Candidato do PSL falou com presidente paraguaio e senadores chilenos
Antes mesmo do segundo turno, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, já iniciou contatos com políticos sul-americanos de direita vitoriosos em seu país. Bolsonaro lidera com folga as pesquisas de intenção de voto e busca criar os primeiros laços internacionais para sua gestão. O presidente do Paraguai, Mario Abdo, revelou ter recebido um telefonema do presidenciável brasileiro neste domingo. Em sua conta no Twitter, o paraguaio disse ter ouvido de Bolsonaro intenções de fortalecer as relações do Brasil com o Paraguai, caso seja eleito. O candidato do PSL respondeu por meio da rede social agradecendo a "consideração" do presidente do país vizinho.O contato feito com o paraguaio não foi o primeiro em âmbito internacional durante o segundo turno. Na semana passada, Bolsonaro recebeu no Rio senadores chilenos aliados de Sebastian Piñera. Na ocasião, o candidato do PSL gravou um vídeo com os senadores mandando um "abraço especial" ao presidente chileno e dizendo querer se aproximar cada vez mais do país. Bolsonaro já declarou que deseja evitar que aspectos ideológicos guiem sua política externa. Durante a campanha, porém, já fez vários acenos a políticos que compartilhem de sua posição política. Em junho, por exemplo, comemorou a eleição de Iván Duque na Colômbia afirmando que "o Foro de SP da máfia bolivariana precisa ser combatido".
O candidato do PSL já fez algumas críticas à composição atual do Mercosul, essencialmente pelo fato de a Venezuela fazer parte do bloco. A ideia da política externa do candidato é de incentivar contatos bilaterais, o que contraria a visão atual do bloco, que prioriza negociações coletivas. Bolsonaro também já fez gestos a países fora da América Latina, tendo anunciado que deseja fazer sua primeira viagem internacional a Israel e, na sequência, ir aos Estados Unidos. [os contatos com colegas da América Latina e outros países mais distantes, é conveniente;
entendemos que Bolsonaro deve priorizar os contatos com países fora do da América do Sul em função de interesses comerciais, nada contra Israel, mas, o volume de comércio Brasil x Israel não compensa priorizar o relacionamento com aquele país.] O presidente paraguaio, assim como Bolsonaro, é egresso do meio militar. Abdo foi paraquedista da Força Aérea do país vizinho, enquanto o brasileiro atuou na mesma atividade no Exército. Abdo também passou pelo parlamento após deixar a caserna, tendo sido presidente do Senado antes de chegar à presidência da República. [alguns dos nossos leitores manifestam apreensão com o fato de Bolsonaro não esperar à noite de domingo próximo para 'assumir' postura de Presidente do Brasil - lembram o episódio ocorrido com FHC, que sentou na cadeira que pretendia ocupar e perdeu a eleição.
Graças a Deus, esse risco não existe. Apesar de adotar uma postura de presidente, o capitão faz questão sempre de ressalvar 'se for eleito', o que mostra que apesar do otimismo continua humilde, sabendo que só será presidente após escolhido pela maioria do povo brasileiro e HUMILDADE e OTIMISMO combinam perfeitamente.
Há também o fato de que o 'poste' petista teria que retirar de Bolsonara uma vantagem de quase 20.000.000 e, caso isso ocorresse, bastaria Bolsonara receber mais 1.000.000 de votos vindos de outros candidatos e dos indecisos, para ficar novamente, aí já na pesquisa das urnas, na frente do laranja do Lula.]
O Globo