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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Mentiras tóxicas sobre o agronegócio - Revista Oeste

 Edilson Salgueiro

 Apesar dos sabotadores, os produtores rurais brasileiros alimentam quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e alavancam a economia do país

O agronegócio brasileiro é alvo constante dos sabotadores, dos militantes e dos ideólogos. Embora produza alimentos para 800 milhões de pessoas em todo o mundo e alavanque a economia do país todos os anos, o setor é frequentemente difamado pelas organizações não governamentais (ONGs), pelas redações da velha mídia e pelas agências de publicidade. Uma das mentiras mais difundidas por esses grupos é que os defensivos agrícolas utilizados no Brasil são proibidos em países desenvolvidos. Mas a realidade prova o contrário.

Trator pulveriza pesticidas em uma plantação de milho | Foto: Reprodução/Shutterstock

Trator pulveriza pesticidas em uma plantação de milho | Foto: Reprodução/Shutterstock

Antes de desmentir as falácias sobre o tema, é necessário entender o atual sistema regulatório da União Europeia (UE). Na Diretiva nº 414, de 15 de julho de 1991, os integrantes do bloco determinaram que todos os ingredientes ativos (IAs) — a principal substância química dos pesticidas — deveriam ser avaliados pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA). Esse processo poderia durar até 12 anos.

A partir dessa medida, criou-se uma lista com aproximadamente 900 IAs a serem examinados. Os produtos seriam aprovados somente depois das avaliações. No entanto, mais de 500 moléculas não foram analisadas pela EFSA no prazo estipulado. Por isso, foram consideradas “não aprovadas” — ou, no linguajar de quem gosta de contestar os fatos, banidas”. Mas a aprovação não está necessariamente relacionada com os riscos de toxicidade ou com as exigências regulatórias. Na verdade, a “não aprovaçãose refere a substâncias que nunca foram avaliadas pelas autoridades governamentais de um país; que nunca tiveram pedidos de renovação ou de registro; e que foram canceladas por ausência de pagamentos de taxas para manutenção de registro.

Portanto, os ingredientes ativos retirados do mercado europeu não foram banidos. Apenas ainda não foram avaliados.

Brasil versus mundo
De acordo com o estudo “Aprovações e Proibições de Agrotóxicos em Diferentes Países”, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), há 279 IAs registrados no Brasil. O relatório mostra que várias dessas moléculas estão sendo utilizadas em outras nações, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e UE. Uma única dessas substâncias não está registrada em nenhum dos países citados: a sulfluramida, usada para o controle de formigas. Segundo a CropLife Brasil, associação de empresas de defensivos agrícolas, o uso desse produto é seguro no país.

É comum haver a “aprovação” de determinados defensivos em alguns países e a “não aprovação” dos mesmos produtos em outros. Isso porque as condições agrícolas das regiões, em relação à flora, à fauna e ao clima, apresentam cenários distintos. Em ambientes diversos, surge uma variedade de insetos, pragas e ervas daninhas nas lavouras. Assim, o controle eficaz é possível apenas com substâncias específicas.

Dos 279 ingredientes ativos registrados no Brasil, 228 podem ser usados na Austrália, 218 nos EUA e no Canadá, 205 no Japão e 136 na UE.

(...)

Em contrapartida, há 90 ingredientes ativos registrados na UE que não podem ser utilizados no Brasil. Ao todo, 77 substâncias nunca tiveram o pedido de registro solicitado, nove não foram aprovadas por não apresentar seus fabricantes e quatro ainda precisam ser analisadas pelas autoridades responsáveis.

Na prática, isso significa que os defensivos estão sendo avaliados individualmente, conforme a necessidade dos países e as legislações nacionais. As culturas agrícolas e a quantidade de aplicações das substâncias, que variam de acordo com o clima, com o tipo de solo e com o tamanho da área, levam a diferentes conclusões nas análises.

A necessidade de modernizar as leis

(...)

“Um cidadão com 85 quilos, por exemplo, precisaria consumir 20 quilos de pimentões contaminados, em apenas 24 horas, para sofrer algum tipo de intoxicação crônica”

A fim de agilizar os processos de análise, a Câmara dos Deputados aprovou, no início de fevereiro, o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002. O texto estabelece que, se os pesticidas não forem aprovados em dois anos, a empresa dona de uma molécula nova poderá solicitar a autorização temporária de registro. A concessão será feita apenas se o produto tiver sido aprovado em pelo menos três países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Caso obtenham a autorização temporária, os agricultores poderão utilizar o novo defensivo agrícola. Durante esse período, os órgãos federais continuarão a analisar o pesticida. Se indeferirem o pedido ao fim do processo de avaliação, o produto será proibido.

Atualmente, os países da UE demoram entre dois e quatro anos para validar um defensivo agrícola, o que permite o registro contínuo de novas moléculas — mais eficientes e menos tóxicas. Na contramão, o Brasil submete os produtores a oito anos de espera.

Comida boa, barata e de qualidade
Como mostra reportagem publicada na Edição 100 da Revista Oeste, os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são avaliados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
(...)

O mundo precisa dos defensivos agrícolas
A população mundial deve chegar a 10 bilhões de pessoas até 2050, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse cenário, serão necessários mais carnes, frutas, legumes, verduras e cereais. E o Brasil, com sua vocação natural para a agropecuária, deverá assumir as rédeas e alimentar boa parte do planeta.

Para que o agronegócio brasileiro cumpra sua missão, o uso dos pesticidas é indispensável. Isso porque aproximadamente 40% da produção agrícola mundial é perdida todos os anos, em virtude dos ataques das pragas. Estima-se que as perdas mundiais causadas por doenças das plantas atinjam US$ 220 bilhões, enquanto as pragas fazem os produtores rurais perderem US$ 70 bilhões.

Embora seja apontado como um dos maiores utilizadores de pesticidas do mundo, o Brasil não encabeça (proporcionalmente) o ranking de países que mais gastam com defensivos agrícolas por quantidade de alimentos produzidos. O Japão lidera a lista, com apenas 8 quilos colhidos para cada dólar investido. Na Europa, a média é de 58 quilos (na França, por exemplo, são 50 quilos), e, nos Estados Unidos, de 94 quilos/dólar. O Brasil produz mais de 140 quilos de alimentos para cada dólar investido em pesticidas, graças à eficiência tecnológica de sua produção.

No ranking de países que mais usam defensivos por hectare, o Brasil está em sexto lugar (menos de 5 quilos por hectare/ano). A Holanda ganha a medalha de ouro, com cerca de 20 quilos por hectare/ano. Seguem-se Japão (17,5), Bélgica (12), França (6) e Inglaterra (5,5).

(...)

Mesmo assim, os produtores rurais brasileiros reduzem anualmente a dose média de pesticidas utilizados por hectare. A dose média dos produtos lançados a partir do ano 2000 corresponde a 12% da dos produtos anteriores à década de 1970. Em linhas gerais, há mais eficiência e menos riscos.

Ideologia, a pior praga
Conforme diz Lohbauer, o boicote à agricultura convencional e aos pesticidas é impulsionado pela agenda da “sustentabilidade”. “Isso se transformou numa agenda corporativa”, disse o presidente da CropLife Brasil. “Centenas de milhares de organizações não governamentais, think tanks e grandes corporações trabalham para promover as pautas verdes. Há muito dinheiro envolvido. Essas mesmas ideias destruíram o Sri Lanka.”

Reportagem publicada na Edição 121 da Revista Oeste mostrou que o colapso do país asiático é resultado de décadas de incompetência de governos socialistas e do lobby ecologicamente correto de multinacionais, universidades e ONGs. O Sri Lanka aderiu à agricultura orgânica, sob o argumento de não causar danos ambientais ao planeta, e seguiu à risca as práticas sustentáveis de Environmental, Social and Governance (ESG). De acordo com um relatório da consultoria World Economics, que avalia o índice de emissão de gases do efeito estufa em todos os países, a ilha asiática ultrapassa a marca de 98 pontos — considerando que 100 é a melhor nota, e zero é a pior. Suécia (96), França (92), Alemanha (90), Brasil (84), Rússia (54), EUA (51) e China (43), por exemplo, ficaram para trás.


