A petulância do “encantador de jumentos” manifestada nas suas mais recentes declarações, na convicção de que o seu “rebanho” lhe será fiel mais uma vez para entregar-lhe a faixa presidencial em 1ª de janeiro de 2023, no sentido de que “mexerá” nas Forças Armadas “para valer”, após “tomar posse”, sem dúvida deve acender o sinal de alerta “vermelho” junto aos militares que têm consciência dos seus deveres e juramentos para com a pátria.
Lá pelo idos de 1816, desembarcava no Rio de Janeiro o naturalista francês Auguste de Saint Hilaire, com a finalidade de estudar a fauna e a flora brasileiras. Nas suas “andanças” de seis anos pelo país, coletou 30 mil amostras de plantas reveladas no seu livro “Flora Brasilae Meridionalis”.
Saint Hilaire acabou se deparando com as formigas cortadeiras denominadas SAÚVAS, que devastavam tudo que é planta que encontravam pela frente, e que o impressionaram a tal ponto que ele acabou deixando registrada frase “ou o Brasil acaba com a saúva,ou a saúva acaba com o Brasil”.
Mas não foi pelo hábito de ler, muito menos o livro “Flora Brasilae Meridionalis”,que a aludida frase de Saint Hilaire penetrou fundo no imaginário político dos brasileiros. O “carnaval” foi decisivo para essa “incorporação”.
Em 1954, Roberto Robeli e Arlindo Marques compuseram a marchinha de carnaval intitulada “Marcha da Saúva”, gravada em 78 RPM, pela dupla Alvarenga e Ranchinho. A marchinha foi sucesso nos salões durante o carnaval,com os foliões sempre associando a “saúva” com a rapinagem do dinheiro pública, que na época já dava os seus primeiros “passos”. Os dois primeiros versos da marchinha de carnaval “Marcha da Saúva” repetiam “ipsis litteris” os dizeres do pesquisador francês:”ou o Brasil acaba com a saúva/ou a saúva acaba com o Brasil”.
É claro que o título desse artigo não tem nada de original, refletindo meramente uma espécie de “paródia” da famosa frase de Saint Hilaire. É só trocar a palavra “saúva” pelo nome de Lula da Silva, candidato à Presidência da República. Ora, se comprovadamente Lula foi o chefe da quadrilha que assaltou o erário na quantia estimada de 10 trilhões de reais, enquanto governaram, de 2003 a 2016, é claro que os brasileiros correm o risco de ter que empenhar a própria alma,e a de seus filhos e seus netos, para continuarem alimentando a voracidade corrupta insaciável das “formigas cortadeiras” da esquerda que estão de prontidão para devastar o que resta do Brasil,retomando ao poder em janeiro de 2023.
Os militares não podem tolerar a ameaça de Lula,que certamente será cumprida se eleito, de “cancelar” o artigo 142 da Constituição,através de uma nova constituição,ou mesmo de uma simples emenda constitucional (não é cláusula pétrea). Esse dispositivo já é “tradição” no ordenamento constitucional brasileiro, tendo integrado,com outras palavras,tanto a Constituição de 1967, quanto a de 1946.
Está muito na “cara” que o objetivo principal de Lula está em “aparelhar” as Forças Armadas, como antes já fizeram com quase tudo (o Estado,as leis ,a própria Constituição,os Três Poderes,as Universidades,o Serviço Público,etc.), só não tendo conseguido fazê-lo com as Três Forças,que agora seriam o objetivo do novo “assalto”. No que viraria o Brasil novamente nas mãos “deles”?
Por esse motivo os militares devem ficar alertas, e muito atentos de que se eles não acabarem antes com Lula, Lula poderá acabar com eles e com o Brasil. Em palavras diferentes: “ou o “142” acaba com Lula (e toda a sua quadrilha de delinquentes), ou Lula (e toda sua quadrilha de delinquentes), acabará com o Brasil”.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo