicato respectivo, 12% para a federação correspondente, 8% para a confederação, 7% para a central sindical e 3% para entidades “ligadas” aos empregados ainda não definidas.
Se o governo Lula estivesse realmente pensando no trabalhador, ele cortaria seus gastos para diminuir a cobrança de impostos e a taxa de juros.
Este ano, o brasileiro trabalhou em média 147 dias só para pagar impostos. Quatro meses e 27 dias. Para Lula e seus companheiros, pode parecer pouco cobrar mais 1% do rendimento anual; afinal, eles estão com os bolsos cheios. Para quem ganha um salário mínimo, tirar R$ 1 já fará falta.
E mesmo o trabalhador CLT que ganha acima do salário mínimo deveria ter seu direito de escolha respeitado. Não há nada de errado em um trabalhador contribuir com um sindicato – se esta for a sua vontade. A obrigatoriedade, porém, é democraticamente incorreta, e cria um incentivo perverso para que os sindicatos tenham uma gestão mais focada em agradar os partidos de extrema-esquerda do que em servir os trabalhadores.
A proposta da volta do imposto sindical deve enfrentar resistência no Congresso. Ao menos nesse assunto, a oposição sinalizou que o cidadão pode contar com ela. Rogério Marinho (PL-RN), o líder da oposição no Senado, disse que o projeto é um “retrocesso absoluto” e uma “tentativa de ressurreição do peleguismo”.
Mas Lula e os companheiros sindicais ainda têm outra frente: o Supremo Tribunal Federal (STF), que vai julgar a volta do imposto sindical em setembro.
Contrariando a decisão democrática do Congresso Nacional, que representa a sociedade, o STF pode julgar a volta do imposto sindical mesmo sem ter nenhum voto popular.
Será esse o local adequado para se tomar uma decisão como essa? Em uma democracia representativa, esse tipo de decisão cabe ao Congresso, não a uma corte constitucional.
O povo brasileiro, os deputados e os senadores não podem permitir que os petistas deem um golpe – desta vez legalizado – nos trabalhadores assalariados
Caso o STF decida pela volta do imposto sindical, além de prejudicar todos os trabalhadores CLT, também livra Lula de negociar politicamente com os parlamentares.
Privar o Congresso Nacional de discutir e decidir sobre o futuro de uma pauta que interfere diretamente na vida do trabalhador enfraquece nossa democracia.
Também causa mais insegurança jurídica por causa dessas constantes mudanças de posição.
Além de excluir os trabalhadores da decisão, o STF também exclui os representantes do povo do debate. Precisamos fortalecer a democracia brasileira, não enfraquecê-la, excluindo a Casa do Povo desse debate.
E não deixa de ser lamentável como Lula não tem transparência com seus próprios eleitores. Como citado em um artigo anterior desta coluna, antes de assumir o terceiro mandato, Lula disse que a volta da cobrança seria uma “taxa”, não imposto. A “taxa de sustentabilidade sindical”, que não passava de um eufemismo criado pela esquerda radical para esconder suas intenções, é, na verdade,o novo e mais caro imposto sindical da história do Brasil.
O povo brasileiro, os deputados e os senadores não podem permitir que os petistas deem um golpe – desta vez legalizado – nos trabalhadores assalariados.
Se a CUT e seus semelhantes quiserem o dinheiro dos trabalhadores, devem se esforçar para merecer cada centavo, oferecendo serviços e gerando valor para seus representados.
Uma democracia plena não é feita de exploração dos mais humildes.
Pelo contrário, uma democracia deve valorizar o trabalhador da forma mais digna que existe: não tirando o que lhe pertence, sem o seu consentimento.
Estão soltando os condenados. Não por terem sido considerados inocentes, mas por cuidadosa manipulação de regras formais [oportuno o registro do ilustre Sardenberg "Não por terem sido considerados inocentes", e tal condição se aplica até o maior de todos os ladrões.]
O senador e ex-juiz Sergio MoroCristiano Mariz
Lula
comete muitos equívocos. [o sujeito é um equivoco, além de amoral, grosseiro, ignorante e sem respeito aos doentes.] Na maior parte, são opiniões rasteiras sobre
assuntos complexos que ele não conhece. Entram nessa categoria os
comentários sobre os games — vistos como formadores de crianças
violentas — e transtornos mentais — ou “desequilíbrio de parafuso”que
afeta 30 milhões de brasileiros, potenciais causadores de “desgraça”.Tratava dos assaltos a escolas, tema sensível, mas essas falas não geram
políticas públicas. Ao contrário. Nos ministérios da Saúde e da
Educação, ficaram perplexos com os comentários do presidente. Calaram.
Ainda bem.
É diferente quando se trata das incursões de Lula em política
internacional.As declarações de apoio à China e à Rússia revelam um
antiamericanismo que, antes de mais nada, é visceral. Lula acha — e diz —que sua prisão foi resultado de uma conspiração armada pelo
Departamento de Justiça dos EUA.[achismo digno da mente cínica que o elabora - o petista foi preso por ter cometidos vários crimes, confirmados em várias sentenças condenatórias proferidas por 9 (nove) juízes distintos e confirmadas em três instâncias; tanto que o Supremo, em sua supremacia suprema não conseguiu descondená-lo.] Tem muita gente importante no PT que
racionaliza essa ideia, tornando-a base da diplomacia “Sul-Sul”. Se os
americanos são capazes de destruir uma economia emergente, então o
negócio é buscar outros parceiros.
En passant,
fica dito que a corrupção no mensalão e, sobretudo, no petrolão foi
coisa pequena, limitada a algumas pessoas, sem participação do PT, muito
menos de Lula. Os grandes acordos de delação? Empresas, executivos e
empresários chantageados. E os réus confessos que devolveram dinheiro?
Também chantagem e mixaria. Assim mesmo, tudo duvidoso, porque a
diretoria da Petrobras na época era formada por cúmplices da
conspiração.
