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domingo, 28 de maio de 2017

Governichos e badernaços

Qual a diferença entre um governo petista e um badernaço promovido por militantes de esquerda? É só a extensão do estrago. Praticamente uma questão contábil.

No episódio do diálogo informal e reservado entre Michel Temer e Joesley Batista, é impossível não perceber que a repercussão institucional e a reação da mídia, especialmente daqueles veículos que pretenderam andar mais rápido do que os fatos, supera, em muito, a reação social. O motivo é simples: o país, sua imagem e o conceito que nós brasileiros firmamos de nós mesmos foram soterrados por verdadeira maré de lama, inibindo sensibilidades. O famoso encontro é apenas mais um escândalo encenado em nossa Broadway de maus espetáculos políticos. Exagero? Ora, não conseguimos, agora mesmo, realizar a proeza de denunciar um escândalo, mediante acordo de delação cujas condições são, por si mesmas, escandalosas? Não concedeu a justiça brasileira aos Batista brothers, carimbada e selada, a certificação de um crime tão gigantesco quanto perfeito?

Qualquer análise política dos fatos em curso que ignore esses dois vetores – saturação da opinião pública e a intensidade do risco PT – corre o risco de enfrentar problemas de comunicação e compreensão. O prestígio do presidente é tão pouco diferente de zero que pode, para efeitos práticos, ser considerado nulo. Mas a alternativa… Ah! Quem confia nos atores que se alvoroçam para assumir o papel? O simples fato de pretenderem desempenhá-lo já os descredencia porque os mecanismos que os poderiam beneficiar são os mesmos que interromperiam o processo de recuperação econômica e ampliariam o dano aos setores mais carentes do país. Os desempregados, os subempregados, os sem qualquer esperança, não entendem muito de política. São a massa facilmente ludibriável, mas reconhecem as notícias ruins, que vão, logo ali, alcançar seu bolso, sua mesa e suas famílias.

Isso já ficou muito claro para quem, observando as atuais manifestações de rua, nota que elas se restringem aos militantes de sempre, divididos em dois grupos distintos: o grupo daqueles cuja esperança tem preço e o daqueles que preferem receber pouco, mas à vista.  O presidencialismo brasileiro, em situação normal, é um desastre sempre pronto para acontecer. A cada dia que passa, o que está em curso tem o dom de estampar sorrisos em fisionomias que prefiro de cenho ferrado e vociferantes. Não nos surpreendamos, então, se o Fora Temer acabar reconsolidando a base e dando suporte à sua presidência. Afinal, dirão muitos, o mal menor não tem presidido tantas decisões políticas e eleitorais em nosso país? Tal fato será mais uma conseqüência do desastre ético que foram os treze anos do governo PT/PMDB. Terceirizamos a moralidade pública para a Lava Jato e nos tornamos ainda mais escandalosamente tolerantes. [não pode ser olvidado que o Plano Real - a verdadeira salvação nacional, que conseguiu, pelo menos até agora, sobreviver ao desastre Lula e Dilma - foi criado em um governo que começou tão sem credibilidade quanto o do Temer.
TEMER, ruim como ele, PIOR sem ele.
Até se encontrar e empossar um substituto para Temer, estaremos a menos de seis meses das próximas eleições presidência, o que garante que o sucesso de Temer - que estará mais para antecessor do eleito em 2018 e cuja principal missão será passar para o 'eleito' - as aspas são para deixar bem claro que será um eleito pelo azar - o que sobrou do ainda Brasil.
Deixem o Temer governar e ele entregará ao sucesso - JAIR BOLSONARO ou RONALDO CAIADA - um País com um PIB em ascensão, desemprego abaixo dos 10.000.000 e caindo.
A saída de Temer só interessa ao PT, a maldita corja lulopetista e aos brasileiros estúpidos e traidores.]

Fonte:  http://puggina.org

sábado, 13 de agosto de 2016

J.R. Guzzo: Obras nossas

O Brasil mostrou diante do mundo inteiro o relacionamento doentio que existe entre governos, construtoras, bancos estatais e políticos na hora de construir qualquer obra pública

Publicado na edição impressa de VEJA


Está garantido que vai errar, sempre, quem disser que “o grande problema do Brasil” é este ou aquele, por mais tenebroso que seja. O Brasil, sendo o Brasil, não trabalha com essa mercadoria – “o grande problema”. Não há por aqui a possibilidade prática de separar uma calamidade bem definida ou mesmo duas, três ou meia dúzia que consigam ficar claramente acima de todas as demais em matéria de perversidade em estado puro. 

