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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Revolta suprema - Rodrigo Constantino

VOZES - Gazeta do Povo 

Nossos ministros supremos vivem numa bolha com lagostas, vinhos caros, Constituição rasgada quase diariamente e muitos seguranças. Com enorme poder arbitrário acumulado, esses ministros soltaram o maior corrupto do país e o tornaram elegível.

Em seguida, fizeram de tudo para protege-lo de si mesmo e seu passado, enquanto perseguiam o adversário. Após a revolta popular, passaram a chamar de "atos antidemocráticos" todo protesto contra esse absurdo, e chegaram a censurar vários críticos.

Mas se no Brasil o povo tem receio de simplesmente criticar um ministro supremo, o mesmo não ocorre no exterior. Ministros do STF foram alvos de protestos e xingamentos em frente à porta de um hotel em Nova York onde se hospedam para participar do Lide Brazil Conference, evento organizado pelo grupo empresarial do ex-governador de São Paulo João Doria, que ocorre entre 14 e 15 de novembro.

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Vídeos que estão circulando nas redes sociais mostram manifestantes hostilizando os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, chamando-os de "ladrão", "bandido" e outras palavras de baixo calão nos momentos em que deixam o hotel. O ministro Ricardo Lewandowski também foi xingado ao sair do local.

Em outros vídeos, no mesmo local, manifestantes vestidos de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil gritam "SOS Forças Armadas" e "Ei, Xandão, seu lugar é na prisão", em referência ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles também carregavam cartazes em inglês que pediam o "fim da censura no Brasil".

O ministro Luís Roberto Barroso, que também é um dos palestrantes do evento, foi abordado por uma brasileira enquanto caminhava pela Times Square. Em um vídeo gravado por ela mesma, a brasileira diz ao ministro que "o povo brasileiro é maior que a Suprema Corte" e acrescenta: "Cuidado, ein". Barroso, então, pediu que ela não fosse "grosseira".

Barroso se acha muito civilizado e refinado, enquanto chama o assassino Cesare Battisti de inocente e o picareta João de Deus de alguém com "poder transcendental". Em sua fala, Barroso mentiu ao negar que exista ativismo judicial no STF, e disse que todo presidente criticava a Corte, mas que agora é diferente pois há "ataques" aos ministros.

Nossos ministros supremos vivem numa bolha de narrativas falsas, protegidos pela velha imprensa cúmplice desse teatro farsesco.  
Ver aqueles que ajudaram a destruir nossa democracia falar no exterior sobre democracia é um acinte, um escárnio. 
É como se o casal Nardoni fosse dar palestra sobre educação das crianças.

Os brasileiros que moram no exterior não temem a polícia do Xande, pois estão protegidos pelas leis, que não mais existem no Brasil dominado pelo abuso de poder. Os ministros não terão sossego fora de suas bolhas. Não por acaso vão gastar uma fortuna dos pagadores de impostos para contratar mais seguranças. Boa parte da população os enxerga como ícones de um sistema podre e carcomido que fez de tudo para colocar o ladrão de volta à cena do crime, como diria Alckmin.

Responsabilizar Bolsonaro por isso é uma visão míope. Eduardo Matos de Alencar fez uma análise mais pertinente: "O Brasil vive um processo revolucionário com expressão nas ruas desde junho de 2013. Bolsonaro operou como um pacificador desse processo, em meio a um cenário turbulento. Acharam que poderiam retirá-lo do jogo incólume. O que fizeram foi romper o dique que os protegia da massa".

A revolta suprema disseminada em nosso país não tem comando direto, não depende de Jair Bolsonaro ou quem quer que seja. 
O gigante acordou, e está atento aos acontecimentos políticos. 
É por isso que despreza a velha mídia e nossos ministros do STF. 
O povo cansou de ser feito de otário por uma elite podre...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES