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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Brasil SEM Governo

Protesto de estudantes e bandidos integrantes dos chamados 'movimentos sociais' vandalizam na Esplanada causando tumulto e incendiando carros

Protesto na Esplanada tem tumulto; mais de 12 mil estão no local

Há embate entre manifestantes e policiais, que usam bombas de gás lacrimogênio para dispersar a multidão

 [Falta pulso a Rollemberg para conter desordens e Temer não se usa do dispositivo constitucional que autoriza o presidente de qualquer um dos Poderes requisitar tropas federais para manutenção da ordem.

Temer ocupa o cargo legalmente e o DIREITO, melhor dizendo, o DEVER de usar dos meios necessários para governar.]

 Protesto em frente ao Congresso Nacional, na tarde desta terça-feira (29/11), é repreendido pela Polícia Militar do Distrito Federal. Os estudantes se manifestavam desde o meio da tarde, mas quando se posicionaram próximo à rampa de acesso ao Congresso Nacional a polícia reagiu com bombas, balas de borracha e gás de pimenta.

Cenário de destruição após protesto na Esplanada
 

Os manifestantes viraram dois carros que estavam estacionados em frente ao Congresso. Um dos veículos pertence à família de um policial legislativo que trabalha na Câmara. Os carros tiveram vidros quebrados e partes externas danificadas. Neste momento, a polícia tenta dispersar os manifestantes jogando bomba de gás. Até a altura da Catedral é quase impossível respirar. Muitas pessoas passam mal. Manifestantes sobem pela via N1 em direção ao Museu Nacional por causa do clima tenso no gramado.

Por volta das 19h houve mais confusão próximo ao Ministério da Saúde. Após o uso de bomba de efeito moral e gás lacrimogênio os manifestantes se dispersam, mas alguns insistem em voltar depois que o efeito passa. Os manifestantes gritam palavras de ordem, pedindo o fim da PM e acusando os policiais de truculência.  A PM flagrou, mais cedo, artefato usado para atirar coquetel molotov contra a corporação. Os manifestantes também depredaram prédios e incendiaram e quebraram veículos.  

Cerca de 12 mil pessoas, segundo os organizadores, participam do ato. A polícia afirma que participam, pelo menos, 10 mil pessoas. O movimento teve início às 16h. Participam estudantes, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MST), de organizações ligadas às universidades federais, como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense (Sintuff), e grupos indígenas.

Chamado de "Encontro Nacional das Ocupações”, o evento, organizado pelas redes sociais, tem como objetivo de protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional nº 55 (antiga PEC 241), a Medida Provisória 746, qie propõe a reforma do ensino médio e o projeto do movimento Escola Sem Partido.  Além disso, os organizadores afirmam que o ato é contra "todo cenário político atual, com as medidas tomadas pelo governo golpista de Michel Temer e seus aliados, atacando os poucos direitos garantidos aos menos favorecidos socialmente e que comprometem diretamente o futuro da educação no país”.



Nesta terça-feira (29/11), a Câmara dos Deputados começa a votar o pacote com as 10 medidas anticorrupção, propostas pelo Ministério Público. 

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 10 de maio de 2016

Três sílabas e R$ 1 bilhão



O antigo governo submerge em tumulto, sob o olhar sorridente da presidente Dilma Rousseff e a súbita afonia de Lula

Apaga-se o velho governo entre manhas e artimanhas, como as ofertas sedutoras ao presidente interino da Câmara que o estimularam a ridicularizar a Casa que comanda, ao tentar “anular” uma decisão tomada há 23 dias por um colégio de 511 deputados, em ritual definido pelo Supremo, e já repassada ao Senado.

O processo de impeachment, é útil lembrar, começou pelo voto de 72% da Câmara, na acachapante maioria de 367 deputados. A esquálida base governista somou 137 votos, sequer alcançou 27% dos presentes.

Essa “brincadeira com a democracia”, na qualificação do presidente do Senado, teve as digitais do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. O principal resultado foi expor como tresloucado seu agente na Câmara, o deputado Waldir Maranhão, que, acusado de abuso de poder, agora deve enfrentar um processo de destituição ou cassação de mandato.

O antigo governo submerge em tumulto, sob o olhar sorridente da presidente Dilma Rousseff e a súbita afonia de Lula. A nova administração ainda não ascendeu. Pelas vacilações do vice Michel Temer, expostas na semana passada, corre risco de emergir prisioneira de um modo arcaico de fazer política, cujo réquiem vem sendo entoado por multidões nas ruas, há três anos, e a exumação avança nos inquéritos sobre corrupção nas empresas estatais.

A tensão atual é um derivativo da travessia para mudanças impostas à geração de políticos como Lula, Dilma e Temer. Sobram evidências da marcha na transição do convívio coletivo com a impunidade do esbulho dos cofres públicos, em privilégio de poucas e ineficientes empresas, para uma sociedade disposta a premiar com recursos coletivos a iniciativa privada focada na subsistência da competição no mercado.

Nessa perspectiva, ganha relevância o “pedido de desculpas ao povo brasileiro” anunciado ontem pelo grupo Andrade Gutierrez: “Reconhecemos que erros graves foram cometidos e, ao contrário de negá-los, estamos assumindo-os publicamente. Entretanto, um pedido de desculpas, por si só, não basta: é preciso aprender com os erros praticados e, principalmente, atuar firmemente para que não voltem a ocorrer.”

Às três sílabas da palavra (“desculpas”), adicionou o compromisso de indenização de R$ 1 bilhão ao Estado. O valor equivale a US$ 272 milhões, pelo câmbio de ontem, e corresponde a 13,5% da receita líquida da empreiteira. Garante seu lugar entre as dez corporações globais mais penalizadas desde 2008, logo abaixo da francesa Techinp (US$ 338 milhões), acima da japonesa JGC (US$ 218 milhões) e da alemã Daimler (US$ 185 milhões). 

Acionistas e executivos da Andrade Gutierrez fizeram a coisa certa, na trilha aberta pela concorrente Camargo Corrêa, primeira entre empreiteiras acusadas nos inquéritos sobre corrupção a aceitar um compromisso judicial para mudar de forma radical as relações com políticos, partidos e governos. A Andrade Gutierrez diz acreditar que “a Operação Lava-Jato poderá servir como um catalisador para profundas mudanças culturais, que transformem o modo de fazer negócios no país”.

É ótima notícia num ambiente tumultuado por um governo que há muito perdeu a bússola e agora fenece por inanição política.

Fonte: José Casado, jornalista – O Globo