Para eles, a Petrobras quebrou, nas gestões petistas, não por má gestão
e roubalheira, mas por ter sido saqueada por agentes do imperialismo. E
por que saqueada?
Porque a estatal e as empreiteiras associadas,
Odebrecht à frente, se espalhavam pelo mundo ameaçando as companhias
americanas. (Leiam artigos e livros de José Sérgio Gabrielli e
Alessandro Octaviani, este agora indicado para a Superintendência da Susep.
Ele, aliás, sustenta que a corrupção foi fator de crescimento em muitos
países.) Dizem que, contra essa expansão brasileira, o Departamento de
Justiça dos Estados Unidos inventou o programa de combate à corrupção,
com o propósito explícito de tirar do caminho as concorrentes das
empresas americanas.[por sorte, o que foi inventado foi um programa de combate à corrupção, o que vale admitir que os idiotas petistas e devotos que propagam essa ideia, admitem que a CORRUPÇÃO PETISTA JÁ EXISTIA - apenas o programa, oportunamente criado, tornou mais fácil comprovar. ]
Como chegaram a isso?Partindo de um fato real: o governo americano, com a OCDE, liderou um programa de combate à corrupção que apanhou empresários,
empresas e governos pelo mundo todo, inclusive entre os aliados
europeus.
Não foi, pois, uma ação contra o Brasil de Lula.
Foi na
sequência de investigações sobre terrorismo e tráfico de drogas, quando
se adotou a linha follow the money. Quem financiava o crime? Como se
dava a troca de dinheiro sujo por respeitáveis recursos no sistema
financeiro global?
No meio do caminho, com a colaboração de diversos
governos, se topou com a corrupção dos Estados.
O programa desenvolveu métodos de rastreamento de dinheiro,
praticamente quebrando o sigilo bancário e estabelecendo troca de
informação entre os fiscos e os bancos centrais.
A Lava-Jato fez parte
desse programa.
Foi assim, aliás, que achou dinheiro desviado em bancos
suíços.
Exatamente como juízes, promotores e policiais de diversos países. Obtiveram condenações notáveis.
Foi tudo uma farsa global?
No mundo, muita gente grande continua em cana. Aqui, estão soltando
todos os condenados. Não por terem sido considerados inocentes, mas por
uma cuidadosa manipulação de regras formais que vai anulando processo
por processo.
Em cima disso, o discurso petista vai ganhando espaço: o
combate à corrupção, uma farsa americana, só serviu para destruir
empresas brasileiras, gerar desemprego e recessão. A inversão está
feita: não é a corrupção que corrói a economia, mas o combate a ela.
Pode?
Não pode. Leiam o livro de Malu Gaspar “A organização” e os escritos de Maria Cristina Pinotti.
Regra fiscal, para dar certo, exige mais receitas ou mais inflação [mais inflação o desgoverno Lula garante, mais receita garante que vai trocar por mais despesa = mais inflação, desemprego, recessão = estagflação.]
Arcabouço depende de forte ganho de arrecadação, difícil de realizar. E, realizado, aumenta o custo Brasil
O novo arcabouço fiscal só funciona, mantendo as contas públicas em razoável equilíbrio, na ocorrência de três situações:
1) expressivo ganho de arrecadação do governo federal;
2) forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ou;
O ajuste proposto se baseia no ganho de arrecadação. O corte de despesa
só ocorre, quer dizer, só seria necessário em circunstância difícil de
acontecer. Na verdade,o programa como que protege o crescimento da
despesa, chegando mesmo a estabelecer uma expansão mínima de 0,6% em
termos reais.
Também fixa uma meta de investimentos, corrigida
anualmente pela inflação.
Sim, sabemos que o governo tem mesmo de gastar, especialmente nos
programas sociais. Sim, investimentos geram crescimento, emprego e
renda. E, finalmente, não há como cortar radicalmente a despesa.
Os
gastos obrigatórios (Previdência, salários do funcionalismo, programas
sociais, educação e saúde) consomem cerca de 95% da receita.
Tudo isso
subirá com o aumento real [R$ 18,00] do salário mínimo e o reajuste do
funcionalismo. Sem contar as diversas promessas de campanha.
Isso posto, também é preciso admitir: qualquer que seja a boa intenção,
chame-se a coisa de gasto ou investimento, o governo precisa colocar
dinheiro. E de onde vem? Da arrecadação, óbvio. Não por acaso, o
ministro Haddad, ao apresentar o programa, acentuou esse ponto.
Assegurou que não criará novos impostos nem aumentará alíquotas, mesmo
assim sugeriu que pode [??? pode,em nossa imaginação podemos tanto... só que na real nada podemos,] obter logo um ganho de R$ 150 bilhões.
Quem pagará isso? O ministro responde: quem deveria e não está pagando
impostos. Diversos setores econômicos recebem incentivos fiscais, são
autorizados por lei a não pagar ou a recolher menos impostos, taxas e
contribuições. Exemplo maior: as empresas instaladas na Zona Franca de
Manaus. Mas há muito mais. O obstáculo está exatamente aí: são setores
protegidos por lei, logo devem ser desprotegidos por novas leis
aprovadas no Congresso. E lá o governo enfrentará os mesmos lobbies que
conseguiram as vantagens. Não será fácil.
Também não recolhem impostos as grandes empresas da área de tecnologia.
A pessoa compra uma roupa num site chinês — ou de qualquer outra origem
— e recebe em casa a mercadoria produzida noutro país, por empresa
sediada em algum paraíso fiscal.
Há uma discussão no mundo todo sobre
como taxar esses negócios via “big techs”. Está difícil.
Sempre haverá
um país disposto a oferecer incentivo para receber a sede fiscal e a
base operacional desses gigantes corporativos.
Proibir que essas
empresas façam negócios por aqui?
Só prejudicaria os consumidores, além,
claro, de o país não recolher um centavo de impostos.Aliás, perde
aquele que se recolhe nas atividades paralelas.