Na prática, as políticas “sustentáveis” resultaram em escassez de energia, inflação e pobreza. Aproximadamente 30% das terras agrícolas de Sri Lanka foram inativadas no ano passado, em virtude da proibição de pesticidas e fertilizantes. Como resultado, 85% dos agricultores sofreram perdas nas safras. A produção de arroz caiu 20%, enquanto os preços subiram 50% em apenas seis meses. Mas não é só isso. O governo precisou importar US$ 450 milhões em arroz, apesar de o país ser autossuficiente na produção do cereal. Há apenas 2 milhões de agricultores na ilha asiática, mas 15 milhões de habitantes dependem direta ou indiretamente das frutas, dos legumes e das verduras produzidos pelos trabalhadores rurais.


De lá para cá, o país desceu ladeira abaixo. Segundo a ONU, 30% dos 22 milhões de cingaleses correm o risco de não ter acesso a alimentos, remédios nem combustíveis. A economia está em frangalhos, e o governo suspendeu o pagamento de empréstimos estrangeiros.

Os brasileiros não podem deixar os sabotadores, os militantes e os ideólogos transformarem este país em um grande Sri Lanka.

Leia também “Uma revolução verde”

Edilson Salgueiro, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

AS NARRATIVAS E O ESSENCIA - Alex Pipkin, PhD

A mídia militante, muitos intelectuais de araque e vários extremistas ideológicos de todas as correntes, estão preocupados se Bolsonaro receberá o prêmio de pacificador mundial, por evitar a 3a. Guerra Mundial;  se Lularápio irá sair às ruas, se houve ou não gesto nazista por parte de um despreparado e equivocado garoto, se vai haver carnaval no país da eterna folia, e se alguns funcionários públicos devem continuar no “fiquem em casa”, enfim, focados em um vasto leque de temáticas “relevantes”

Entretanto, poucos atentam e colocam os holofotes - e pressão - nas iniciativas e nas reformas essenciais para encaminhar o país para a rota efetiva do crescimento econômico e social.

Evidente que não se nota a mesma atenção, o mesmo centro e o clamor necessário para que o Brasil saia do buraco das restrições e da burocracia verde-amarela, ou melhor, “burrocracia” contraproducente e inútil.

A reforma tributária, por exemplo, é essencial para a geração de mais atividade econômica, mais empregos e maior renda para as pessoas, especialmente para os mais carentes.

Não me refiro nem à fundamental redução da escorchante carga de impostos em um primeiro momento, mas à unificação dos vários tributos em um único imposto, tipo IVA (imposto sobre valor agregado), que já traria a simplificação e a redução da enorme burocracia exigida para as empresas, eliminando custos e tornando desnecessária a presença de verdadeiros “exércitos contábeis”. [com o devido respeito ao articulista, registramos nossa posição totalmente contrária ao IVA, imposto único, ou a denominação que derem. Estaremos apenas sendo vítimas de mais uma maldita CPMF ou IPMF.]

Quanto à reforma mais importante de todas, a administrativa - não o arremedo que se noticiou -, não há esforço tampouco vontade política; é mais ou menos como acreditar que o coletivismo irá nos salvar.

O desequilíbrio entre os poderes - econômico e social - genuína vergonha nacional, segue dando seus “passos iluministas”. A maior casta tupiniquim, a da (In)Justiça, prossegue fazendo misérias, com custos astronômicos, privilégios absurdos e imorais, tamanho desproporcional e costumeira lerdeza e ineficiência. O juridiquês segue, cada vez mais, “humanista” e refinado.

O pior é que a classe dos “doutores” tem atravancado a efetivação de políticas para o crescimento, uma vez que esses legislam e materializam a nefasta insegurança jurídica que, por sua vez, afasta investimentos nacionais e internacionais.

