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quinta-feira, 21 de março de 2019

A lua de mel durou pouco

Bolsonaro conseguiu uma proeza: encolheu em três meses, e sem a ajuda da oposição. Seu derretimento é resultado de erros e confusões criadas no campo governista

Durou pouco a lua de mel de Jair Bolsonaro. A aprovação do presidente caiu 15 pontos desde janeiro. O percentual de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo recuou de 49% para 34%, informou ontem o Ibope. É a pior largada de um presidente eleito para o seu primeiro mandato desde a redemocratização do país.
Bolsonaro conseguiu uma proeza: encolheu sem a ajuda da oposição. O derretimento é resultado de erros e confusões criadas no campo governista. O caso Queiroz, o laranjal do PSL, as trapalhadas dos primeiros-filhos e os laços do clã com as milícias aceleraram o desgaste. O presidente deu a sua cota com declarações desastradas e caneladas virtuais. A aposta na polêmica rendeu frutos na campanha, mas começa a mostrar limitações no exercício do poder. [felizmente nosso presidente por ter conseguido uma proeza fica fácil conseguir a segunda:
anular a primeira.
O atabalhoamento do inicio do seu governo substituiu, com relativo êxito, a falta de oposição.
A segunda proeza é apenas eliminar a confusão inicial e recuperar o prestígio - tarefa fácil, por inexistir oposição = alguns políticos, procurando aparecer mais do que o cargo que ocupam, buscando vos mais altos em 2002, tentam atrapalhar o presidente Bolsonaro, fingindo ser pró quando é contra, mas, serão neutralizados facilmente.
A próxima pesquisa apresentará números favoráveis ao capitão.
 
Cabe ter presente que o trecho destacado do último parágrafo, mostra que o resultado real da pesquisa está muito próximo do obtido no segundo turno - há uma tendência de queda, facilmente reversível. Depende EXCLUSIVAMENTE do nosso presidente realizar alguns ajustes em sua forma de governar = menos família, mais firmeza no que decide, mais  trabalho = MAIS APOIO.]

A diretora-executiva do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, diz que Bolsonaro também alimentou a esperança de que resolveria problemas num passe de mágica. “Como as coisas não mudam rapidamente, há um sentimento de frustração”, observa. Ela vê risco de o presidente continuar descendo a ladeira nos próximos meses. “A curva é perigosa”, alerta.
 
O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, ressalta outro dado da pesquisa. O percentual de brasileiros que confiam em Bolsonaro caiu, mas ainda é maior que o de eleitores que não confiam nele (49% a 44%). Tirando os que não opinaram, a diferença é quase idêntica ao resultado do segundo turno, quando o presidente venceu por 55% a 45% em votos válidos. Os números são uma má notícia para a equipe econômica, que contava com a popularidade do chefe para forçar as mudanças na Previdência. Agora ficará mais caro convencer o Congresso a encampar a reforma, que vai mexer com o bolso do eleitor.
 
 
 
 


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Ibope: Haddad cresce 11 pontos e se isola no segundo lugar; Bolsonaro mantém liderança



Candidato do PT alcança 19% das intenções de voto e abre vantagem sobre Ciro; presidenciável do PSL oscila dois pontos para cima e permanece na frente, diz pesquisa encomendada pelo 'Estado' e TV Globo

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, subiu 11 pontos porcentuais em uma semana e se isolou na segunda colocação, com 19%, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que oscilou dois pontos porcentuais para cima e chegou a 28%. É o que revela pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 18, a quarta desde o início oficial da campanha eleitoral. [o aparente salto do 'andrade' é exatamente um salto que sobe e depois cai;
É voz corrente que a capacidade (ainda hipotética) de transferência de votos do condenado Lula para seu laranja é no máximo 50%, tendo Lula - quando sua candidatura fantasma  figurava nas pesquisas - preferência de pouco menos de 40% do eleitorado, o máximo que ele pode transferir é pouco menos de 20%, que somado a votos do próprio laranja o levará, no limite, a 20%  (percentual insuficiente para que ele vá ao segundo turno.)

Com isso ou Bolsonaro leva no primeiro ou disputará com outro que não o laranja - vale ter presente que o poste-laranja, perdeu as eleições em 2014 no primeiro turno - Haddad é bom para servir ao Lula, mas é ruim de voto.

A definição do quadro só ocorre de fato mais próximo das eleições, temos que aguardar outras pesquisas, do próprio Ibope e do Datafolha e mesmo a principal: a das urnas.]
 
A seguir aparece Ciro Gomes (PDT), que se manteve com os mesmos 11% da semana anterior. O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%. E Marina Silva (Rede) caiu três pontos, de 9% para 6%. “Com esse crescimento de Haddad, a probabilidade de haver segundo turno entre ele e Bolsonaro aumentou significativamente, embora não se possa descartar outros cenários”, disse Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência.