Eis o ponto: o arcabouço fiscal depende de forte ganho de arrecadação,
difícil de realizar.
E, realizado, aumenta o custo Brasil para empresas e
cidadãos.
Uma forte expansão do PIB resolve isso automaticamente. Mais
crescimento e renda, mais receitas para o governo. Problema: as
projeções mostram expansão pífia para os próximos anos, em torno de 1%. Dirão: se o governo gastar mais e estimular a economia, o PIB responde.
Mas, para isso, o governo precisa recolher todo aquele dinheiro. Difícil, de novo. [o objetivo principal, a meta primeira, do arcabouço fiscal é possibilitar ao Lula, que comandou a maior roubalheira já havida no Brasil, quebrar um outro recorde: o de Sarney, maior inflação já havida.
Caso o arcabouço fiscal tenha sua minuta aprovada, e vire lei, o Sarney perde o recorde de maior inflação e a inflação do Brasil supera a da Venezuela.
A única solução para evitar a a tragédia é rasgar o projeto de arcabouço apresentado, ainda não é lei e sim uma simples minuta que são feitas quase sempre para serem rasgadas ou modificadas.]
A reforma tributária pode melhorar o ambiente de negócios — e, pois,
estimular investimentos privados —, mas no médio prazo, para além do
atual governo. E precisaria ser votada no Congresso.
Resta a inflação, sim, a própria. Inflação eleva o PIB nominal, logo
aumenta a arrecadação.
Além disso, a moeda desvalorizada diminui o valor
real das despesas do governo, de modo que a mágica se completa: mais
receita, mais espaço para gastar. Já aconteceu e sabemos como termina:
inflação saindo do controle e corroendo a renda das famílias.
Será que
deixarão acontecer novamente?
Por isso a bronca com o Banco Central?
[PARABÉNS ao ilustre articulista; que desmontou o plano do 'poste' lulista com a mesma eficiência que Deltan Dallagnol destruiu o DESgoverno Lula e o próprio, em brilhante matéria em sua coluna VOZES - Gazeta do Povo.]
Suspeitas, claro, mas não despropositadas. Os obstáculos são reais.
Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,3% - Foto: Divulgação
A taxa de desemprego subiu no Brasil, depois de dez recuos
consecutivos.
A média foi de 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de
2022 para 8,4% no trimestre terminado em janeiro deste ano.
Os dados
fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo IBGE.
Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad
Contínua estava em 11,3%. No trimestre móvel até dezembro, a taxa de
desocupação estava em 7,9%.
O IBGE considera o resultado estável. “Essa estabilidade ainda seria
uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro
e dezembro de 2022 sobre o início deste ano”, explicou Adriana
Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua.
Como pensar em austeridade se a PEC da Transição, do
Lula ou da Gastança vier a ser aprovada à velocidade da luz por uma
legislatura em fim de mandato?
O país está sendo sacudido por forte turbulência institucional, em que
se acirram os conflitos entre os Poderes e em que algumas instituições —
cuja própria razão de existência é a garantia da normalidade — vêm
sistematicamente atuando, a um andamento cada vez mais acelerado,
justamente para estimular a anormalidade, a insegurança e as anomalias,
seja pelas omissões e covardia do Congresso, especialmente por parte dos
presidentes de suas duas Casas,seja por uma sucessão já longeva e
intolerável de ações absolutamente descabidas do Judiciário, merecedoras
sem dúvida de estudos psiquiátricos.
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Há 40 dias,completamente ignorados e até criminosamente desqualificados pela imprensa tradicional,muitos milhares de brasileiros vêm se postando nas portas dos quartéis, expostos a sol, chuva, calor e frio,clamando pelo restabelecimento da normalidade, manifestando o seu descontentamento com a bagunça generalizada, queixando-se da possibilidade real de um homem condenado por unanimidade em todas as mil e uma instâncias da Justiça— e posto em liberdade por filigranas, arabescos e rococós jurídicos —voltar a presidir o país, protestando contra a supressão de liberdades básicas como a de livre expressão,reclamando da falta de transparência e da consequente desconfiança em relação à imparcialidade de quem teria de ser isento na condução do processo eleitoral e indignando-se com o despotismo e arrogância de algumas autoridades do Judiciário, que, segundo eminentes, probos e respeitados juristas, vêm extrapolando flagrantemente suas atribuições e finalidades. Até este momento, ninguém sabe como e quando o Estado de Direito e a estabilidade das instituições serão restabelecidos.
As causas da instabilidade são conhecidas por qualquer cidadão bem informado, que não se deixa manipular pela velha imprensa, e este artigo não pretende esmiuçá-las. O que desejo enfatizar é que, nas circunstâncias atuais, não podemos ignorar os efeitos contagiosos da insegurança jurídica e da baderna política sobre a economia — entendida não como aqueles elegantes modelos teóricos que dão aparência de ciência aos livros e fascinam a maioria dos economistas —, mas às atividades econômicas do mundo real, às incontáveis decisões tomadas por milhões de seres humanos que compram, vendem, poupam, investem, fazem planos, abrem e fecham empresas, exportam, importam, fazem Pix, enfim, que realizam transações.
Essa multidão de agentes busca incessantemente objetivos individuais, em que cada um sempre procura obter a maior satisfação possível, avaliando os meios para que possa ter êxito e com base no conhecimento de que dispõe. É incontestável que os indivíduos, para que possam empregar com eficácia seus conhecimentos na elaboração de seus objetivos, devem procurar estar em condições mínimas de prever as ações do Estado que podem afetar seus propósitos. Em outras palavras, as decisões econômicas, desde as mais simples, como a de comprar um aparelho de TV, até as mais importantes, como a de trocar de emprego ou abrir um negócio, dependem, obviamente, de fatores puramente econômicos, mas também daquilo que podemos, generalizadamente, denominar de “ambiente”, composto do conjunto de leis, normas, regulamentos, confiança, desconfiança, segurança e insegurança física e jurídica e outros elementos.
