Desde o começo do corrente ano de 2020, os Poderes Públicos da União, dos Estados e dos Municípios, empenharam-se ao máximo em evitar aglomerações humanas, dentre outras restrições pertinentes, devido à transmissão altamente contagiosa dessa doença, que pode multiplicar-se “geometricamente” com muita rapidez e descontrole.
Mas apesar de todo empenho do Poder Público em restringir ao máximo a ´proximidade física entre as pessoas, NENHUMA autoridade pública teve qualquer iniciativa de sustar as eleições municipais que se avizinhavam para o mês de novembro
Mas “somando e dividindo” tudo, essa “obrigação” eleitoral de votar - independentemente da apreciação sobre a excepcionalidade de tratamento que deveriam ter essas eleições por motivo da “força maior” do novo coronavirus - na verdade não passa de uma coação institucional sobre o povo para arranjar bom emprego para os políticos, apesar desse mesmo povo sofrer na própria carne uma carência de empregos jamais vista para ele próprio.
[é sabido nossa posição contrária à realização de eleições a cada dois anos. Não somos contra eleições, é a oportunidade que o cidadão tem de tentar melhorar a qualidade dos que nos governam. Nem sempre são exitosos na tentativa, quando conseguem eleger um que quer o melhor para o Brasil, a turma do 'mecanismo' somada aos inimigos do Brasil, boicota de forma sistemática, implacável o eleito - que fica praticamente impedido de governar.
O que nos motiva à defesa de eleições gerais a cada quatro anos - eleições realmente GERAIS = incluindo todos os cargos eletivos, do menor, vereador, ao maior, Presidente da República - é a economia que o Brasil teria, que estimamos em 40% do gasto atual com a política de a cada dois anos uma eleição.
VAMOS ECONOMIZAR dinheiro público, ELEIÇÕES GERAIS A CADA QUATRO ANOS.
No tocante a chamada segunda onda da pandemia, fazemos nossas, todas as considerações apresentadas pelo ilustre articulista, que deixam bem claro a 'imprudência' da promoção compulsória de aglomerações - além das que ocorrem no dia das eleições, se juntam as dos comícios.
O Ibaneis, o operoso governador do DF - que mantém um pé em Corrente/PI e desfila sem máscara no entorno do DF, - superou a dificuldade de não promover sua aglomeração (aqui não realizamos eleições municipais) e promoveu um mega feriadão no inicio de novembro - com direito a fazer tudo que o bom senso recomenda evitar, em época de pandemia - até mudar data de feriado, ele mudou.
Essa situação fática nos remete necessariamente à conclusão que só na política não existe crise de empregos, nem crise de bons salários. Essa mesquinha política de insistir com as eleições de novembro de 2020, devido aos “resultados”, que originaram um novo e violento surto do coronavirus, tão logo passadas as eleições, sem dúvida pode ser equiparada ao crime de “genocídio”, com “matança” de milhares de pessoas,por irresponsabilidade dolosa de agentes do Poder Público.
Provavelmente no futuro muita gente ainda vai acabar sentando num banco de réus de algum tribunal “tipo” NUREMBERG ,que julgou e condenou criminosos de guerra nazistas pela prática do “holocausto”, que exterminou milhões de judeus.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo