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sábado, 11 de setembro de 2021

Vizinho chama a polícia e denuncia mulheres tomando sol sem a parte de cima do biquíni

O Globo - Elaine Neves

Vizinho chama a polícia e denuncia mulheres tomando sol sem a parte de cima do biquíni no Rio Grande do Norte

Para o homem, que mora numa residência em frente ao local, elas estariam produzindo um material pornográfico 
 
Um vizinho denunciou à polícia três mulheres que tomavam sol na piscina de uma casa, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, sem a parte de cima do biquíni. Para o homem, que mora numa residência em frente ao local, elas estariam produzindo um material pornográfico.

A produtora audiovisual M. T. de 35 anos, aproveitava o feriado de 7 de Setembro na casa de um amigo, junto com outras três mulheres. Na área externa, ela e duas amigas faziam topless dentro da piscina, quando o homem entrou pelo portão do imóvel, aos gritos, alegando que elas estariam fazendo filme pornô. [é política do Prontidão Total não conceder holofotes a pessoas que não os merecem; portanto, não publicamos o nome completo de uma das desejosas de aparecer nem  foto do seu perfil. 
Lembramos que nos tempos da Leila Diniz o 'topless' chamava atenção, atraía multidões, só que nos tempos atuais topless em área pública está mais para " laranja madura a beira da  estrada ou está bichada ou tem marimbondo no pé”...." .
Além da exibição gratuita, imposta aos passantes, desvalorizar o material  exibido, temos que considerar que atualmente a diversidade não é apenas aceita, é também imposta ... e vai que a plateia tem aversão ao produto exibido.]

- Ele invadiu a casa destemperado e gritando. A gente na água e ele gritando que estávamos fazendo filme pornô e que era um absurdo, mas conseguimos fazer com que ele saísse da casa, fechamos o portão e estava tudo bem. Ficamos assustadas. - contou M.

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- Duas horas depois a gente ouviu um barulho no portão e achamos que era ele [o vizinho] de novo, tentando entrar na casa, mas era a polícia que entrou e quebrou o portão, invadiu e já vieram bem destemperados, dizendo que levaria todo mundo preso e que iria algemar. A gente tentou argumentar, acalmar a situação, e dissemos que não estávamos fazendo nada demais, apenas tomando sol na piscina. Depois de muita confusão, eles fizeram um acordo com a gente, pedindo que colocássemos o biquini e que o vizinho ficaria vigiando da janela. Se ele visse alguém sem biquíni, ele iria ligar e os policiais iriam invadir e levar todo mundo preso – relatou a produtora, que usou as redes sociais para descrever a situação.

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Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que a ocorrência foi resolvida no local. "A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informa que, no dia 7 de setembro, a equipe da Delegacia Móvel instalada em São Miguel do Gostoso foi acionada para uma ocorrência em que ocupantes de um imóvel vizinho ao denunciante estavam despidos na área da piscina de um prédio, o que podia ser visualizado do primeiro andar do denunciante. Após comparecimento dos policiais, os ocupantes do imóvel atenderam ao pedido da equipe, sendo a ocorrência resolvida no local."

[outro comentário: a nota da Polícia Civil, informa que as pessoas estavam despidas "ocupantes de um imóvel vizinho ao denunciante estavam despidos na área da piscina de um prédio,". A exibição de pessoas despidas cria situação bem diferente da decorrente da prática do "topless"
O fato é que o produto exibido na produção da produtora parece não ter agradado.] 
 

sábado, 18 de novembro de 2017

Proibido proibir (mentir, pode)

Como você vai conversar a sério com alguém que quer ser vanguarda de museu? 

Dizem que o Brasil vive uma nova onda de censura e moralismo conservador. Já temos inclusive vigilantes guardiões da liberdade de expressão e dos bons costumes atuando vigorosamente. Eles denunciaram, por exemplo, a queima de uma boneca representando a feminista Judith Butler em frente ao Sesc Pompeia, em São Paulo, onde a filósofa americana palestrava. Os arautos da liberdade disseram que os reacionários usaram métodos medievais para reprimir a defesa dos direitos da mulher.

É isso aí. Cada um tem o direito de falar o que quiser, onde quiser, dentro das regras da democracia. Não é isso? Bem, mas então surge a pergunta: onde estavam esses mesmos ativistas libertários que não toleram a censura quando a blogueira cubana Yoani Sánchez foi impedida de falar, no grito, nessa mesma cidade de São Paulo? Diferentemente de Judith Butler, Yoani não conseguiu nem fazer a palestra para a qual fora convidada – onde, sintomaticamente, denunciaria o autoritarismo e a falta de liberdade na ditadura socialista da ilha. E ela estava dentro de uma livraria. Não teve conversa: aos berros, os manifestantes progressistas, libertários e adversários da sociedade moralista e conservadora calaram a palestrante. Impediram na marra que ela expressasse suas ideias. Reacionários são os outros.