Em quadros de instabilidade institucional, como o que se está verificando nestes dias, é inequívoco que a importância desses componentes ambientais aumenta em relação à dos fatores meramente econômicos. Por isso, acredito que a tarefa dos economistas nesse contexto precisa ser mais abrangente do que aquela que normalmente desempenham em períodos em que prevalecem circunstâncias de normalidade nas instituições.
Não basta analisar se a famigerada PEC do Lula vai fazer a taxa Selic subir ou cair x% ou y%, o PIB aumentar ou diminuir w% ou z%, nem se a inflação, ou o dólar, ou o desemprego vão para a lua, Mercúrio ou Marte. Exige-se muito mais do que isso. Quando existe risco de ruptura institucional, é preciso ligar o farol de milha e buscar análises mais penetrantes, que contemplem a interdependência entre os fenômenos econômicos, políticos, geopolíticos, jurídicos, éticos, morais, sociológicos e históricos, entre outros. Para simplificar, podemos agrupar todos esses fenômenos em três grandes sistemas, o econômico, o político e o ético-moral-cultural.
Cada um apoia-se nos outros dois e, quando um dos três entra em colapso, a sociedade torna-se instável.
Nada de errado que os economistas se manifestem sobre taxas de juros, metas fiscais, inflação, desemprego e quaisquer outros fenômenos econômicos, mas só isso não basta.
As relações entre economia, política e ética no mundo real são muito mais complicadas do que muita gente imagina e em ocasiões como a atual são muito mais relevantes.
No último artigo aqui em Oesteenfatizei o perigo da chuva de incertezas que a vitória do candidato do PT desencadeou na economia.Neste, vou tratar de algumas certezas, porque elas também existem e, infelizmente, porque nenhuma é agradável. Vou me limitar a cinco delas, que considero as mais importantes.
A primeira é que soa como uma enorme ingenuidade, como um sentimento quase infantil, acreditar que a simples indicação de algum economista ligado ao mercado financeiro para ser o futuro ministro da Fazenda do candidato que o TSE declarou ter sido eleito vai “acalmar” o mercado e que isso vai produzir bons resultados.
Não basta levar um cavalo para beber água num rio; é preciso que o rio não esteja seco.
E sabemos que no rio do PT não se encontra uma solitária gota d’água.
Sem meias palavras, de nada servirá chamar para tomar conta dos cofres públicos um técnico que defenda a responsabilidade fiscal, porque esse técnico vai necessariamente ter de se ajustar a um governo que certamente trata toda e qualquer austeridade com desdém, ou será demitido.
Como pensar em austeridade se a PEC da Transição, do Lula ou da Gastançavier a ser aprovada à velocidade da luz por uma legislatura em fim de mandato?
Como acreditar em algum ministro tucano mago das finanças, se, antes de assumir, o eventual futuro governo já está cavando um buraco quase equivalente, em valor, aos R$ 800 bilhões da reforma da previdência, negociada e aprovada a duras penas pelo atual governo?
E se, em vez de um técnico, o ministro escolhido for um político, como não acreditar que, nesse caso, nem sequer se cogitará de levar o cavalo até a margem do rio?
De nada servirá chamar para tomar conta dos cofres públicos um técnico que defenda a responsabilidade fiscal, porque esse técnico vai necessariamente ter de se ajustar a um governo que certamente trata toda e qualquer austeridade com desdém
A segunda certeza é que não se pode esperar nada de bom— nada, mesmo! — das ideias econômicas do PT.
Seus economistas vivem nos anos 80 do século passado e suas teses são por demais conhecidas e tresandam naftalina: é Estado para um lado, Estado para o outro, Estado para cima, para baixo, para a frente e para trás.
Não haverá reformas modernizantes, algumas minirreformas feitas recentemente poderão ser revogadas, privatizações não serão realizadas e algumas em andamento poderão ser interrompidas, “grandes fortunas” serão taxadas, não haverá redução da burocracia e certamente os problemas crônicos que impedem historicamente o crescimento do Brasil, como o sistema tributário e o Estado hipertrofiado e ineficiente, não serão enfrentados corretamente.
Essa é a cara do PT e não há motivo para esperar que seja diferente, mesmo porque eles não têm escondido suas intenções de ninguém.
Os argumentos econômicos utilizados no relatório apresentado no Senado para justificar a PEC da Gastançasão um formidável conjunto de barbaridades contra a boa teoria econômica e uma confissão explícita de que não aprenderam nada com os erros que cometeram no passado.
A certeza é que, um tempo bem menor do que normalmente se costuma supor, a nossa economia será argentinizada e, em seguida, venezuelizada.
É que as cabeças dos economistas e dos políticos do PT e de seus puxadinhos são rigorosamente semelhantes às dos seus pares que vêm destruindo impiedosamente a América Latina.
Ora, não existem teorias econômicas específicas para cada país, ou aplicáveis apenas a uma região, ou válidas somente em um dos hemisférios, só existem simplesmente teorias certas e teorias erradas.
E, da mesma forma que uma política econômica baseada em uma teoria boa tem de ser válida em qualquer lugar ou país, uma política baseada em falácias econômicas tem de ser prejudicial em qualquer latitude e longitude.
Se adotarem mesmo as políticas que vêm anunciando, não receio afirmar que em nove a 15 meses viraremos Argentina e em dois a três anos estaremos bem perto de uma Venezuela.
Aliás, esse — criar um clone da antiga União Soviética na América Latina — é o objetivo estabelecido desde 1990 pelo Foro de São Paulo, agora rebatizado de Grupo de Puebla. Ou não é?
Existe uma quarta certeza, que, infelizmente muitos não percebem ainda e tratam como se fosse um devaneio conspiratório, que é a da existência de uma aliança mundial entre comunismo e globalismo, com base na interseção das vocações doentias de ambos para controlar as vidas das pessoas,estabelecer o que é bom ou mau para elas, determinar o que podem ou não falar, escrever, comer, produzir, consumir, enfim, com base no pendor autoritário de um e outro.
