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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

As eleições municipais e o “holocausto” do novo surto do coronavirus - Sérgio Alves de Oliveira

Com absoluta certeza não é mera coincidência a realização das eleições municipais brasileiras em novembro de 2020 e  o surgimento, logo após, do novo surto de Covid-19, que acabou infectando tanta  gente que praticamente faliu  os sistemas de saúde,  público e privado,  tanto preventivo, quanto  curativo das doenças em geral, particularmente da “peste” chinesa.

Desde o começo do corrente ano de 2020, os Poderes Públicos da União, dos Estados e dos Municípios, empenharam-se ao máximo em evitar aglomerações humanas, dentre outras restrições pertinentes, devido à transmissão altamente contagiosa dessa doença, que pode multiplicar-se “geometricamente” com muita rapidez e descontrole.

Mas apesar de todo  empenho do Poder Público  em restringir ao máximo a ´proximidade física entre as pessoas, NENHUMA autoridade pública teve qualquer  iniciativa de sustar as eleições municipais que se avizinhavam para o mês de novembro 

Mas “somando e dividindo” tudo, essa “obrigação” eleitoral de votar - independentemente da apreciação sobre a  excepcionalidade de tratamento que deveriam  ter essas eleições por motivo da “força  maior” do novo coronavirus -  na verdade não passa de uma  coação  institucional sobre o povo para arranjar bom emprego para os políticos, apesar desse  mesmo povo sofrer na própria carne uma  carência de empregos jamais vista para ele próprio.

[é sabido nossa posição contrária à realização de eleições a cada dois anos. Não somos contra eleições, é a oportunidade que o cidadão tem de tentar melhorar a qualidade dos que nos governam.  Nem sempre são exitosos na tentativa, quando conseguem eleger um que quer o melhor para o Brasil, a turma do 'mecanismo' somada aos inimigos do Brasil, boicota de forma sistemática, implacável o eleito - que fica praticamente impedido de governar.

O que nos motiva à defesa de eleições gerais a cada quatro anos - eleições realmente GERAIS = incluindo todos os cargos eletivos, do menor, vereador, ao maior, Presidente da República - é a economia que o Brasil teria, que estimamos em 40% do gasto atual com a política de a cada dois anos uma eleição.

Ao nosso ver eleições a cada quatro anos em nada afetam a democracia, até a promovem, já que um evento mais espaçado atrai maior interesse. 
Eleições a cada dois chegam a sustentar o entendimento de que  buscam propiciar a cada presidente do TSE, com mandato de dois anos, a oportunidade de apresentar como obra de sua gestão mais uma eleição.

VAMOS ECONOMIZAR dinheiro público, ELEIÇÕES GERAIS A CADA QUATRO ANOS.

No tocante a chamada segunda onda da pandemia, fazemos nossas,  todas as considerações apresentadas pelo ilustre articulista, que deixam bem claro a 'imprudência' da promoção compulsória de aglomerações - além das que ocorrem no dia das eleições, se juntam as dos comícios.  

O Ibaneis, o operoso governador do DF - que mantém um pé em Corrente/PI e desfila sem máscara no entorno do DF, - superou a dificuldade de não promover sua aglomeração (aqui não realizamos eleições municipais)  e promoveu um mega feriadão no inicio de novembro - com direito a fazer tudo que o bom senso recomenda evitar,  em época de pandemia -  até mudar data de feriado, ele mudou.

Fechamos com o entendimento de que a pandemia está chegando ao seu final - entre dias 15 a 20 próximos, com as bençãos de DEUS notaremos o arrefecimento dos exaustivamente destacadas números negativos que são amplamente mostrados, maximizados, destacados. Vem o Natal e virada para o Ano Novo, que podem estimular os arautos do pessimismo a criarem a terceira onda. 
Insistimos que o uso de máscaras é essencial, algum distanciamento é aconselhável - sem os exageros dos tranca tudo e que criaram a quarentena meia boca. As vacinas felizmente começaram a ser praticadas, queira DEUS, a partir de janeiro 2021.]

Essa situação fática nos remete necessariamente à conclusão que só na política não existe crise de empregos, nem crise de bons salários. Essa mesquinha política de insistir com as eleições de novembro de 2020, devido aos “resultados”,   que originaram um novo  e violento surto do coronavirus, tão logo passadas as eleições, sem dúvida pode ser equiparada ao crime de “genocídio”, com “matança” de milhares de pessoas,por irresponsabilidade dolosa de agentes do Poder Público.

Provavelmente no futuro muita  gente  ainda vai acabar sentando num  banco de réus  de algum tribunal “tipo” NUREMBERG ,que julgou  e condenou criminosos de guerra nazistas pela prática do “holocausto”, que exterminou milhões de judeus.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado  e Sociólogo