Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador sindicatos dos trabalhadores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sindicatos dos trabalhadores. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de agosto de 2016

Governo deve aprovar parte das mudanças na CLT ainda este ano - 13º salário para celetistas não corre risco, além do Governo e empresário serem contra, qualquer mudança depende de Emenda Constitucional de dificil aprovação

Alterações em estudo tocam em pontos sensíveis e são rejeitadas pela oposição e pelos sindicatos de trabalhadores

Horas depois de a presidente afastada, Dilma Rousseff, ser transformada em ré no processo de impeachment, na semana passada, já circulavam pelas redes sociais mensagens asseverando que a decisão era sinônimo do fim do 13º salário, das férias de 30 dias e do limite de 44 horas para a jornada de trabalho semanal. Alguns desavisados acharam mesmo que os senadores tinham aprovado um projeto nessa linha, logo depois de decidir a sorte de Dilma.

Quanto a um ponto, não restam dúvidas: a divisão causada pela ideia de reformar as regras trabalhistas se confunde com a clivagem política que tomou conta do país. Defensores do impeachment são, em geral, a favor de mudanças. Partidários da presidente são, como regra, contrários a essa ideia. É um apartamento ainda mais forte do que se vê no caso da reforma da Previdência, algo que muitas pessoas à esquerda do espectro político veem como inevitável.


Que o assunto interessa ao governo interino, não há dúvida. Técnicos da Casa Civil e do Ministério do Trabalho se reúnem dia sim, dia não, no Planalto, para discutir propostas. É possível que no mês que vem algumas regras já estejam maduras o suficiente para serem levadas ao Legislativo. Diferentemente do que acontece com a Previdência, porém, não serão enviadas em bloco. A ideia é aproveitar projetos que já tramitam nas duas casas do Congresso e aprimorá-los para acomodar o que se quer alterar. O tema é considerado essencial para a retomada do crescimento econômico.


No governo, não se fala ainda abertamente sobre os detalhes. Mas se assegura que não há chances de que as transformações atinjam o escopo imaginado — e propagandeado pelos que hoje estão na oposição. Empresários também dizem que não reivindicam nada nesses termos. “Os direitos trabalhistas, incluindo férias e 13º salário, estão inscritos na Constituição. Só podem ser retirados se ela for alterada”, lembra o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan.


A essência é que sejam permitidas negociações que hoje a Constituição já permite, mas acabam vetadas pela Justiça do Trabalho. “É necessário dar segurança jurídica aos acordos”, afirma, reservadamente, um técnico do governo. O texto constitucional é ambíguo ao determinar que se pode acertar qualquer coisa, desde que não se prejudiquem a saúde e a segurança no trabalho.


Rigidez

Para o governo, é possível aprovar algumas alterações ainda neste ano. Os empresários são menos otimistas. “Nada será resolvido antes das eleições municipais”, diz Furlan. Ele também vê dificuldades para convencer a opinião pública. “Temos de fazer um trabalho intenso para mostrar os benefícios à sociedade.” Ele considera um erro ter falado em “prevalecer o negociado sobre o legislado”, quando, na verdade, o que se defende é um marco legal prevendo negociações. [em hipótese alguma o negociado pode prevalecer sobre o legislado - a LEI prevalece sobre qualquer negociação.
Qualquer acordo só é válido não contrariando a Lei.
Tanto que primeiro uma lei tem que ser modificada e passar a permitir negociação e fixar limites do acordo, para que então possa valer a negociação.
OUTRA MENTIRA DA CORJA PETISTA: O 13º SALÁRIO não corre risco de ser extinto - além do Governo e empresários não ter tal intenção, qualquer mudança depende de Emenda Constitucional que não será aprovada.
Aliás, não será nem proposta.]


A lista de acordos que não dão certo devido à rigidez da lei, segundo empresários e governo, é ampla. Inclui casos como o de uma fábrica que decidiu bancar uma linha de ônibus gratuita entre suas instalações e o centro do município, mas teve de voltar atrás depois que viu risco de o tempo que os funcionários passavam no transporte ser contabilizado como hora de trabalho. Ou o do empresário que bancava a faculdade de alguns funcionários e desistiu depois de ser avisado de que teria de recolher encargos trabalhistas sobre o valor. “Pelo sistema atual, não posso sequer premiar os funcionários mais produtivos, pois se considera que isso fere a isonomia”, queixa-se Furlan.

Fonte: Correio Braziliense