Sim, há muitos interesses e pautas comuns entre tiranos pretensiosos do naipe de Klaus Schwab e seus amigos de Davos e da ONU — todos entupidos de reis e de dinheiro em suas barrigas — e sindicalistas tupiniquins sofrendo de abstinência do imposto sindical compulsório;
entre os doidos varridos das “mudanças climáticas” e os líderes dos invasores de terras;
- entre a Agenda 2030, a sigla ESG, o Foro Mundial com sua proposta de abolir a propriedade privada e a implantação da Unasul;[ou maais provavelmente a URSAL.]
- entre o governo da Holanda, que deseja estatizar 3 mil fazendas para que não produzam mais alimentos e os ataques sistemáticos dos progressistas de Macunaíma ao agronegócio brasileiro, que alimenta 20% do mundo;
- entre os que atacam igrejas e obras de arte na Europa e Estados Unidos e os que fazem o mesmo aqui;
- entre os discursos patéticos de Macron e os diretores de ONGS e políticos que, há muitos anos, exploram os indígenas no Brasil;
- entre a permissão para praticar delitos até certo valor mágico na Califórnia e a contemporização e transigência com o crime em nosso país.
Caros leitores, já é tempo de pôr na cabeça que não é só a esquerda adoradora de ditadores latino-americanos que está ameaçando a nossa liberdadee que, caso o “descondenado” venha mesmo a subir a rampa, a agenda globalista será acelerada no Brasil. No cardápio, coisas como governo mundial, criptomoeda única, imposto universal, banco central mundial, abolição da propriedade privada, supressão da liberdade de expressão, ideologia de gênero, perseguição ao cristianismo e judaísmo, alimentação à base de carne produzida em laboratório e de insetos, etc.
Não podemos ser tão loucos a ponto de duvidar da extensão da loucura dessa gente.
Por fim, há uma quinta certeza, que é do conhecimento de todos:o estado atual das coisas no Brasil não pode continuar por muito tempo. Toda essa instabilidade, incerteza, tensão, apreensão, ansiedade, todos os milhares de pessoas pedindo algum tipo de socorro em frente aos quartéis, todas as investidas do Judiciário sobre os outros Poderes, todo esse ambiente de medo, de supressão da liberdade, de boatos, todo esse sobe e desce emocional, tudo isso, afinal, vai ter de ter um fim, simplesmente porque nenhuma sociedade pode funcionar nessas condições.
Não se sabe o que vai acontecer, o que se deve esperar é que os macacos dos Três Poderes — principalmente os do Judiciário — sejam levados de volta aos seus devidos galhos e obrigados a lá permanecerem e que o retorno à normalidade se dê o mais rapidamente possível.
Já escrevi bastante, inclusive sendo criticado por alguns (genuína
liberdade de expressão!), referente à agenda do ESG - meio ambiente,
social e de governança.
Evidente que
não sou contrário a determinados temas dessa programática, no entanto,
há muitos interesses de poucos envolvidos, muita ganância política e de
grandes investidores, uma profusão de modismos contraproducentes e,
especialmente, uma miscelânea de temáticas que, de fato, depõem contra a
possibilidade de as empresas solucionarem os problemas efetivos dos
consumidores e melhorarem, objetivamente, a vida das pessoas e das
comunidades em que essas vivem.
É mais do que
crucial enfatizar que a missão de uma organização é satisfazer os
desejos e as necessidades dos consumidores, resolvendo seus problemas
reais, o que em um mercado livre é sinalizado pelo alcance de uma
lucratividade superior. O consumidor é o soberano.
Aliás, os
velhinhos - e as velhinhas - investem suas aposentadorias na expectativa
de ganharem dinheiro. Infelizmente, há muita manipulação ideológica por
parte de intermediários, possuidores de interesses distintos dos
poupadores. Para os pequenos investidores, sem retorno financeiro, “no
dancing”! Eles ainda dançam?
O ESG, como
muitos quiméricos e lúdicos aludem e confundem, não se trata
exclusivamente de pautas relacionadas à sustentabilidade e as políticas
de identidade, baseadas pesadamente no binômio raça e gênero. Vive-se a
era “progressista” da sinalização de virtudes e dos esteriótipos!
Crenças são crenças.
A preservação
do meio ambiente é um imperativo. No entanto, sem meios financeiros
agora, demandas utópicas em relação ao futuro podem ser desastrosas no
tempo presente, trazendo pobreza, desemprego, fome e morte. A crise
energética na Europa com a proximidade do inverno mandou para longe as
metas relativas ao carbono.E as usinas termelétricas queimarão todo o
carvão necessário.
Nesse
quesito, é essencial lembrar que a vasta maioria do “bicho homem” pensa e
factualmente necessita viver dentro de uma lógica de curto prazo.
No que se
refere às políticas de raça/cor e gênero,evidentemente que essas foram
apropriadas pela politicagem. Inclusão e diversidade tocam igualmente
jovens da periferia, idosos, indivíduos de outras etnias, deficientes,
enfim, algo para muito além da “indústria da diversidade”, que
notadamente tem criado rachas sociais e preconceitos em relação aos
“vilões racistas”, homens, brancos, heterossexuais…
O ativismo
social, verdadeiramente político,pouco ou nada faz em relação a uma
questão fundamental do ESG, ou seja, a criação de empregos, sobretudo,
melhores e mais bem remunerados. A solução? Crescimento.
Não me parece
que exista a pressão necessária para aliviar o peso do Estado das
costas dos criadores de riqueza, as pessoas e as empresas.
Pelo
contrário, a grita é por impostos corporativos mais altos, mais taxação
ao empreendedorismo, mais intervencionismo e burocracia estatal, a fim
de sustentar seus burocratas e o compadrio, e a sempre presente
educação, quando se sabe, comprovadamente, que o problema não são os
investimentos no ensino, mas o atual e fracassado modelo tupiniquim.
