Em mais de um momento, Bolsonaro chamou seu adversário de ladrão. [público e notório que Bolsonaro não mentiu.] Como a Folha mostrou, a aposta da campanha nesta reta final é investir no antipetismo para impedir que Lula liquide a fatura já no primeiro turno.

O mandatário também disse que não há oposição no Brasil, mas sim "bandidos que querem o mal da população", quando se referiu ao fato de parlamentares petistas terem votado contra o projeto que diminuía tributação para reduzir preço da gasolina —que era criticado por governadores.  "Teremos uma grande decisão pela frente. O que vocês querem para o futuro dos seus filhos? Alguém na Presidência que desrespeite a família brasileira, que diz que vai liberar drogas para os nossos filhos?" "
Queremos à frente da Presidência quem diz que é   favorável a ideologia de gênero, que não respeite propriedade privada? 
Querem à frente da Presidência um ladrão da República?", disse Bolsonaro.

A multidão, em coro, gritava "não" como resposta às perguntas do presidente.  "Nós mais do que queremos, desejamos o contrário. Nós somos a maioria. Nós venceremos em primeiro turno. Não existe eleição sem povo nas ruas. A gente não vê nenhum dos outros candidatos fazendo um comício sequer que se aproxime a 10% do povo que tem aqui", disse o presidente.

Apesar de, para a militância, Bolsonaro insistir em vitória no primeiro turno, a maior parte dos seus aliados vê como mais provável que a disputa chegue apertada no segundo turno. Mas, para apoiadores, o presidente reforça a tese de "Datapovo", quando usam fotos de manifestações nas ruas, como as do 7 de Setembro, para atacar institutos de pesquisas e, assim, manter apoiadores energizados no projeto da reeleição.

O senador Carlos Viana (PL), que oficialmente tem o apoio de Bolsonaro na disputa pelo Governo de Minas, recebeu o presidente no aeroporto de Divinópolis, mas não discursou no ato de campanha.  Os únicos candidatos a falar, antes do presidente, foram o deputado estadual Cleitinho (PSL) e o deputado federal Domingos Sávio (PL), ambos com base eleitoral na cidade.

Cleitinho é candidato ao Senado e tem como trecho de campanha a frase "STF com Cleitinho vai pegar rabo". Sávio disputa a reeleição.Existe a possibilidade, no entanto, de Zema apoiar Bolsonaro no segundo turno, caso ocorra. O governador lidera as pesquisas de intenção de votos no estado.

Eleições - Folha de S. Paulo