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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Funcionária ligada ao uso de tortura será vice-diretora da CIA

Nova número dois da CIA já comandou prisão secreta e é investigada por tortura

Atual vice-diretora, Gina Haspel dirigiu centro clandestino na Tailândia após o 11 de Setembro  

[o combate exitoso ao terrorismo na maior parte das vezes exige rapidez na obtenção de informações, o que só pode ser atendido mediante interrogatórios enérgicos - isso vale desde sempre e foi muito usado no Brasil durante o Governo Militar.
Confundir interrogatório enérgico com tortura é conduta típica de pessoas desinformadas ou que agem com má fé.]

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou como número dois da CIA uma ex-espiã que dirigiu uma das prisões secretas americanas na Tailândia, criada após os atentados de 11 de setembro. A indicação de Gina Haspel foi muito bem recebida no quartel general da agência, mas democratas e organizações de direitos humanos já expressaram preocupação. Investigada pelo Senado por atos de tortura a suspeitos no centro clandestino, Haspel é a primeira mulher espiã que chega ao posto de vice-diretora da instituição. 

A escolha de Trump veio depois de o presidente defender a tortura na água como um método eficaz em interrogatórios de suspeitos de terrorismo. Em uma entrevista à TV, o republicano disse que a prática “funciona” e considera retomá-la. Haspel foi nomeada chefe interina do Serviço Clandestino Nacional da CIA em 2013, mas teve de ser substituída em poucas semanas devido à sua presença em interrogatórios nos quais foram utilizadas técnicas de tortura.

Os interrogados eram dois supostos membros da al-Qaeda, Abu Zubaydah e Abd al Rahim al Nashiri, de acordo com os dados de uma investigação do Senado. Zubaydah teria sido submetido 83 vezes à técnica de tortura conhecida como "waterboard". Haspel é também apontada como responsável pela destruição das gravações, em 2005, do registro das sessões de tortura a que foram submetidos os prisioneiros detidos no centro de detenção clandestino na Tailândia.


Aos 60 anos, ela ficará sob o comando do diretor Mike Pompeo, de quem recebeu elogios:
— Gina é uma funcionária de inteligência exemplar, uma patriota com mais de 30 anos de experiência na agência. É uma comprovada líder com uma incrível capacidade de fazer as coisas e inspirar aqueles ao seu redor — disse Pompeo.

Apesar do entusiasmo manifestado pelo chefe da CIA, a vice-diretora foi criticada pela ONG Human Rights First e por senadores. — Continuamos obviamente fortemente contrários à sua nomeação — disse Raha Wala, diretora da organização. — Suas impressões digitais estão em todo o programa de tortura, para não mencionar a destruição de provas.
Os senadores democratas Ron Wyden, do Oregon, e Martin Heinrich, do Novo México, enviaram uma carta a Trump expressando suas preocupações sobre Haspel.


"Os seus antecedentes a tornam imprópria para a posição", escreveram no texto. Veterana das operações de espionagem, a nova vice-diretora entrou na CIA em 1985 e serviu em vários países do mundo, incluindo a Embaixada americana em Londres. Ela trabalhou como agente infiltrada durante a maior parte da carreira e desempenhou um papel central na implementação do programa extrajudicial dos EUA que visava a captura, prisão e interrogatórios a suspeitos de terrorismo, após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Fonte: O Globo