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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Seis coisas que você não sabia sobre as Forças Armadas da Venezuela, pilar de Maduro

O autocrata venezuelano conta com um amplo leque de forças de segurança para repelir tropas estrangeiras e para reprimir compatriotas 

1 - Forças Armadas com overdose de generais, almirantes e brigadeiros
As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb) são uma das maiores forças militares da América Latina, com 115 mil homens, além de 438 mil soldados da reserva que volta e meia são mobilizados para grandes exercícios militares.

Há dois anos Maduro declarou que, se os Estados Unidos tentassem uma intervenção militar com barcos de guerra e de transporte de tropas, "como na Normandia", os americanos "se dariam mal". Na mesma época, Nicolás Maduro Guerra, a.k.a. “Madurito”, flautista, constituinte e filho presidencial, declarou que, se Trump "invadisse" a Venezuela, o exército venezuelano revidaria. Na sequência, os venezuelanos, armados com fuzis, desembarcariam em Nova York e tomariam a Casa Branca. Neste caso, os EUA teriam uma vantagem tática, já que o exército venezuelano acreditaria que a Casa Branca está em Nova York e não em Washington.
 
A última vez que a Venezuela participou de uma guerra foi durante sua interferência na Guerra dos Mil Dias (1899-1902), uma guerra civil na Colômbia e na qual os venezuelanos participaram, ajudando com tropas um dos lados. No entanto, as Forças Armadas estão equipadas com vasto material da Rússia, novo em folha. Hugo Chávez e Nicolás Maduro compraram dos fornecedores russos nos últimos dez anos fuzis, mísseis anti-tanques, tanques de guerra, sistemas anti-aéreos, aviões de combate, helicópteros e material naval. O regime chavista também importou da China uniformes e radares.

No ano passado o âmbito militar venezuelano exibia uma overdose de generais, almirantes e brigadeiros, em um total de 2.000, muito mais do que o Brasil, que contava com menos de 270. Generais, almirantes e coronéis também ocupam metade dos governos de estados e 12 dos 32 ministérios (10 estão na ativa e 2 na reserva), além de controlar a distribuição de alimentos e medicamentos. De quebra, administram a estatal petrolífera PDVSA.

Um dos almirantes, Remígio Ceballos Ichaso, formado com os fuzileiros navais americanos, teve treinamento em Israel e é parte do entourage de Maduro, que o designou Comandante Estratégico Operacional. Há poucos dias ele declarou que em um eventual cenário de Juan Guaidó, presidente interino designado pelo Parlamento, tornar-se presidente com poder real, ele passaria à clandestinidade e combateria o novo governo com uma guerrilha.

2 - Força policial para o cotidiano, a guarda nacional bolivariana
Para o seu dia a dia, Nicolás Maduro conta a Guarda Nacional Bolivariana, uma força policial de 92 mil integrantes com funções de polícia militar.

(...)

3 - Polícia Nacional Bolivariana, a casa da temida FAES
A Polícia Nacional Bolivariana conta com 35 mil integrantes, da qual participa a "Força de Ações Especiais"(FAES), um corpo de elite especial cuja função oficial é a de dissolver manifestações. 
Mas os membros da FAES também são acusados de agir como "esquadrões da morte" e entrar nas casas dos civis suspeitos de colaborar com a oposição. O modus operandi dessa força é resumido em três palavras: intimidação, buscas e execuções. Eles operam FAES militarmente, já que tomam uma área de um bairro, e, tal como um exército de ocupação, cercam o lugar para caçar as pessoas que buscam.
Nos últimos dois anos, mas especialmente nas últimas semanas, a FAES tem agido com mais frequência nos bairros pobres de Caracas. Esses bairros, como Petare, Cotiza e Pinto Salinas, outrora bastiões do chavismo, agora são focos de manifestações contra Maduro.
Criada em 2017 por Maduro, a FAES supostamente existe para "combater o crime e o terrorismo".

4 - A "Milícia Nacional Bolivariana", os civis dispostos a morrer pela revolução
A Milicia Nacional Bolivariana foi fundada formalmente em 2008 por Hugo Chávez. Mas ela  já existia de maneira informal nos seis anos anteriores, quando Chávez percebeu que não tinha o apoio automático das forças armadas após o golpe militar de 2002, quando o líder bolivariano esteve preso dois dias. Por esse motivo, Chávez queria incluí-la na constituição como a quinta força militar no país (depois do exército, marinha, aeronáutica e a Guarda Nacional). No entanto, esse ponto foi derrubado no referendo que fez na época.


Seus membros são civis que recebem treinamento militar quatro vezes por mês. Eles estariam — teoricamente — dispostos a "morrer pela pátria". Os milicianos contam com subsídios especiais e acesso a alguns produtos que são escassos nos supermercados. Ao longo do ano passado — segundo o governo — o número de integrantes da Milícia Nacional cresceu de 430 mil civis para 1,6 milhão. Analistas duvidam desse volume, e consideram que seu número real deva ser metade.
Nicolás Maduro sustenta que a Milícia "está preparada para defender e expulsar" qualquer força proveniente do exterior "que ouse tocar um palmo de nossa terra". Segundo os analistas, as milícias são uma espécie de braço paramilitar do setor civil do chavismo. Isto é, Maduro poderia recorrer às milícias em um eventual cenário de perda de respaldo dos militares. Eles também indicam que a formação militar dos milicianos tem alta incidência nos níveis de criminalidade na Venezuela.

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