Pois nesse país não me surpreende. O elefante passando, e a turma “esperta” centrada nas formigas… faz tempo.

Poucos querem ver o país renovado, querem de fato, ver e sentir “sua turma” bem e poderosa.

As políticas e iniciativas desreguladoras e desburocratizantes, criadoras de empregos, renda e riqueza, ficam para o próximo ano, para o próximo mandatário, para um futuro que nunca chega e, claro, continuam procrastinando e caindo num esquecimento medíocre.

Será que não nos damos conta? É absurdo trocar práticas comprovadamente bem-sucedidas pelo fracassado casuísmo e pelas ideologias extremistas.

Reza a lenda que pode haver “sapo enterrado”, ou melhor, deve existir mesmo é uma “saparada”.

 Alex Pipkin, PhD

 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Ou o Brasil acaba com o lula ou o lula acaba com o Brasil!!! - Sérgio Alves de Oliveira

A petulância do “encantador de jumentos” manifestada nas suas mais recentes declarações, na convicção de  que o seu “rebanho” lhe será fiel mais uma vez  para entregar-lhe a faixa presidencial em 1ª de janeiro de 2023, no sentido de que “mexerá” nas Forças Armadas “para valer”, após “tomar posse”, sem dúvida deve acender o sinal de alerta “vermelho” junto aos militares que têm consciência  dos seus deveres e juramentos  para com a pátria.

[comentando: o delírio do descondenado petista é apenas um 'delírio,nada mais'; o descondenado petista - que tem medo das ruas - merece tanta credibilidade quanto a tentativa de criminalizar o presidente Bolsonaro pelo crime de prevaricação no processo de compra da vacina indiana = de frente para trás: não foi gasto um centavo que seja do dinheiro público,  pelo fato de que a vacina não foi entregue, por não ter sido faturada, faturamento que  não ocorreu  por não ter havido um contrato, que não houve, já que não aconteceu  a compra que o mesmo formalizaria.
Já que não rolou dinheiro que vantagem o presidente Bolsonaro auferiu, ou pretendeu auferir, ato essencial que o crime de prevaricação seja concretizado, ou mesmo tentado.
Rogamos que considerem essa modesta opinião um gesto de desagravo às saúvas e aos jumentos colocados em tão infame companhia. ] 
 
Apologia Ao Jumento (O Jumento e Nosso Irmão) Luiz Gonzaga

 

Lá pelo idos de 1816, desembarcava no Rio de Janeiro o naturalista francês Auguste de Saint Hilaire, com a finalidade de estudar a fauna e a flora brasileiras. Nas suas “andanças” de seis anos pelo país, coletou 30 mil amostras de plantas reveladas no seu livro “Flora Brasilae Meridionalis”.

Saint Hilaire acabou se deparando com as formigas cortadeiras denominadas SAÚVAS, que devastavam tudo que é planta que encontravam pela frente, e que o impressionaram a tal ponto que ele acabou deixando registrada  frase “ou o Brasil acaba com a saúva,ou a saúva acaba com o Brasil”.

Mas não foi pelo hábito de ler, muito menos o livro “Flora Brasilae Meridionalis”,que a aludida frase de Saint Hilaire penetrou fundo no imaginário político dos brasileiros. O “carnaval” foi decisivo para essa “incorporação”.

Em 1954, Roberto Robeli e Arlindo Marques compuseram a marchinha de carnaval intitulada “Marcha da Saúva”, gravada em 78 RPM, pela dupla Alvarenga e Ranchinho. A marchinha foi sucesso nos salões durante o carnaval,com os foliões sempre associando a “saúva” com a rapinagem do dinheiro pública, que na época já dava os seus primeiros “passos”. Os dois primeiros versos da marchinha de carnaval “Marcha da Saúva” repetiam  “ipsis litteris” os dizeres do pesquisador francês:”ou o Brasil acaba com a saúva/ou a saúva acaba com o Brasil”.