Em sua primeira semana como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato –, Haddad avançou de 8%, patamar que o colocava em situação de empate com três adversários, para 19%. Com isso, o petista abriu oito pontos de vantagem sobre Ciro, seu principal rival na disputa por uma vaga no segundo turno. O petista foi oficializado candidato no dia 11, após Lula ter sido barrado pela Justiça Eleitoral. A pesquisa atual é a primeira do Ibope que capta os efeitos da substituição. 

 

segunda-feira, 21 de maio de 2018

A apatia do eleitor

Há na política nacional um clima de apatia e desencanto. Em menos de cinco meses haverá eleições e o cidadão mostra-se reticente com suas preferências. “Os eleitores estão sem perspectiva de melhora”, diz Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência. “Não conseguem ver como sair desse lugar em que estamos, não conseguem enxergar uma luz no fim do túnel.”

O fenômeno da apatia com a política tem traços paradoxais. Nos últimos dois anos, o brasileiro experimentou uma melhora da situação econômica e social do País, que foi em boa medida resultado da mudança do governo federal. O impeachment de Dilma Rousseff serviu de ocasião para retificar os rumos da política econômica, com efeitos diretos sobre a inflação, o emprego, os juros, o consumo. Ainda há muito a fazer, mas a situação do País hoje é incomparavelmente melhor do que há dois anos.

Há evidências empíricas, portanto, de que o modo como o País é governado tem consequências práticas sobre a população. Em tese, tal constatação deveria ser mais que suficiente para que o eleitor reconhecesse a importância da política e, portanto, das próximas eleições, para o seu futuro imediato. Do resultado das urnas dependerá a continuidade da reconstrução do País.  A percepção sobre a importância das eleições é, no entanto, ainda muito frágil. Na prática, a ideia de que as eleições periódicas são fundamentais para o País convive, sem maiores conflitos, com um profundo alheamento da política. Em geral, não se nega o valor do voto, mas ele é visto como incapaz de mudar o País. Segundo esse raciocínio, o melhor seria não criar expectativas com as eleições. Ou seja, o cidadão não parece disposto a utilizar o voto como um poderoso instrumento de mudança.

Entre as causas da apatia, que conduz a graves distorções na representação, ressaltam o populismo praticado pelo PT ao longo das últimas décadas e a demagogia que se tornou método de quase todos os partidos. De certa forma, o eleitor tem razão para estar frustrado. Foi-lhe dito que não era preciso cuidar do equilíbrio fiscal, foi-lhe prometida a diminuição dos juros por simples ato de vontade da presidente da República, foi-lhe afirmado que o déficit da Previdência não era motivo para preocupação, assim como tantas outras barbaridades.

O lulopetismo prometeu ao brasileiro um futuro espetacular sem necessidade de esforço. A única condição para que o paraíso fosse definitivamente instalado na terra era manter o PT no poder. Como bem se sabe, não foi isso o que ocorreu. As lideranças petistas trouxeram de volta a inflação, o desemprego, o aumento dos juros. Em suma, o PT deu motivo para que a população desconfiasse do governo ─ qualquer governo ─ e descresse do País.

Para piorar, a crise econômica veio acompanhada de grandes escândalos de corrupção. Sob o discurso da preocupação social, tão repetido pelos petistas, havia uma enorme podridão moral, capaz de gerar casos como o do mensalão e o do petrolão. Os recursos públicos desviados ganharam proporções inéditas.  Diante desse quadro, houve quem tenha vislumbrado a oportunidade para difundir a ideia de que todo o sistema político estaria podre. Com adeptos no Judiciário e no Ministério Público, essa causa disseminou ainda mais desconfiança em relação à política. Se, como afirmam, tudo está irremediavelmente podre, qualquer medida que venha da política estaria viciada pela raiz. 

Essa atitude é profundamente antidemocrática, pois o trabalho de reconstrução do País caberia apenas a alguns poucos iluminados, que não receberam nenhum voto para isso.
O eleitor precisa resgatar o seu protagonismo, ressaltando toda a importância do voto para o futuro do País. Isso não significa que a simples ocorrência de eleições seja garantia inexorável de um futuro promissor. Significa que o voto é o instrumento democrático e legítimo para a mudança dos hábitos administrativos e dos costumes políticos que têm levado o País ao fundo do poço. Somente a consciência dos nefastos efeitos de escolhas irresponsáveis nas eleições pode levar o eleitor a uma conduta mais madura diante das urnas. Não se constrói um País sem a ativa participação política e o trabalho de seu povo.

O Estado de S. Paulo