Qualquer
discussão racional e não ideológica, contempla a ideia de que é vital o
crescimento e o aumento da produtividade, até mesmo para que as pautas
inteligentes do ESG avancem objetivamente. Para gerar
mais empregos, renda e riqueza, para as pessoas e para os pequenos
acionistas, precisa-se de níveis justos de tributação, regulamentação
sensata, e políticas que incentivem o empreendedorismo verde-amarelo.
Quase todos
são dotados de altruísmo e de impulsos morais a fim de contribuir e
criar um mundo melhor e/ou, se preferirem, de “salvar o mundo”. Porém,
há uma linha lógica que separa o utópico da realidade.
Propósito empresarial é importante e edificante, com lucro.
As empresas
existem, e se manterão no mercado de forma sustentável, com o
atingimento de rentabilidade superior, por meio da satisfação das
necessidades e da oferta da melhor - e inovadora - solução para os
problemas das pessoas.
Portanto, para o bem da sociedade, penso que chegou a hora de ajustes finos e lúcidos nas pautas do ESG.
Cada processo eleitoral apresenta uma ou duas variáveis-chave, e navega mais facilmente a candidatura com imagem pública mais solidamente associada à capacidade de dar atenção a essas variáveis, e, portanto, apresente-se como mais capaz de solucioná-las.
Jair Messias Bolsonaro venceu a eleição de 2018principalmente porque sua imagem pública, construída ao longo de décadas,estava vinculada à firmeza no combate ao crime.
Isso encaixava com as duas demandas mais sensíveis do eleitorado naquele ano: atacar implacavelmente o crime de corrupção e a impunidade dos criminosos em geral.As angústias principais agora em 2022 são outras:a inflação e o desemprego, que trabalham para aprofundar a pobreza e a fome. Daí Luiz Inácio Lula da Silva enfrentar menos vento contra que o presidente, ou até ser empurrado por vento favorável.
Pois ao longo da década e meia petista no poder Lula foi acusado de muitas coisas, mas preservou intocada, e todas as pesquisas comprovam isso, a imagem de governar com especial atenção para o combate à pobreza, à fome e à desigualdade.
A missão da campanha do PT é congelar a hierarquia das preocupações da sociedade, fazer chegar outubro com a impressão disseminada de que a economia vai muito mal, especialmente a inflação e o desemprego. Portanto cabe ao governismo (tentar)inverter a equação. [optamos por destacar, suprimindo virtualmente o tentar, já que o processo de inversão da situação 'desfavorável' [sic] ao 'capitão do povo' está em pleno andamento = a causa principal das dificuldades de grande parte da população é um inicio de recessão (em escala global) consequência dos malefícios da pandemia, que começa a ceder; a inflação brasileira já inicia um processo de queda e mesmo antes do inicio da queda, era menor do que a existente em potências econômicas mundiais - temos o caso da UE, que aumentou os juros em 0,5%, situação que não ocorria desde 2011; o índice de desemprego é o menor desde 2015 - quando a 'engarrafadora de vento', - cria do descondenado, não inocentado - pedalava; o PIB, apesar da torcida contra, aumenta lentamente, mas pior é estivesse negativo; álcool, diesel e gasolina,baixaram quatro vezes, redução de até 20%, na bomba; E vários outros fatores que a mídia militante = a grande e velha imprensa = insiste em não destacar, a prioridade é maximizar o ruim e minimizar as melhoras. Perdem tempo, o 'capitão do povo', com as bênçãos de DEUS vai ganhar segunda, da série de três.]
Há dados objetivos (os fatos costumam ser teimosos) [e implacáveis com os mentirosos e narradores.] a mostrar a redução do desemprego, e as mesmas pesquisas que trazem o favoritismo de momento de Lula mostram a percepção popular sobre a inflação melhorando rapidamente.
A dúvida é se haverá tempo hábil para consolidar a sensação de um cenário econômico mudando para melhor e que não vale a pena “mexer em time que está ganhando”. Como diz o batido ditado em língua inglesa, trata-se de batalha morro acima para o situacionismo.
E sempre estará ao alcance do petismo repetir 2002. Se a situação eleitoral apertar, se a chapa esquentar, assumir o compromisso de não dar um cavalo-de-pau na economia. [será que algum compromisso de um candidato que tem raiva da polícia, da classe média, e outros pontos negativos, incluindo, sem limitar, o fato de ser um descondenado, mas que não foi inocentadoda prática dos crimes pelos quais foi condenado por nove magistrados e três instâncias?
Tal situação deixa sempre dúvidas se em um hipotético segundo turno - por Bolsonaro não ganhar já no primeiro - muitos que não votaram no presidente, optarem por não correr o risco de trazer de volta a cena do crime o descondenado e marcarem JAIR BOLSONARO.] Até agora não tem sido necessário, pois a anabolização do antibolsonarismo “de centro” tem levado votos a Lula por gravidade, sem o PT ter de fazer qualquer concessão programática.
Será necessário olhar também como vão evoluir as taxas de rejeição dos candidatos, diante da inevitável campanha negativa que vem aí. Se Lula precisa manter o diferencial favorável nesse quesito, aumentar a repulsa ao petista é um caminho óbvio para o bolsonarismo.[caminho fácil de ser percorrido pelos bolsonaristas - basta apontar fatos contra o petista; já contra Bolsonaro terão que criar 'narrativas'.]
Pois, quando um eleitor diz que não vai votar de jeito nenhum no candidato “x”, a saída intermediária para o candidato “y” é convencer esse eleitor a não votar em nenhum dos dois. Outro detalhe: nas pesquisas estimuladas, a taxa de “não voto”tem girado em torno de 10%, o que é irrealista, pois a série histórica mostra esse contingente (abstenção mais brancos mais nulos) entre 25 e 30%. Por isso é recomendável prestar atenção à evolução das pesquisas espontâneas, nas quais o “não voto” aparece mais próximo dessa tradição.