São tantas, e de índole tão ruim, que nossos melhores esforços para escolher uma prioridade capaz de inserir o Brasil no mundo desenvolvido, caso existissem, dariam bem pouco resultado no mundo das coisas reais. Bons tempos os da saúva, por exemplo, que nos fazia a gentileza de oferecer a qualquer momento a explicação comprovada para tudo o que dava errado neste país. Na verdade, era tão simples eleger na época “o grande problema” nacional que praticamente ninguém tinha dúvida: ou o Brasil acabava com a saúva, ou a saúva acabava com o Brasil. Vá tentar alguém, hoje em dia, dizer alguma coisa parecida. Só conseguirá produzir ruído de motor que não pega – e deixar todo mundo com a certeza de que falou bobagem. Melhor ficar quieto, e dar a impressão de que você não tem preparo para falar de assuntos sérios, do que abrir a boca e eliminar as dúvidas a respeito, como nos aconselhava Mark Twain.

Em certos momentos, porém, um desses “grandes problemas” que impedem o Brasil de ir adiante como deveria é exposto de maneira realmente espetacular, em plena luz do meio-dia – e em tais momentos é apenas lógico, além de humano, que a calamidade exibida na frente de todos chame mais atenção que quaisquer outras. É o caso, justo agora, da Olimpíada do Rio de Janeiro, que joga para o primeiro plano o problema fatal que o Brasil tem com as suas obras públicas. É de fato um fenômeno: fora as aberrações que acontecem nos países mais desgraçados do mundo, não há nada parecido com as misérias das obras públicas brasileiras. Quase nunca ficam prontas no prazo, com a qualidade e no preço que foram escritos no contrato – ou, pior ainda, como ocorre com alta frequência, não ficam prontas nunca. Há as que não podem ser usadas depois de entregues. Há as que simplesmente desabam; o Brasil deve ser um dos campeões mundiais em matéria de viadutos, pontes ou ciclovias elevadas que vêm abaixo de uma hora para outra. Há as que não servem para nada, como hospitais sem equipamento, açudes sem água ou museus para a recepção de extraterrestres. Todas produzem rigorosas investigações que não impedem que tudo continue igual na obra seguinte. São nossas obras. São obras nossas.

A Olimpíada do Rio, naturalmente, é uma celebração. Uma vez em andamento, o foco se concentra na magia do esporte – o público está mais interessado em Usain Bolt do que no prefeito Eduardo Paes, quer ver medalhas de ouro para os atletas brasileiros em vez de discutir os encanamentos da Vila Olímpica. Além disso, a cidade ganhou com os Jogos, de forma indiscutível, melhorias que enriquecem os seus extraordinários encantos, desde que não sejam abandonadas logo após o fim dos Jogos. Mas o fato é que o Brasil mostrou mais uma vez, diante do mundo inteiro, o relacionamento doentio que existe entre governos, construtoras de obras, bancos estatais, políticos, partidos e mais um monte de gente com carteirinha de autoridade na hora de construir qualquer obra pública – nada, simplesmente nada, é normal quando eles se juntam. É como se todos trocassem de personalidade. 

Quando uma empresa privada contrata uma empreiteira para a construção de um galpão com tantos metros quadrados de área e com tais ou quais itens de acabamento, vai receber exatamente o que contratou, não vai ter de pagar mais do que o combinado e receberá a obra pronta no dia previsto. Quando a mesma empreiteira faz uma obra para o poder público, tudo fica diferente – o poder público aceita qualquer absurdo em matéria de atraso, estouro no orçamento, qualidade da construção e por aí vai. É claro: o governo não paga nada, nunca, porque nada produz. Quem paga é o contribuinte de impostos, a quem não se permite um minuto de atraso na hora de pagar, e quem paga mais são justamente aqueles a quem o dinheiro faz mais falta.

A Olimpíada chegou no exato momento em que os processos de Curitiba expõem a corrupção e a inépcia sem freio que marcaram nos últimos treze anos de governo a contratação de obras e a compra de equipamentos públicos no Brasil. Ninguém, pelo jeito, aprendeu nada.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes