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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Dilma reclama da Pressão da cúpula do PT que dificulta o trabalho da equipe econômica - Lula ainda acredita no impeachment

Presidente já deu sinal que apoia reformas defendidas por Barbosa  

[não esqueçam que o mesmo ela disse quando o Levy apresentou suas reformas.]

A equipe econômica avalia que a pressão da cúpula do PT para que o governo adote medidas heterodoxas para recuperar a economia dificulta o trabalho do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, de convencer o mercado de seu compromisso com o ajuste fiscal. Integrantes do governo afirmaram ao GLOBO que algumas ideias propostas pelo partido, como usar reservas internacionais para estimular o crédito e baixar os juros num momento de alta da inflação, precisam ser deixadas de lado para que se reconquiste a confiança dos agentes econômicos. Nessa tarefa, Barbosa ganhou a aliada mais importante: a própria presidente Dilma Rousseff, que em café da manhã com a imprensa ontem, defendeu os pontos básicos da agenda do novo ministro, como a reforma da Previdência e o enxugamento da máquina pública.

O discurso da presidente foi importante especialmente porque os técnicos avaliam que a nova equipe tem quatro meses para sair da situação entre “a cruz e a caldeirinha". Esse seria o prazo para dar algum fôlego à atividade sem as ferramentas do passado (como subsídios e desonerações) e ao mesmo tempo mostrar um trabalho firme pelo reequilíbrio das contas. 

Assim, Barbosa conseguiria agradar aos agentes econômicos sem se tornar persona non grata no partido.Temos que normalizar o ambiente de modo que o crescimento entre na agenda sem deixar de lado o fiscal. Isso vai ficar claro aos poucos. Precisamos de tempo para mostrar alguns resultados — afirmou um técnico, citando como um primeiro passo importante o pagamento das “pedaladas” fiscais.

A troca de Joaquim Levy por Barbosa no comando da Fazenda criou no PT a expectativa de que o novo ministro partiria para uma política mais agressiva para tirar o país da recessão, incluindo medidas que causam arrepios no mercado, como redução dos juros na marra e estímulos ao crédito com o uso de reservas internacionais. No entanto, as primeiras falas de Barbosa, em defesa de ajuste e reformas previdenciária e trabalhista, desagradaram à cúpula do partido. O presidente do PT, Rui Falcão, cobrou do governo a adoção de medidas mais ousadas na economia. O ex-presidente Lula também tem conversado com o Planalto sobre a urgência de medidas para reverter a recessão.

CENÁRIO DEVE AJUDAR MINISTRO
Os integrantes das equipe econômica afirmam que defender o uso das reservas internacionais para incentivar o crédito demonstra desconhecimento. Eles lembram que vender reservas e usar o dinheiro para gastos públicos significaria deteriorar ainda mais as contas públicas. Outro elemento que deve ajudar a acabar com a encruzilhada, dizem os técnicos, é que o cenário econômico estará melhor no segundo trimestre. O câmbio, por exemplo, não terá a mesma desvalorização de 2015, a balança comercial continuará melhorando, a inflação será um pouco menor. Isso, apostam, deixará o PT mais aberto ao discurso de Barbosa ao mercado.

A área econômica também aposta que, em quatro meses, o processo de impeachment terá sido concluído, dando segurança à presidente para tocar as reformas mais polêmicas. Interlocutores do Palácio afirmam que, por cautela, não haverá movimento na Previdência e nem na área trabalhista nos primeiros meses de 2016. — Nada vai ser feito antes de resolver o impeachment — afirmou uma fonte do Planalto — O governo não quer ganhar a antipatia dos sindicalistas e nem contrariar a base no Congresso.


A área econômica conta com a ajuda de alguns interlocutores no Congresso que podem ajudar na aprovação de medidas do ajuste e também a construir o discurso moderado de que Barbosa precisa. Entre os petistas, além de ações pelo crescimento, há uma expectativa de que o ministro tenha um diálogo mais aberto com a base. Eles não querem ser surpreendidos pela imprensa com as propostas a serem enviadas ao Congresso, como Levy costumava fazer.

HORA DE AFINAR DISCURSOS
O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi quem encampou as posições de Barbosa na CMO, onde ele e Levy travaram as principais batalhas fiscais no fim do ano: — O ministro tem consciência da gravidade da crise e tem compromisso com a responsabilidade fiscal. O melhor seria uma reunião da bancada do PT para ajustar o discurso e falar a mesma língua. É preciso encontrar medidas que reaqueçam a economia e não tenham impacto na inflação, no fiscal. É essa a equação que todos estão tentando fechar — disse Pimenta, admitindo que “todos no PT" defendem a queda dos juros.


'Impeachment não está enterrado', afirma Lula em reunião com Dilma

Lula desembarcou em Brasília, sem alarde, e jantou com Dilma, ao lado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do presidente do PT, Rui Falcão, e do assessor especial Giles Azevedo, no Palácio da Alvorada

Em reunião realizada na noite desta terça-feira, 5, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou a presidente Dilma Rousseff a aproveitar este mês de recesso do Legislativo para "vender o peixe" do governo, divulgar medidas de estímulo à economia e recuperar o protagonismo político. Para Lula, o impeachment "está morto, mas não enterrado" e Dilma deve convencer a população de que precisa de um voto de confiança por ter o que entregar.

Lula desembarcou em Brasília, sem alarde, e jantou com Dilma, ao lado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do presidente do PT, Rui Falcão, e do assessor especial Giles Azevedo, no Palácio da Alvorada. A conversa girou sobre como construir um discurso para o governo e o PT sobreviverem, sob fogo cruzado, neste ano de eleições municipais.

O ex-presidente reiterou que é preciso agir rápido para reverter o clima de pessimismo. Preocupado com a queda de popularidade de Dilma, Lula disse que ela precisa viajar mais e visitar locais onde o PT sempre teve boa votação, mas vem perdendo cada vez mais votos. A ideia é que Dilma sempre dê entrevistas nestas cidades, principalmente a rádios do interior, que divulgam a mensagem do governo. [Lula esqueceu que Dilma está proibida, pelo povo, de conceder entrevistas - se desobedecer será vaiada.
Aliás, ele mesmo, o maior de todos os mentirosos, tem evitado falar para plateias que não sejam as formadas por 'militontos' amestrados.]



Moradias

Ficou acertado que a presidente fará uma espécie de "road show" para entregar moradias do plano habitacional Minha Casa Minha Vida. Além disso, retomará visitas às obras de transposição do Rio São Francisco. Dilma também pretende inaugurar, ainda neste mês, uma estação de bombeamento de água no Eixo Norte do projeto, em Pernambuco.


Base

Lula aconselhou a sucessora a chamar deputados e senadores para conversas logo que eles retornarem a Brasília. Embora as férias do Congresso terminem em 1.º de fevereiro, muitos parlamentares estarão na capital federal antes desta data. Na avaliação do ex-presidente, é preciso recompor o mais rápido possível a base de sustentação do governo no Congresso para "sepultar" o impeachment.


A cúpula do PT defende uma guinada à esquerda nos rumos da economia, mas Dilma acredita que será possível fazer inflexões, sem nenhum "cavalo de pau". Mesmo assim, Lula e Falcão cobraram o anúncio de "medidas concretas" para injetar ânimo na população.  O plano já é tratado no Planalto como uma espécie de "novo PACo" e uma das prioridades é estimular a construção civil. O setor foi o que mais cortou postos de trabalho em 2015, com cerca de 500 mil demissões. 

As informações são do jornal O Estado de S Paulo.