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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Direto de presos receberem visitas, só atrapalha

Greve de agentes penitenciários afasta visitantes em Bangu

Parentes de detidos não compareceram aos presídios na manhã desta quarta-feira

- A diferença era notória às portas do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, no início da manhã desta quarta-feira. Onde estariam posicionadas longas filas de visitantes, não havia ninguém no local. Isso porque, depois do primeiro dia de paralisação dos servidores dos sistema penal, visitantes desistiram de vir ao complexo de presídios. 

Nesta terça-feira, a entrada dos visitantes no complexo não foi permitida. Os comerciantes da região estranharam o cenário diferente do normal nesse dia. — Hoje (quarta-feira) e amanhã são os melhores dias do movimento — disse um comerciante, que pediu para não ser identificado. 

[Para manutenção da disciplina nos presídios é indispensável que o Governo Temer adote com urgência as seguintes medidas:
- visitas: dois visitantes no máximo a cada 15 dias - repetição de visitante, a cada três meses; 
- qualquer indisciplina do preso será punida com até 90 dias sem visita;
- sem visita íntima - o preso se desejar que se satisfaça por seus próprios meios e tendo como 'estimulante' a certeza que a companheira gozando da liberdade está se satisfazendo com outros homens;
-  preso que queimou colchão, a qualquer pretexto, será punido tendo que dormir no chão por um período não inferior a trinta dias e os que destelham pavilhões serão punidos permanecendo no pavilhão destelhado por um período não inferior a trinta dias - ambas as punições serão aplicadas sem levar em conta as condições climáticas.
Pode não resolver, mas, já melhora.
A FILOSOFIA A NORTEAR a administração penitenciária é a de que 'bandido bom é bandido morto' e 'cadeia é local de castigo, punição e não de diversão'.

Os agentes penitenciários reivindicam o pagamento do salário de dezembro do ano passado, além do décimo terceiro. Eles pleiteiam ainda melhorias das condições de trabalho, pois os presídios encontram-se superlotados e não houve aumento de efetivo. Grande parte dos comerciantes que, em condições normais, estariam a todo trabalhando muito, não abriram as portas.  — A gente entende as reivindicações dos agente. É difícil mesmo. Mas aqui está tudo fechado porque não veio ninguém — disse outro homem.
Um carro da PM ficou posicionado em frente ao Complexo de Gericinó.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro, Gutenberg de Oliveira, avaliou com positivo o movimento grevista. — A paralisação foi perfeita. Nós fizemos aquilo que determinamos em assembleia. Em Bangu, a adesão foi de 100%. Assim como em Japeri, Magé e Niterói. Mas em outras unidades não funcionou tão bem, por conta de alguns ajustes do comando de greve. A resposta do movimento foi contundente — comentou.

Gutenberg também reclamou das péssimas condições de trabalho: — A greve não se dá apenas pela falta de salário, mas também pela falta do décimo terceiro, além de estrutura e condições de trabalho. Temos o direto ao porte de armas para a nossa defesa pessoal (para usar fora dos presídios). Precisamos de coletes balísticos para a categoria. Precisamos de uma reestruturação que atenda às necessidades dos agentes penitenciários do Rio.

Segundo ele, a categoria decidiu em assembleia levar o movimento até o dia 23. Sobre o depósito do salário de dezembro anunciado para esta quarta-feira pelo governo, Gutenberg disse que ainda há dívidas.  — Faremos uma avaliação do movimento e decidiremos em nova assembleia se continuamos. O governo não fez mais do que cumprir o seu dever e nós queremos que ele continue fazendo isso. Ou seja, pagar o décimo terceiro que também é salário. Só com o salário de dezembro a categoria permanece em greve.

Sobre o dia sem visitantes na porta do complexo, ele analisou:  — Os visitantes e os presos sabem que o nosso movimento reivindicatório é justo e forte. Todos os veículos (de comunicação) mostraram que estamos em greve. E a greve é séria. Era a necessidade da categoria de mostrar para governo a nossa realidade, e ele se sensibilizar com a responsabilidade dele. Dia 23, na assembleia, nós decidiremos pela prorrogação do movimento ou não.

LIBERTAÇÃO DE JOGADORES DO CORINTHIANS
Também na porta do presídio estava o advogado de um dos torcedores presos na unidade, após o episódio de violência em outubro do ano passado, em uma confusão envolvendo policiais militares e torcedores.

De acordo com Gaspar Osvaldo da Silveira, que chegou ao local ainda na noite desta terça-feira, o oficial de justiça já cumpriu o alvará de soltura dos 26 torcedores do Corinthians que estão encarcerados. Ele alega que a medida ainda não foi cumprida "por questões de segurança e também pela greve dos agentes".
Ele, que representa apenas um dos torcedores, afirmou que foi concedida a liberdade provisória aos torcedores, que responderão ao processo fora da cadeia.


Fonte: O Globo