É claro que o título desse artigo não tem nada de original, refletindo meramente uma espécie de “paródia” da famosa frase de Saint Hilaire. É só trocar a palavra “saúva” pelo nome de Lula da Silva, candidato à Presidência da República.  Ora, se comprovadamente Lula foi o chefe da quadrilha que assaltou o erário na quantia estimada de 10 trilhões de reais, enquanto governaram, de 2003 a 2016, é claro que os brasileiros correm o risco de ter que empenhar a própria alma,e a de seus filhos e seus netos, para continuarem  alimentando  a voracidade  corrupta insaciável das “formigas cortadeiras” da esquerda que estão de prontidão para devastar o que resta do Brasil,retomando ao poder em janeiro de 2023.

Os militares não podem tolerar a ameaça de Lula,que certamente será cumprida se eleito, de “cancelar” o artigo 142 da Constituição,através de uma nova constituição,ou mesmo de uma simples emenda constitucional (não é cláusula pétrea).  Esse dispositivo já é “tradição” no ordenamento constitucional brasileiro, tendo integrado,com outras palavras,tanto a Constituição de 1967, quanto a de 1946.

Está muito na “cara” que o objetivo principal de Lula está em “aparelhar” as Forças Armadas, como antes já fizeram com quase tudo (o Estado,as leis ,a própria Constituição,os Três Poderes,as Universidades,o Serviço Público,etc.), só não tendo conseguido fazê-lo com as Três Forças,que agora seriam o objetivo do novo “assalto”. No que viraria o Brasil novamente nas mãos “deles”?

Por  esse motivo os militares devem ficar alertas, e muito atentos de  que se eles não acabarem antes com Lula, Lula poderá acabar com eles e com o Brasil. Em palavras diferentes: “ou o “142” acaba com Lula (e toda  a sua quadrilha de delinquentes), ou Lula (e toda sua quadrilha de delinquentes), acabará com o Brasil”.

Será que a intenção de Lula  de “cancelar” o artigo 142 da Constituição estaria motivada na submissão e na “docilidade” d as casernas e das tropas na Coreia de Norte, na China, na Rússia, na Venezuela e outros tantos países comunistas? 
Submeter-se-iam as “nossas”Forças Armadas  a serem meros “aparelhos” do PT? 
Será que os militares têm consciência que todos esses “esquemões”do PT,se eleito,seriam facilmente conseguidos,com plena cobertura do Legislativo e do Judiciário? 
Não há que se antecipar às “saúvas” do Brasil?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Quem planta inflação não colhe crescimento - Revista Oeste

Ubiratan Jorge Lorio

A terapia da Escola Austríaca é antipática, mas é a única que funciona. Enquanto as cadeias de produção estiverem se reorganizando, é preciso subir as taxas de juros e cortar despesas

O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, depois de muitos meses afirmando que a atual inflação nos Estados Unidos era transitória, teve de admitir a realidade. Provocado há poucos dias pelo senador republicano Pat Toomey sobre até quando duraria o fenômeno, reconheceu que a situação não é temporária.

                          Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Cá entre nós, para surpresa de ninguém, já era mais do que tempo de o ilustre banqueiro saborear um chá de simancol e deixar de tentar iludir quem não é bobo com discursos políticos ilusórios pendurados em teorias monetárias estapafúrdias de economistas intervencionistas. Powell não fez mais do que reconhecer o que todo o mercado financeiro já sabia, e os economistas austríacos avisam há séculos: um governo que semeia inflação, que é o aumento da quantidade de moeda sem lastro, não pode pretender colher crescimento, mas somente a desvalorização do poder de compra da moeda e o desemprego. Isso não é ideologia, é simples resultado da ação humana, testada e comprovada centenas de vezes ao longo da história; é batata, é tiro e queda.

