O presidente afirmou, durante cerimônia de lançamento da campanha sobre
projeto anticrime compilado pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro, que o "ativismo" em alguns órgãos da Justiça busca
cada vez mais transformar os autos de resistência em execução.
"Queremos mudar a legislação para que a lei seja temida pelos marginais, não pelo cidadão de bem", afirmou.
Em sua fala no evento, o ministro Moro defendeu a aprovação do pacote
pelo Congresso, dizendo que será uma mensagem clara para a sociedade de
que os tempos do "Brasil sem lei e sem Justiça" chegaram ao fim.
Bolsonaro ataca Venezuela e volta a elogiar torturador Ustra
Em discurso, presidente pede para que Brasil não 'flerte com socialismo' e afirma que 'resgatou a honra de grande coronel do Exército' em referência ao primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura [sentença de natureza cível que sequer transitou em julgado e que foi extinta pela morte do acusado.]
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 2, que "mais importante" do que "resgatar a liberdade e paz na Venezuela" é colaborar para que países vizinhos não se aproximem daquilo que vive "nosso querido povo venezuelano". "Brasil, peço a Deus. Não flerte mais com o socialismo", disse.
O presidente afirmou ainda que a Venezuela é "a prova viva" de que as
Forças Armadas decidem se haverá ou não "liberdade e democracia". "Quem
mantém a ditadura venezuelana são as suas Forças Armadas", disse.
O presidente discursou em cerimônia sobre a nova fase da Operação Acolhida,
que promove assistência a refugiados venezuelanos que migram para o
Brasil. No evento, foram assinados dois documentos: um de criação de
fundo privado de doações ao programa Acolhida e outro de protocolo de
intenções para incentivar municípios a receberem refugiados.
No discurso, Bolsonaro voltou a elogiar o regime militar brasileiro
(1964-1985). Ele afirmou que resgatou a "honra de um grande coronel do
Exército", em referência a Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro
militar condenado [?????] por sequestro e tortura durante a ditadura.
O presidente disse ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio
Moro, presente no evento, que muitos dos críticos do coronel estão
presos em Curitiba "graças à sua coragem (de Moro)".
Julia Lindner e Mateus Vargas - Portal Terra, Estadão Conteúdo