[Leia abaixo detalhes sobre o esforço que o
oficialmente denominado advogado-geral da União – de fato advogado-geral dos
empreiteiros e terroristas - empreende
na busca desesperada de favorecer a impunidade dos bandidos do PETROLÃO-PT.]
Às vezes, só às vezes, ter
passado pelo trotskismo tem lá a sua vantagem. A gente aprende de cara, e logo na primeira linha
de “O Programa de Transição”, a
importância da “crise da direção”.
Trotsky se referia à “crise de direção do
proletariado”. Seu horizonte era a revolução socialista. O segundo
parágrafo do texto já traz um apanhado formidável de bobagens. Há asnices como
“as forças produtivas da humanidade
deixaram de crescer”. Santo Deus! Mas não vou falar sobre isso, não. O que me interessa aqui é a crise de
liderança.
Vamos lá. Como
se já não tivesse produzido desastres o suficiente, Luís Inácio Adams, titular da Advocacia-Geral
da União, concede uma entrevista ao “Broadcast Político”, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado,
e defende que o governo faça acordos de
leniência com as empreiteiras.
Afirma Adams: “Estamos falando em uma
cadeia produtiva que envolve a construção civil, investidores, bancos,
fornecedores, empresas de mão de obra, associadas com as 23 empresas
investigadas. Estamos estimando algo em torno de 51 mil empresas nessa cadeia.
Isso não para o País, mas pode gerar um potencial de trauma significativo”.
O que fala o advogado-geral faz sentido? Faz, sim!
Também não procedem as suspeitas de que acordos de leniência poderiam
interferir na seara penal. São domínios distintos. E é evidente que o
Ministério Público exorbita de suas funções — basta buscar a lei (e eu só entendo saídas dentro do estado de
direito) — quando tenta impedir legalmente os acordos de leniência.
Por: ReinaldoAzevedo