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domingo, 27 de novembro de 2022

Intentona Comunista de 35

 m 11 de julho de 1935, o governo Vargas decretou a extinção da ANL e de outras organizações de cunho marxista-leninista. Embora setores mais esclarecidos da sociedade reagissem às principais atividades desenvolvidas pelos comunistas - infiltração, propaganda e aliciamento - e o Brasil não estivesse preparado para uma revolução, os dirigentes da Internacional Comunista não pareciam se preocupar com tais fatos. O Komintern exigia ação. O grupo chefiado por Luís Carlos Prestes tinha a missão de implantar no Brasil uma ditadura comunista. Ordens vieram de Moscou para que o PCB agisse o mais rápido possível. Luís Carlos Prestes concordou com o desencadeamento do movimento armado que vitimou centenas de civis e militares. 


Os recursos de Moscou, para o financiamento da revolução, eram destinados a Celestino Paraventi, velho conhecido de Prestes no Café Paraventi, na Rua Barão de Itapetininga, em São Paulo.
Relação dos oficiais, sargentos, cabos e soldados do Exército Brasileiro mortos pelos comunistas:
Abdiel Ribeiro dos Santos - 3º sargento
Alberto Bernardino de Aragão - 2º cabo
Álvaro de Souza Pereira - soldado
Armando de Souza Mello - major
Benedicto Lopes Bragança - capitão
Clodoaldo Ursulano - 2º cabo
Coriolano Ferreira Santiago - 3º sargento
Danilo Paladini - capitão
Fidelis Batista de Aguiar - 2º cabo
Francisco Alves da Rocha - 2º cabo
Genaro Pedro Lima - soldado
Geraldo de Oliveira - capitão
Gregório Soares - 3º sargento
Jaime Pantaleão de Moraes - 2º sargento
João de Deus Araújo - soldado
João Ribeiro Pinheiro - major
José Bernardo Rosa - 2º sargento
José Hermito de Sá - 2º cabo
José Mário Cavalcanti - soldado
José Menezes Filho - soldado
José Sampaio Xavier - 1º tenente
Laudo Leão de Santa Rosa - 1º tenente
Lino Vitor dos Santos - soldado
Luiz Augusto Pereira - 1º cabo
Luiz Gonzaga - soldado
Manoel Alves da Silva - 2º cabo
Manoel Biré de Agrella - 2º cabo
Misael Mendonça - tenente-coronel
Orlando Henrique - soldado
Pedro Maria Netto - 2º cabo
Péricles Leal Bezerra - soldado
Walter de Souza e Silva - soldado
Wilson França – soldado
 
A polícia, convencida de que o dinheiro vinha pelo Uruguai, jamais descobriu. Paraventi recebia as remessas regularmente, por sua conta no Banco Francês e Italiano. Próspero industrial e muito rico, Paraventi movimentava grandes somas de dinheiro e se correspondia com o mundo inteiro, sem despertar suspeitas. O movimento deveria eclodir, simultaneamente, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Por erro de interpretação de um código, a insurreição começou, prematuramente, no dia 23 de novembro de 1935, em Natal, quando dois sargentos, dois cabos e dois soldados do 21º Batalhão de Caçadores (21º BC), cerca de 300 homens da extinta Guarda Civil e poucos civis assumiram o controle da cidade. Foram três dias e três noites de violência e terror. Saques, estupros e arrombamentos foram a tônica das ações desencadeadas pelos revoltosos.
“Vencida a resistência da polícia, a cidade ficou à mercê de uma verdadeira malta que, acéfala, passou a saquear desordenadamente os estabelecimentos comerciais e bancários. Na manhã de 24, sob a alegação de ter sido aclamado pelo povo, um incipiente “Comitê Popular Revolucionário” era dado como governo instituído e entrava em pleno exercício de mandato. O primeiro ato desse comitê foi a ordem de arrombamento dos cofres dos bancos, as repartições federais e das companhias particulares para financiar a revolução.”
O governador do Rio Grande do Norte refugiou-se no Consulado Italiano e o Consulado Chileno recebeu outras autoridades. A rebelião foi debelada, depois de quatro dias, pela polícia da Paraíba, juntamente com o 20º Batalhão de Caçadores (20ºBC) de Alagoas. Os revoltosos foram presos e responderam, perante a Justiça, por 20 mortes. 