Do ponto de vista prático, são muito importantes as implicações sobre a vida das pessoas do debate teórico entre os que defendem e os que negam a transitoriedade da atual inflação. Quem acredita que é temporária argumenta que ela decorre do choque de oferta provocado pela pandemia: faltam bens e serviços para um nível — agora maior — de demanda. Assim que as linhas de produção e a logística de transportes voltarem ao normal, a produção se ajustará a esse nível e a pressão sobre os preços terminará. Sendo assim, sustentam que o Fed não precisa subir as taxas de juros e, se subir, que o faça modesta e gradualmente, mesmo no ambiente inflacionário que hoje prevalece, semelhante ao dos anos 1970. Já quem defende que a inflação não é transitória argumenta que aumentos de preços generalizados, mesmo quando são temporários, têm impactos permanentes, especialmente quando a economia está artificialmente “bombada” pelos anabolizantes keynesianos vendidos nas bancas de camelôs como elixir da juventude.

Na verdade, os americanos não estavam engolindo nem a pau a narrativa de que a inflação de preços que explodiu nos Estados Unidos e no mundo no primeiro semestre deste ano era transitória. O discurso foi sustentado pelas diretorias do Fed e do Banco Central Europeu mesmo durante os vários meses com registros consecutivos de crescimento de preços ao consumidor acima de 5% ao ano. O argumento, equivocado, sustentava que as contínuas elevações de preços seriam resultantes de “problemas da cadeia de abastecimento” provocados pelo vírus sino-global. A comprovar a rejeição à falsa hipótese de transitoriedade, as expectativas dos consumidores americanos já estavam beirando 6% para cima até o fim deste ano e 4,2% nos próximos três anos — taxas extremamente altas para os padrões americanos.

Registre-se que o FOMC (Federal Open Market Committee, órgão equivalente ao Copom) vinha admitindo aumentos generalizados de preços acima de 2% ao ano, para em seguida atingir essa meta em alguns meses. Em poucas palavras: optou pelo velho e fracassado gradualismo, agravado pela ausência de qualquer âncora. O fato é que as expectativas inflacionárias para 2022, que no início deste ano eram de 3,2%, foram seguidamente revistas para cima.

Existe um fato que não pode deixar de ser levado em conta. A partir do momento que os agentes econômicos imaginam que a inflação permanecerá alta, eles mudam seu comportamento e fazem com que ela se torne ainda mais alta, ao anteciparem as compras na tentativa de evitar preços mais altos posteriormente, tornando-se propensos a aceitar preços maiores em vez de adiarem as compras. Essa resposta defensiva de comportamento tende a ampliar a pressão inflacionária no futuro.

Do lado fiscal, observa-se uma verdadeira esbórnia

A inflação de preços americana está alta e as expectativas mostram que ela vai continuar a crescer. A causa desse desastre anunciado é uma só, límpida, cristalina, inequívoca: a verdadeira orgia fiscal e monetária que o governo dos democratas vem promovendo. Nessas condições, a formação dos preços hoje depende de dois fenômenos: o primeiro — passageiro — é a inegável desarrumação na estrutura de oferta causada pela pandemia; o segundo, permanente, tem dois componentes: o impacto do que o Fed está fazendo na área monetária e a influência das expectativas quanto ao que venha a fazer no futuro. Esse último efeito, por sua vez, depende do estado atual das contas públicas e do que se espera quanto a seu estado no futuro.

Há, portanto, uma ligação entre o que políticos e economistas do governo estão fazendo em termos de gastos e impostos e as decisões dos economistas do Fed. Essa dependência entre os regimes monetário e fiscal pode ser conduzida de duas maneiras, mutuamente excludentes: (a) com coordenação ou no mesmo sentido, quando existe austeridade ou frouxidão dos dois lados; (b) sem coordenação ou em sentidos opostos, quando a política fiscal é frouxa e a monetária é austera, ou vice-versa.

A péssima notícia é que está acontecendo há tempos nos Estados Unidos, especialmente a partir da pandemia e, principalmente, desde o início do governo Biden, uma coordenação do mal, caracterizada por dupla irresponsabilidade, fiscal e monetária. E, quando as duas cigarras — a fiscal e a monetária — fazem a festa, quem paga a conta são sempre as formigas: os indivíduos, os trabalhadores, os empresários e as empresas, os pagadores de impostos.

