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quinta-feira, 2 de abril de 2015

'É um lugar só para brancos", diz pai de garoto vítima de racismo em loja

O pai e a criança foram expulsos da frente de um estabelecimento na Rua Oscar Freire, em São Paulo

O depoimento de um pai indignado repercutiu nas redes sociais, alcançando mais de mil compartilhamentos nesta segunda-feira (30/3). Ele acusou a vendedora de uma loja de São Paulo de ser racista com o filho. O garoto tem oito anos e foi expulso da frente do estabelecimento com o pai no sábado (28/3). "É um lugar só para brancos", desabafou o pai, Jonathan Duran, em entrevista ao Correio.

A família estava passeando pela Rua Oscar Freire, e após comprar um sorvete para o garoto, Duran ligou para a esposa, que estava em outra loja para comprar sapatos. Neste momento, para fugir da rua movimentada de carros, eles ficaram na frente de uma loja de roupas. "A vendedora chegou e falou brava: 'ele não pode vender coisas aqui'", contou Jonathan, que ficou chocado com a situação. Ele limitou-se a informar: "Ele é meu filho", antes de ir embora. [as palavras da vendedora, conforme narrativa do próprio pai do garoto, não caracterizaram nenhuma atitude racista nem de expulsão. O diálogo deixa claro que a funcionária apenas advertiu o garoto que não podia vender coisas naquele local.

A notícia leva à dedução de que o garoto não estava vendendo nada. Assim, houve apenas um equívoco.
Tanto da vendedora ao deduzir que o garoto estava vendendo algo e do pai do mesmo em interpretar como racismo um simples aviso dado ao seu filho.]

 "O que aconteceu com o meu filho faz parte de uma cultura maior das lojas da Freire, do mundo da moda, de exclusão", reclama Duran. Por meio de nota, a Animale informou que entrou em contato com o pai, que repudia qualquer ato de discriminação e que está apurando o caso internamente.

Fonte: Correio Braziliense