Em Pernambuco, o movimento teve início dia 24 de novembro, pela manhã, quando um sargento, comandando um grupo de civis, invadiu a Cadeia Pública e roubou o armamento dos policiais. No Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, o sargento Gregório Bezerra, na tentativa de roubar o armamento do quartel, feriu o tenente Aguinaldo
Oliveira de Almeida e assassinou o tenente José Sampaio Xavier. Os revoltosos tentaram tomar o Quartel General da 7ª Região Militar e outras unidades do Exército, mas não o conseguiram, porque a antecipação do movimento em Natal prejudicou a surpresa e colocou a guarnição federal em alerta.

As Delegacias de Polícia de Olinda, Torre e Casa Amarela também foram atacadas por centenas de civis e alguns revoltosos. A reação partiu do 29º Batalhão de Caçadores (29ºBC), em Socorro, a 18 km de Recife, auxiliado pelas forças federais de Alagoas e Paraíba e pela Polícia Militar de Pernambuco. Esse foi o mais sangrento de todos os levantes. O número de mortos chegou a algumas centenas. O historiador Glauco Carneiro em Histórias das Revoluções Brasileiras, volume II, página 424, escreveu:
“... dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação na frente de Recife.”

Em 26 de novembro, o presidente Vargas, ciente da gravidade da situação, decretou o estado de sítio em todo o País, após autorização do Congresso Nacional.  No Rio de Janeiro, a insurreição eclodiu no momento marcado, dia 27 de novembro, às duas horas da madrugada, na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos.  Segundo o plano, dominada a Escola de Aviação, as células comunistas de outros quartéis deveriam se insurgir, enquanto Prestes daria ordens aos civis, aliciados pelo Partido Comunista, para começar os combates de rua.

Apesar da rigorosa prontidão militar, a ação dos revoltosos, comandados pelos capitães Agliberto Vieira de Azevedo e Sócrates Gonçalves da Silva, teve êxito, inicialmente na Escola de Aviação. O tenente-coronel Eduardo Gomes, que fora ferido, resistiria heroicamente no 1º Regimento de Aviação.  O comandante da Guarnição da Vila Militar, general-de-brigada José Joaquim de Almeida, desencadeou, rapidamente, a reação, controlando o levante. O capitão Armando de Souza Melo e o tenente Danilo Paladini foram mortos pelo capitão Agliberto Vieira de Azevedo e pelo tenente Ivan Ramos Ribeiro.  O mesmo capitão Agliberto assassinou também o tenente Benedicto Lopes Bragança, depois de preso e desarmado.

No Rio de Janeiro, no 3º Regimento de Infantaria (3ºRI), na Praia Vermelha, o capitão Agildo Barata Ribeiro, que estava preso no Quartel, auxiliado pelo tenente Francisco Antônio Leivas Otero, aliciara inúmeros militares, formando uma célula comunista entre os oficiais e praças da unidade. Portanto, foi fácil para eles iniciar a rebelião na hora marcada. Às duas horas da manhã, apagaram-se as luzes. A escuridão favoreceu os amotinados que, assim, não podiam ser identificados. O tiroteio foi intenso e alguns militares que se opunham aos comunistas morreram ainda dormindo.

A ação determinada dos capitães Alexânio Bittencourt e Álvaro da Silva Braga impediu o sucesso comunista no Quartel da Praia Vermelha. Pela manhã do dia 27 de novembro, o 3ºRI estava cercado pelo Batalhão de Guardas (BG), pelo 2º Batalhão de Caçadores (2º BC) e pelo 1º Grupo de Obuses. Às 13 horas, atendendo a uma intimação do general Eurico Gaspar Dutra, os rebeldes se renderam.