Do lado fiscal, observa-se uma verdadeira esbórnia com a liberação de mais de US$ 5 trilhões em gastos deficitários, o que levou o total de estímulos a quase US$ 10 trilhões. Ao justificar a gandaia, o mesmo bode expiatório que se tornou o preferido dos economistas de esquerda: a ideia de que “é preciso combater a pandemia e seus efeitos”. Sim, é preciso zelar pela saúde, mas com responsabilidade, remanejando gastos, como de certa forma foi feito no Brasil, e não criando despesas ex nihilo (a partir do nada).

No front monetário, o Fed recusa-se a assumir qualquer responsabilidade pela pressão inflacionária, negando, com base teórica no engodo da “teoria monetária moderna”, que os trilhões de dólares postos em circulação estejam contribuindo para o aumento dos preços. A atitude é comparável às afirmativas de que a chuva não molha e o gato não mia — assim como de que certo ex-presidente do Brasil é inocente. Só para apresentar uma pálida ideia do bacanal monetário que o Fed vem bancando, desde março de 2020 os ativos do seu balanço aumentaram em US$ 4,2 trilhões e os ativos totais chegaram a US$ 8,6 trilhões.

Esbanjamento
Os americanos, então, estão com mais dinheiro e gastando mais, mas, além de fazerem isso como defesa contra preços maiores no futuro, a demanda crescente por bens de consumo significa também maior pressão sobre as cadeias de produção, a infraestrutura logística. Isso significa que o argumento de que a inflação está sendo causada pelos problemas da cadeia de suprimentos inverte causa e efeito: é a inflação de moeda que está causando muitos dos problemas da cadeia de abastecimento, por estimular a compra de bens de consumo, e não o contrário.

Quando a demanda continua forte mesmo com aumentos de preços, os agentes econômicos subliminarmente aceitam que a economia tem condições de condescender com preços cada vez maiores. Forma-se, então, um círculo vicioso, em que a alta de preços cria pressões para salários nominais mais altos, fazendo surgir a famosa espiral inflacionária, alimentada pela expectativa de preços crescentes e pela “coordenação do mal”. Os brasileiros que acompanham a economia desde os anos 1980 sabem disso muito bem.

É evidente que a economia mundial sofreu um choque de oferta violento com a pandemia, mas acontece que houve um choque maior, que foi a resposta dos governos: um aumento gigantesco da quantidade de moeda em circulação. Basta observar o comportamento do M2 nos Estados Unidos, retratado no gráfico (acima).

A inflação de preços que acontece hoje é filha do concubinato do choque de oferta com a inflação monetária promovida pelo Fed. É importante ter em mente que, sem a segunda, a primeira seria transitória, ou seja, os preços parariam de subir ou até mesmo cairiam, mas, na presença da total irresponsabilidade monetária que significa a segunda, a criança vai crescer e em pouco tempo terá altura para participar da NBA League.

É impopular, mas é preciso afirmar isso: enquanto os fenômenos que causam a inflação de preços (expansão de moeda e crédito) e as loucuras fiscais estiverem presentes, os preços vão continuar subindo cada vez mais. A terapia da Escola Austríaca é antipática, mas é a única que funciona: é bobagem esperar que a inflação de preços vá fazer as malas, pegar o primeiro trem e sumir por encanto. Enquanto as cadeias de produção estiverem se reorganizando, o melhor a fazer é acabar com a orgia, reduzindo imediata e resolutamente os estímulos monetários e fiscais: subindo as taxas de juros e cortando despesas. Isso exige dois requisitos: dos economistas do Banco Central e do governo, seguir a teoria comprovadamente eficaz; dos políticos, ter coragem para aprovar as medidas de austeridade fiscal, o que sempre é difícil em qualquer país.