Dois
anos depois de a velha imprensa ter inventado uma nova palavra para não
elogiar o governo, a economia dá sinais concretos de melhora
Foto: Shutterstock
Na última segunda-feira, 27, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o pior momento da inflação havia passado. No dia seguinte, os números do Caged (banco de dados do Ministério do Trabalho) mostraram recorde de criação de empregos com carteira assinada. São novas notícias positivas para a economia do país, uma realidade muito diferente das retratadas nas manchetes da velha imprensa.
O verbo “despiora”, usado pela Folha de S.Paulo,virou piada.
Mas o jornal gostou tanto que passou a repeti-lo,numa clara linha editorial que proíbe associar qualquer informação boa ao presidente.
A moda pegou nas redações. Analistas passaram a anunciar uma hecatombe econômica para este ano, com recessão similar aos mais tenebrosos anos da gestão Dilma Rousseff. Pior: com a economia em ruínas, o número de desempregados superaria o da era petista.
Aconteceu exatamente o contrário. Mesmo num cenário de inflação global pelos efeitos da pandemia e de uma guerra em curso há quatro meses na Europa, os jornalistas, “infelizmente”, tiveram de repassar notícias boas.
A primeira delas foi a revisão do Produto Interno Bruto (PIB). Como disse Campos Neto nesta semana, durante evento em Portugal,o Brasil é um raro caso no mundo em que “as revisões estão sendo feitas para cima”. A última estimativa indica crescimento da economia de pelo menos 1,7% até o fim do ano — alguns bancos de investimento falam em 2%. O prognóstico de melhora vai na contramão do rebaixamento que o Banco Mundial estima para o PIB global — recuou de 4,1% para 2,9%.
“A guerra na Ucrânia, os lockdowns na China e as interrupções na cadeia de suprimentos prejudicam o crescimento”, disse nesta semana David Malpass, presidente do Banco Mundial. “Para muitos países, a recessão será difícil de evitar”
O desempenho brasileiro no exterior destoa do cenário global. “Em 2021, o Brasil atingiu uma corrente comercial de US$ 500 bilhões”, afirma Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o “Banco dos Brics” — referência a cinco países emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Ele foi secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia no início do governo Bolsonaro.
“As exportações chegaram a US$ 280 bilhões”, conta Troyjo. “O superávit, num cenário de guerra comercial, foi de US$ 61 bilhões. Isso vai crescer mais neste ano, pela performance dos cinco primeiros meses. Mostra que, além do cenário interno, temos vocação para crescer no exterior.”
Emprego Outro dado que deixou os articulistas em parafuso foi a queda no desemprego, um triste espólio do final da era petista. O volume de carteiras assinadas chegou a 280 mil em maio, num total de 42 milhões de vínculos formais de emprego. O mercado de trabalho venceu a covid.
A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), permite uma análise mais apurada. Pela primeira vez em seis anos, o índice de desempregados ficou abaixo de dois dígitos (9,8%). O arranque foi puxado pelo setor de serviços, justamente o mais sacrificado durante a pandemia. Um dos exemplos citados pelo próprio instituto foi a reabertura dos salões de beleza e dos transportes. A média salarial mensal do brasileiro foi de R$ 1,9 mil. “Torcedores do caos[arautos do pessimismo, nas adequadas palavras do general Edson Pujol, ex-comendante do Exército.] se decepcionam: todos os índices de atividade econômica e de mercado de trabalho surpreendem positivamente”, diz Alan Ghani, economista-chefe do SaraInvest e professor do Insper. “De previsão negativa no início do ano, o PIB poderá crescer mais do que 2% em 2022.”
Também em maio, o Banco Central informou que as contas públicas estão em ordem. O superávit primário consolidado — União, Estados, municípios e estatais — chegou a R$ 40 bilhões em abril. Ou seja, a arrecadação com impostos foi maior do que as despesas.
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) June 30, 2022
Vilão do planeta O fiasco das profecias caóticas forçou a oposição a Jair Bolsonaro — dentro e fora das redações — a buscar outro discurso. No ano eleitoral, a munição encontrada foi culpá-lo pela inflação, atualmente em 12%, e pelo preço dos combustíveis e do gás de cozinha.
A inflação, de fato, é um problema — mas um problema global.Números alarmantes têm sido registrados nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina inteira. Na Turquia, bateu em 73%. A vizinha Argentina é um retrato do drama: a inflação bateu 60%, o que tem promovido cenas de remarcação de preços em gôndolas de supermercados de Buenos Aires semelhantes às registradas durante o governo José Sarney. O peso argentino segue em desvalorização acelerada, e os comerciantes oferecem descontos para pagamentos em dólar ou real.
“Somos a oitava economia do mundo. Vamos crescer 2% neste ano. Somos um dos cinco principais destinos de investimento direto. Temos a maior corrente comercial da história” (Marcos Troyjo)
A inflação dos alimentos abriu caminho para o consórcio da imprensatrocar o rótulo de presidente genocida por um de tirano que espalha fome. Imagens de pessoas em situação de miséria passaram a ser estampadas na primeira página de jornais e portais na internet. Bolsonaro reagiu lembrando o discurso da própria mídia e seus aliados políticos: “Fique em casa, a economia a gente vê depois”. Não foi o bastante.
A situação é semelhante com os combustíveis, uma commodityem alta mundial. Imagens com valores nas alturas de bombas de gasolina e diesel passaram a ser usadas ao lado de cobranças ao governo. [cobranças que estão cessando, já que medidas tomadas pelo presidente Bolsonaro já derrubaram os preços dos combustíveis em mais de 12% = em Brasília, chegou a R$ 7,99 e agora está por até R$ 6,29 = queda superior a 20%.] Bolsonaro respondeu que, ao contrário de outras petroleiras pelo mundo, a Petrobras não reduziu sua margem de lucro e derrubou os presidentes da estatal em série.
