Candidato do PT alcança 19% das intenções de voto e abre vantagem sobre Ciro; presidenciável do PSL oscila dois pontos para cima e permanece na frente, diz pesquisa encomendada pelo 'Estado' e TV Globo
É voz corrente que a capacidade (ainda hipotética) de transferência de votos do condenado Lula para seu laranja é no máximo 50%, tendo Lula - quando sua candidatura fantasma figurava nas pesquisas - preferência de pouco menos de 40% do eleitorado, o máximo que ele pode transferir é pouco menos de 20%, que somado a votos do próprio laranja o levará, no limite, a 20% (percentual insuficiente para que ele vá ao segundo turno.)
Com isso ou Bolsonaro leva no primeiro ou disputará com outro que não o laranja - vale ter presente que o poste-laranja, perdeu as eleições em 2014 no primeiro turno - Haddad é bom para servir ao Lula, mas é ruim de voto.
A definição do quadro só ocorre de fato mais próximo das eleições, temos que aguardar outras pesquisas, do próprio Ibope e do Datafolha e mesmo a principal: a das urnas.]
A seguir aparece Ciro Gomes
(PDT), que se manteve com os mesmos 11% da semana anterior.
O presidenciável do PSDB, Geraldo
Alckmin, oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%. E Marina
Silva (Rede) caiu três pontos, de 9% para 6%. “Com esse crescimento de Haddad, a
probabilidade de haver segundo turno entre ele e Bolsonaro aumentou
significativamente, embora não se possa descartar outros cenários”, disse Marcia Cavallari,
diretora executiva do Ibope
Inteligência.
Em sua primeira semana como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e
preso na Operação
Lava Jato –, Haddad avançou de 8%, patamar que o colocava
em situação de empate com três adversários, para 19%. Com isso, o petista abriu
oito pontos de vantagem sobre Ciro, seu principal rival na disputa por uma vaga
no segundo turno. O petista foi oficializado candidato no dia 11, após Lula ter sido barrado pela Justiça Eleitoral.
A pesquisa atual é a primeira do Ibope que capta os efeitos da substituição.