Nos Estados Unidos e na Zona do Euro, infelizmente, nenhum desses requisitos está presente. No Brasil, contudo, o Banco Central vem fazendo a sua parte desde março de 2020, aumentando a taxa básica de juros, medida indispensável que ainda não foi adotada no Hemisfério Norte. Infelizmente, embora a equipe econômica e o governo tenham plena convicção da importância da aprovação das reformas estruturais que permitiriam tornar o processo de ajuste menos doloroso, os políticos, especialmente em períodos eleitorais, não admitem que qualquer ser que respire cometa o desplante de mexer nos vespeiros em que se refugiam.

O Banco Central do Brasil, então, ao se preocupar com o resgate da estabilidade da moeda, está mostrando o caminho das pedras aos bancos centrais das economias desenvolvidas. Para alguns analistas, nossas autoridades monetárias começaram a agir com certo atraso, mas é preciso atentar para o fato de que, até o segundo semestre do ano passado, praticamente tudo o que se dizia a respeito dos efeitos da pandemia era tratado com receio e cautela. E talvez o mais importante: elas foram as primeiras — e até agora estão sendo as únicas — a adotar o procedimento recomendado pela boa teoria econômica. 

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor. Instagram: @ubiratanjorgeiorio

Leia também “Insegurança jurídica, a outra pandemia”

Revista Oeste - Ubiratan Jorge Lorio

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O FRACASSO PELA EDUCAÇÃO - Percival Puggina

Observe um formigueiro. Estabelecida a trilha, as formigas vão e vêm num ritmo constante, só interrompido, aqui e ali, por aquelas rápidas paradinhas que de vez em quando dão, como que para comunicar-se com alguma conhecida. Elas faziam assim há vinte anos e, se dentro de vinte anos você observar esse ou outro formigueiro, verá a mesma rotina. Não há progresso na vida das formigas.

Observe a atividade humana. Observe qualquer atividade humana. E volte a fazê-lo passado um par de décadas. Você não a reconhecerá porque tudo terá mudado: o ambiente será diferente, os meios usados serão totalmente outros e o próprio produto da atividade terá aspecto distinto. O homem tem essa capacidade de transformar as coisas. Entre, depois, numa sala de aula. Qualquer sala de aula. Você reconhecerá tudo o que havia ali ao tempo em que você mesmo frequentava os bancos escolares. Talvez o quadro-negro tenha esverdeado e a sineta apite;  
todo o resto, porém, está conservado como se algum preservacionista houvesse guardado a escola num vidro de formol. Estou exagerando? Talvez, mas não será difícil identificar, ali, a mesmice do formigueiro, exceto pelas condutas, que involuíram.

Há meio século, seria inaceitável que um professor dedicasse o tempo de suas aulas para formar adeptos às suas convicções políticas pessoais e alinhar alunos com seus próprios afetos e desafetos ideológicos. Para obter esse “espelhamento”, vêm as “narrativas”, as manipulações da história, as leituras do tempo presente, as “problematizações” e a sedução das utopias. Ou seja – nas palavras de José Dirceu, expressando seu temor ao movimento Escola Sem Partido – a conquista de corações e mentes.

Isto tudo seria grave por si mesmo, não fossem as consequências. O resultado se faz nítido no ambiente escolar, na perda de posições relativas de nosso país no ranking internacional, nos muitos milhares de vagas não preenchidas no mercado para recursos humanos qualificados, no desperdício de talentos em proporções alarmantes, na pobreza intelectual que amplia a pobreza material, nas seduções da vida nas drogas e de seu tráfico, na desordem e na desarmonia social. Pasmem leitores: até para a política, objeto de tanta manipulação, faltam – e como faltam! – recursos humanos qualificados.

Presenciamos, então, o rotundo fracasso de um sistema que, por diferentes motivos, frustra alunos, professores, pais, investidores e a nação como um todo
O que se fornece a quem mais necessita é de uma injustiça que brada aos céus nos planos material, intelectual, emocional, ético, estético e espiritual. 
É o que acontece quando a política e a ideologia são as grandes novidades...

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.