Não houve nenhuma grita contra a censura por causa disso. Ao contrário, de lá para cá surgiu um movimento – organizado pelas mesmas figuras desse 342 contra as trevas – chamado Procure Saber, nascido basicamente para lutar pela censura prévia a biografias não autorizadas. Um primor de liberdade, estrelado por esses mesmos heróis da MPB que estão aí gemendo contra a onda conservadora. Reacionários, obscurantistas, autoritários e medievais são os outros. É proibido proibir – a não ser que estejam atrapalhando meus negócios, minha lenda, meu presépio de bondade tarja preta.

Não deixa de ser comovente todo esse esforço para a construção de um inimigo imaginário. Agora os arautos de laboratório estão gritando contra o tabu da nudez. Tabu de quê? No ano de 2017? Depois de tudo que a TV e a internet escancararam para todas as idades e em todos os lares, eles resolveram querer chocar a burguesia de novo ficando pelados...  Nostalgia é fogo. Melhor nem contrariar. Como você vai conversar a sério com alguém que quer ser vanguarda de museu? Outro dia no Rio de Janeiro havia um grupo de mulheres fazendo topless contra a onda conservadora. Uma graça, parecia foto de época. Daqui a pouco elas descobrem a pílula anticoncepcional.

Enfim, inventaram a luta pela liberdade de cativeiro. O sujeito quer de qualquer maneira ser herói da contracultura e se propõe obstinadamente a uma masturbação pornograficamente para fingir que o mundo vive dilemas de meio século atrás. É a mais completa definição do reacionário, coitado, mas ele ainda encontra plateias aplaudindo sua modernidade mórbida. Normal. Atrás dos muros altos também há vários Napoleões ganhando guerras entre um banho de sol e outro.

Os ativistas intrépidos das liberdades não se importaram com a ideologização vagabunda das provas do Enem. Não há problema transformar educação em panfleto. E ainda surgiu o requinte da ameaça de nota zero para o estudante que afrontasse os direitos humanos – e se você quiser imaginar quem, nesse caso, decidiria o que são direitos humanos, basta lembrar do bando que calou Yoani Sánchez no berro. É isso aí. Professores simpatizantes do PSOL, dos black blocs, do MST, do Maduro e grande elenco da fofura revolucionária avisando: quem desrespeitar os direitos humanos leva porrada.

Não tinha o general que ameaçava prender e arrebentar quem fosse contra a abertura política? Então por que os Napoleões de hospício da contracultura não podem barbarizar os subversivos que ousarem atrapalhar a lenda deles?  Os novos heróis da liberdade de cativeiro não gritam contra a campanha medieval para matar os aplicativos de transporte, não gritam contra a tentativa de censura da exposição sobre as vítimas de Stálin, não gritam contra a repressão sexual às mulheres e a escravização do povo nos regimes que seus amiguinhos do PT, PSOL e companhia apoiam. Censura é o que eles apoiam todas as noites nos seus travesseiros.

Guilherme Fiuza - Época

 
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Juiz argentino libera o ‘topless’

Policiais chegaram a ameaçar as três mulheres com prisão por desacato à ordem na praia a 500 km ao sul de Buenos Aires

Um juiz argentino decidiu endossar e permitir o “topless”, nesta quarta-feira, em um balneário ao sul de Buenos Aires, onde no final de semana passado policiais e seis patrulhas ordenaram que três mulheres vestissem seu biquíni completo. O incidente desproporcional que gerou uma polêmica na Argentina sobre as liberdades individuais, o machismo e sobre o moralismo em relação à nudez inspirou a convocação de um “Tetazo” na capital na próxima terça-feira, dia 07.

O juiz Mario Juliano, do tribunal Criminal 1 de Necochea, resolveu arquivar o caso denunciado por um homem por “carecer de relevância contravencional” e pediu “prudência” à polícia. Os agentes chegaram a ameaçar as três mulheres com prisão por desacato à ordem na praia a 500 km ao sul de Buenos Aires.

Em texto escrito em primeira pessoa, o juiz ressaltou a importância de que essas polêmicas contribuam para o avanço das liberdades sociais. “A defesa irrestrita das liberdades me leva a me posicionar em favor das mulheres que decidiram expor seus peitos, do mesmo modo que apoio as manifestações (tetazos) que acontecerão nos próximos dias em defesa dos direitos”, escreveu. Juliano explicou ter arquivado o caso, porque a norma que poderia sancionar esse tipo de incidente se refere a atos obscenos que afetem a moral pública.

Fonte: Revista VEJA