O consórcio de mídia adorou e publicou uma avalanche de manchetes que fizeram lembrar o petrolão — quando os cofres da empresa foram pilhados nos governos Lula e Dilma.
Bolsonaro mais uma vez respondeu. Mandou um pacote de medidas ao Congresso para tentar amenizar o impacto da inflação na renda da população pobre e segurar o preço dos combustíveis.
A primeira cartada foi fixar em 17% a cobrança de ICMS(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)sobre combustíveis, o imposto de energia elétrica, combustíveis e transporte coletivo. Com isso, “dividiu a conta” com os governadores, que saíram da pandemia com os cofres cheios.
A segunda e mais ousada foi o envio de uma emenda à Constituição que amplia o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 até o fim do ano, inclui mais 1,6 milhão de famílias no programa e dobra o vale-gás — R$ 120 por bimestre.
Os caminhoneiros autônomos passam a receber um voucher de R$ 1.000 para abastecimento.
Para não incorrer em crime eleitoral, já que a legislação proíbe a criação de benefícios neste ano, foi decretado estado de emergência no país. Desde o anúncio da elaboração do texto, o consórcio da imprensa decretou que o presidente cometeu crime eleitoral.
O fato é que nunca se torceu tanto contra o Brasil nas páginas dos jornais. E ninguém imaginava que a recuperação econômica pós-pandemia fosse tão rápida. O Brasil “despiorou” mesmo.
Taxa ficou abaixo dos 10% pela primeira vez desde 2016
Esta é a primeira vez que a taxa de desemprego fica abaixo de 10%desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, quando ficou em 9,6%. O resultado também foi o menor para o trimestre encerrado em maio desde 2015, quando estava em 8,3%.
Em igual período de 2021,[ápice da pandemia] a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 14,7%. No trimestre encerrado em abril de 2022, a taxa de desocupação estava em 10,5%.
O País ainda tem 10,631 milhões de desempregados. [quando Bolsonaro iniciou o Governo, recebeu do presidente Temer um Brasil com 12,669 milhões de desempregados - uma herança maldita do desgoverno do PT/PMDB.
Evolução de 2012 a 2018: Desde 2012, quando registrou 7,1 milhões de desempregados, esse número
vem crescendo, em 2015 foi de 8,8 milhões, e logo se tornou, em 2016,
12 milhões; e em 2017 e 2018, 13 milhões.
Em 2019, nos primeiros
trimestres que incluem trimestres do próprio ano, há uma redução do
desemprego.
Não pode ser olvidado que a última pandemia havida até 2018, ocorreu na primeira metade do século passado.
Já o presidente Bolsonaro iniciou 2020, já no primeiro trimestre sob os efeitos da pandemia COVID-19, que ainda persistem até o presente, arrefecendo lentamente.]
Se considerada toda a mão de obra subutilizada, que inclui quem trabalha menos horas do que gostaria e quem não procura emprego por acreditar que não encontraria uma oportunidade, falta trabalho para 25,401 milhões de brasileiros. No entanto, a taxa de desemprego ficou abaixo do patamar de dois dígitospela primeira desde o trimestre terminado em janeiro de 2016.
“Esse é um processo de recuperação que segue em curso”, resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Para o economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a queda na taxa de desemprego tem influência da resiliência da atividade econômica no primeiro semestre deste ano, mas também reflete o não retorno ao mercado de trabalho, após a pandemia de Covid-19, de uma parcela da população, formada principalmente por mulheres e idosos. “Quando comparamos maio com fevereiro de 2020, temos ainda 2,8 milhões de pessoas a mais fora da força de trabalho. São pessoas que não conseguiram retornar ao mercado”, afirmou Imaizumi. “As mulheres sofreram mais com a pandemia, quando tivemos um desmantelamento grande na rede de apoio e assistência em relação ao cuidado das crianças. No caso dos idosos, está muito relacionado a aposentadorias precoces, o medo de pegar covid e sequelas de longo prazo pós-infecção”, disse o analista.
A LCA Consultores acredita que a redução da taxa de desemprego a um dígitotenha recebido também impulso gerado pelas medidas de estímulo adotadas pelo governo, como a antecipação do 13º salário do INSS, os saques extraordinários do FGTS, a redução da bandeira tarifária de escassez hídrica e a desoneração fiscal de combustíveis, energia elétrica e comunicação. “Isso de alguma forma tem ajudado a vermos números melhores na atividade e, consequentemente, no mercado de trabalho”, apontou Imaizumi.
Os números da Pnad Contínua acrescentam um viés de alta à projeção do C6 Bank de crescimento de 1,5% para oProduto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, afirmou a economista Claudia Moreno. Ela agora prevê que a taxa de desemprego desça a 9,2% no trimestre encerrado em dezembro.
Educação e saúde O mercado de trabalho mostra recuperação desde o segundo semestre de 2021, embora o movimento não tenha ocorrido simultaneamente para todas as atividades, disse o IBGE. Os serviços presenciais demoraram mais a gerar vagas, mas já se vê mais recentemente a volta da ocupação nessas atividades, que agora têm como destaque as áreas de educação e saúde.
Mais 2,282 milhões de pessoas passaram a trabalhar em apenas um trimestre, fazendo a população ocupada alcançar um recorde de 97,516 milhões.“(A alta na ocupação) Tem a ver com a conjuntura favorável do ponto de vista sanitário. Tem também uma demanda maior por trabalhadores pelas atividades econômicas, sejam na condição de trabalhadores formais e de informais”, disse Adriana Beringuy, do IBGE.
No trimestre terminado em maio, houve melhora no emprego com carteira assinada, que já superou o patamar pré-pandemia, mas também crescimento no emprego informal, que também alcançou contingente recorde: 39,1 milhões de pessoas, ou 40,1% dos trabalhadores em atividade.“A gente já observa desde o fim do ano passado que não apenas o trabalho informal vinha sendo o majoritário no processo de recuperação da população ocupada”, lembrou Beringuy.