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domingo, 23 de abril de 2023

A CPI do 8 de janeiro dará trabalho - Elio Gaspari

 

O Globo

Na quarta-feira deverá ser instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito do 8 de janeiro. Ela tem todos os elementos para mostrar o óbvio: 
 O  Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por uma multidão que pedia um golpe de Estado contra o governo de Lula. [ao escrever a fase acima, Elio Gaspari, nos surpreendeu e também a milhões de brasileiros - ele, apesar de sua renomada competência, também cumpre pauta.
Não podemos deixar de registrar nossa opinião, ainda que contradizendo o grande Elio Gaspari, de que não seria uma boa ideia, aliás,uma ideia sensata considerar que os eventos do 8 de janeiro (do qual começam a surgir provas de que contou com o apoio logístico, por ação e omissão, do governo Lula) tenham tido como como objetivo um GOLPE DE ESTADO.
Favorecer a quem? é pacífico que qualquer golpe de estado objetivo remover uma autoridade do poder e colocar uma outra. Pela ordem natural das coisas - incluindo  acusações assacadas contra ele - o FAVORECIDO o a SER COLOCADO,  seria JAIR MESSIAS BOLSONARO.
Nos raros golpes sobre os  quais lemos alguma coisa, o FAVORECIDO está presente, está liderando ou na retaguarda mas próximo = correndo o golpe ELE ASSUME.
E em 8 de JANEIRO de 2023,  o cidadão JAIR MESSIAS BOLSONARO completava o oitavo dia na condição de EX-PRESIDENTE da República Federativa do Brasil e FORA DO BRASIL - já no seu DÉCIMO DIA nos Estados Unidos da América. 
Portanto, sem a menor condição de assumir o cargo em disputa, caso houvesse um golpe.
QUEM SERIA O FAVORECIDO? Falta identificar a apresentar tal cidadão.
O ÚNICO FAVORECIDO com os eventos, alcunhados de golpistas, de 8 janeiro 2023, foi  então, e atual, presidente do Brasil, o cidadão Lula da Silva, que com aqueles eventos teve fortalecida sua posição do REVANCHISMO, do PRENDE e ARREBENTA,da CENSURA - ele e seus asseclas.
É A NOSSA OPINIÃO.]
 Apesar disso, o comissariado petista se enrolou, tentando administrar uma realidade paralela implausível. 
Nela, fazia-se de conta que o apagão da segurança de Brasília ocorreu fora do seu alcance.

O governo continuou cultivando a realidade paralela na semana passada, ao dizer que o general da reserva Gonçalves Dias “saiu por conta própria” da chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele teve que ir embora depois da divulgação, pelo repórter Leandro Magalhães, dos vídeos gravados pelas câmeras do Planalto no 8 de janeiro. Eles mostraram a cordialidade do apagão no GSI invadido.

Esses vídeos, captados por 22 câmeras, somavam 165 horas, ocupando 250 gigabytes de memória e estavam sob a guarda do GSI. Em abril, ele negou o acesso à CPI da Câmara Distrital de Brasília, informando que a tarefa era impossível, dado o tamanho do material. [foi um dos poucos atos corretos do  G Dias - em nossa opinião a CLDF não tem autoridade, competência legal, moral, motivação e razão para investigar nada - exceto a si própria.]  = Patranha, não só porque ele poderia ser copiado em poucas horas, mas também porque uma semana depois da invasão do Planalto uma parte dos vídeos havia sido divulgada. Segundo Gonçalves Dias, todos os vídeos foram entregues às autoridades que investigam os acontecimentos. Nenhuma câmera estava quebrada ou desligada. Elas mostram, por exemplo, que o relógio oitocentista do Planalto foi derrubado às 15h33m, recolocado no lugar às 15h43m e derrubado de novo às 16h12m.

Gonçalves Dias contou à repórter Delis Ortiz que chegou ao Planalto quando a manifestação passava pelo Ministério da Justiça. Logo depois informou que ao chegar ao Palácio ele já estava invadido. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional não estava no Palácio. Basta. (Vale lembrar que na véspera GDias havia dispensado o reforço do Batalhão da Guarda Presidencial. No dia 8, essa tropa manteve-se inerte nos momentos críticos).

Desde a véspera, sabia-se que centenas de ônibus haviam chegado a Brasília. Manifestantes pedindo um golpe de Estado estavam acampados diante do QG do Exército há semanas. Nas redes sociais, monitoradas pelo governo, convocavam-se pessoas para a “festa da Selma”. Às 9h30m daquela manhã uma mensagem informava: “Não tem que invadir nada, a não ser na hora certa de comer o bolo da festa da Selma.”

O bolo da Selma foi comido entre as 15h e 15h25m, com a invasão do Congresso, do Planalto e do Supremo. Estupendo sincronismo.

Estabeleceu-se que houve um apagão da segurança em Brasília naquele dia. Ele também foi relativamente sincrônico, e a investigação da Polícia Federal e do ministro do STF Alexandre de Moraes reúnem os dados para esclarecer os dois sincronismos.

Às 17h55m, Lula decretou a intervenção federal na segurança pública de Brasília. O presidente desprezou diversas sugestões para que decretasse um regime de Garantia da Lei e da Ordem, entregando a questão a um comandante militar. Essa ideia era defendida por aliados, como o ministro da Defesa, José Múcio, e também por adversários, como o senador e general da reserva Hamilton Mourão. Lula sentiu na GLO o cheiro do golpe.

Até agora, o melhor levantamento dos fatos do 8 de janeiro veio do interventor na segurança de Brasília, Ricardo Cappelli, atual chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional. Nele, vê-se uma parte de quem fez o que e de quem não fez o que, antes e durante as invasões. Na última quinta-feira, Cappelli identificou para o ministro Alexandre de Moraes os servidores civis e militares que estavam no Palácio do Planalto no dia 8. G. Dias devia ter feito isso há meses.

O general matou a charada noturna
O 8 de janeiro teve dois momentos críticos. Um, diurno, deu-se com as invasões. O outro, noturno, esteve envolvido em brumas. Ele aconteceu quando o país, surpreso, viu que uma tropa do Exército barrou viaturas da PM de Brasília que pretendiam desmontar o acampamento montado em frente ao QG do Exército, onde pessoas pediam um golpe. [em nossa opinião, seria uma insensatez, uma irresponsabilidade,  que forças policiais, invadissem um acampamento formado por civis desarmados e pacíficos, na madrugada - além do caráter e clima pacífico do acampamento, havia também crianças, mulheres e idosos. Também havia a opção de cercar a área, - ninguém entra, ninguém sai - e durante o dia efetuar a invasão.]

Durante mais de três meses acreditou-se que havia ocorrido uma queda de braço, com generais desafiando o governo. O comandante militar do Planalto, Gustavo Henrique Dutra de Menezes saiu do silêncio e revelou que, naquela noite, falou por telefone com Lula, explicando-lhe o risco de uma operação noturna. Acertaram que o acampamento seria desmontado na manhã seguinte, e assim foi feito.

A ideia de que o Exército havia escorraçado a PM injetou uma tensão desnecessária àquele ambiente carregado. O que poderia ter sido limonada virou limão.

Arquivo vivo
Seja qual for o governo, o chefe do serviço de segurança sabe, e guarda, segredos dos titulares.
O general GDias chefiou a segurança de Lula durante seus dois primeiros governos.
Nos últimos quatro anos, com Bolsonaro na Presidência, GDias mostrou que tinha boa memória.

Moral variável
Depois de deixar o cargo, GDias deu uma entrevista à repórter Delis Ortiz: lembrou seus 40 anos de serviços ao Exército, defendeu sua moral e criticou a reportagem de Leandro Magalhães, que expôs seus movimentos no Planalto no dia 8 de janeiro. Tudo bem.

No mesmo dia, o general da reserva deveria ter comparecido à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para falar sobre o dia dos atos, mas faltou, apresentando um atestado médico da Coordenação de Saúde da Presidência.

Seu quadro clínico exigiria medicação e observação, “devendo ter ausência em compromissos justificados por motivo de saúde”.

Noves fora o mau português, ficaram mal o paciente e o médico que assinou a peça.[e a falta do CID.]

941 na transição
Vitorioso nas urnas, Lula mobilizou uma equipe de 941 pessoas, divididas em 31 grupos temáticos que lidavam com 217 assuntos. Cinco pessoas cuidavam da área da Defesa, 40 da Justiça e Segurança Pública.

Ao que se sabe, nenhum servidor civil ou militar do Gabinete de Segurança Institucional de nível médio foi substituído.

O major que no dia 8 de janeiro dava literalmente refresco um invasor, passando-lhe uma garrafa de água, era o responsável pela segurança do Palácio naquele domingo.

Risco no agro
As invasões do MST, bem como a presença de seu líder João Pedro Stédile na comitiva de Lula na viagem à China, debilitaram a banda do agronegócio que se opõe aos agrotrogloditas bolsonaristas.

Folha/UOL e Jornal O Globo  Elio Gaspari, colunista