O movimento, se vitorioso, teria duas fases. Na primeira, seria organizado um governo popular de coalizão. Na seguinte, viriam os sovietes, o Exército do Povo e a hegemonia dos comunistas. Derrotados, mudaram o estilo, a técnica e a forma de atuar, mas não se afastaram, jamais, dos seus desígnios de implantar no Brasil um governo marxista-leninista.

Como a direção do PCB não fora atingida, ela continuaria a agir, na clandestinidade e de forma mais cautelosa, visando à instituição de um Governo Popular Nacional Revolucionário. Na Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, foi erguido um monumento em homenagem aos mortos pelos comunistas, em 27 de novembro de 1935.

Em 1989, a filha do capitão Danilo Paladini deu o seguinte depoimento:
“Vi, tive em mãos, cuidadosamente guardada para mim por minha mãe, a farda que meu pai vestia quando foi morto. Ali estava nítida, a marca do tiro que pelas costas lhe penetrara o pulmão, saindo pelo coração.”

As famílias dos mortos pelos comunistas, tanto civis como militares, jamais receberam qualquer indenização.
A família de Luís Carlos Prestes, que teve a patente de capitão cassada, em abril de 1936, por ter liderado a Intentona Comunista, foi indenizada pela Comissão de Anistia e recebe a pensão equivalente ao posto de general-de-brigada, além de R$ 180.000,00 de atrasados, segundo O Globo de 20/05/2005, 1ª página.
As famílias dos vitimados pelos seguidores de Prestes não tiveram tratamento semelhante do atual governo. 

As pensões não são as correspondentes aos postos que eles alcançariam se não tivessem sido assassinados no cumprimento do dever.


Editoria do site www.averdadesufocada.com
 
Fontes:
- Agência Estado. Aedata - William Waack.
- SOUZA, Aluísio Madruga de Moura e. Guerrilha do Araguaia -Revanchismo.
 
 
 

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Intentona Comunista

Em 11 de julho de 1935, o governo Vargas decretou a extinção da ANL e de outras organizações de cunho marxista-leninista. Embora setores mais esclarecidos da sociedade reagissem às principais atividades desenvolvidas pelos comunistas - infiltração, propaganda e aliciamento - e o Brasil não estivesse preparado para uma revolução, os dirigentes da Internacional Comunista não pareciam se preocupar com tais fatos. O Komintern exigia ação. O grupo chefiado por Luís Carlos Prestes tinha a missão de implantar no Brasil uma ditadura comunista. Ordens vieram de Moscou para que o PCB agisse o mais rápido possível. Luís Carlos Prestes concordou com o desencadeamento do movimento armado que vitimou centenas de civis e militares. 

Os recursos de Moscou, para o financiamento da revolução, eram destinados a Celestino Paraventi, velho conhecido de Prestes no Café Paraventi, na Rua Barão de Itapetininga, em São Paulo.

A polícia, convencida de que o dinheiro vinha pelo Uruguai, jamais descobriu. Paraventi recebia as remessas regularmente, por sua conta no Banco Francês e Italiano. Próspero industrial e muito rico, Paraventi movimentava grandes somas de dinheiro e se correspondia com o mundo inteiro, sem despertar suspeitas. O movimento deveria eclodir, simultaneamente, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Por erro de interpretação de um código, a insurreição começou, prematuramente, no dia 23 de novembro de 1935, em Natal, quando dois sargentos, dois cabos e dois soldados do 21º Batalhão de Caçadores (21º BC), cerca de 300 homens da extinta Guarda Civil e poucos civis assumiram o controle da cidade. Foram três dias e três noites de violência e terror. Saques, estupros e arrombamentos foram a tônica das ações desencadeadas pelos revoltosos.
“Vencida a resistência da polícia, a cidade ficou à mercê de uma verdadeira malta que, acéfala, passou a saquear desordenadamente os estabelecimentos comerciais e bancários. Na manhã de 24, sob a alegação de ter sido aclamado pelo povo, um incipiente “Comitê Popular Revolucionário” era dado como governo instituído e entrava em pleno exercício de mandato. O primeiro ato desse comitê foi a ordem de arrombamento dos cofres dos bancos, as repartições federais e das companhias particulares para financiar a revolução.”
O governador do Rio Grande do Norte refugiou-se no Consulado Italiano e o Consulado Chileno recebeu outras autoridades. A rebelião foi debelada, depois de quatro dias, pela polícia da Paraíba, juntamente com o 20º Batalhão de Caçadores (20ºBC) de Alagoas. Os revoltosos foram presos e responderam, perante a Justiça, por 20 mortes. 

Em Pernambuco, o movimento teve início dia 24 de novembro, pela manhã, quando um sargento, comandando um grupo de civis, invadiu a Cadeia Pública e roubou o armamento dos policiais. No Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, o sargento Gregório Bezerra, na tentativa de roubar o armamento do quartel, feriu o tenente Aguinaldo
Oliveira de Almeida e assassinou o tenente José Sampaio Xavier. Os revoltosos tentaram tomar o Quartel General da 7ª Região Militar e outras unidades do Exército, mas não o conseguiram, porque a antecipação do movimento em Natal prejudicou a surpresa e colocou a guarnição federal em alerta.

As Delegacias de Polícia de Olinda, Torre e Casa Amarela também foram atacadas por centenas de civis e alguns revoltosos. A reação partiu do 29º Batalhão de Caçadores (29ºBC), em Socorro, a 18 km de Recife, auxiliado pelas forças federais de Alagoas e Paraíba e pela Polícia Militar de Pernambuco. Esse foi o mais sangrento de todos os levantes. O número de mortos chegou a algumas centenas. O historiador Glauco Carneiro em Histórias das Revoluções Brasileiras, volume II, página 424, escreveu:
“... dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação na frente de Recife.”

Em 26 de novembro, o presidente Vargas, ciente da gravidade da situação, decretou o estado de sítio em todo o País, após autorização do Congresso Nacional.  No Rio de Janeiro, a insurreição eclodiu no momento marcado, dia 27 de novembro, às duas horas da madrugada, na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos.  Segundo o plano, dominada a Escola de Aviação, as células comunistas de outros quartéis deveriam se insurgir, enquanto Prestes daria ordens aos civis, aliciados pelo Partido Comunista, para começar os combates de rua.

Apesar da rigorosa prontidão militar, a ação dos revoltosos, comandados pelos capitães Agliberto Vieira de Azevedo e Sócrates Gonçalves da Silva, teve êxito, inicialmente na Escola de Aviação. O tenente-coronel Eduardo Gomes, que fora ferido, resistiria heroicamente no 1º Regimento de Aviação.  O comandante da Guarnição da Vila Militar, general-de-brigada José Joaquim de Almeida, desencadeou, rapidamente, a reação, controlando o levante. O capitão Armando de Souza Melo e o tenente Danilo Paladini foram mortos pelo capitão Agliberto Vieira de Azevedo e pelo tenente Ivan Ramos Ribeiro.  O mesmo capitão Agliberto assassinou também o tenente Benedicto Lopes Bragança, depois de preso e desarmado.

No Rio de Janeiro, no 3º Regimento de Infantaria (3ºRI), na Praia Vermelha, o capitão Agildo Barata Ribeiro, que estava preso no Quartel, auxiliado pelo tenente Francisco Antônio Leivas Otero, aliciara inúmeros militares, formando uma célula comunista entre os oficiais e praças da unidade. Portanto, foi fácil para eles iniciar a rebelião na hora marcada. Às duas horas da manhã, apagaram-se as luzes. A escuridão favoreceu os amotinados que, assim, não podiam ser identificados. O tiroteio foi intenso e alguns militares que se opunham aos comunistas morreram ainda dormindo.

A ação determinada dos capitães Alexânio Bittencourt e Álvaro da Silva Braga impediu o sucesso comunista no Quartel da Praia Vermelha. Pela manhã do dia 27 de novembro, o 3ºRI estava cercado pelo Batalhão de Guardas (BG), pelo 2º Batalhão de Caçadores (2º BC) e pelo 1º Grupo de Obuses. Às 13 horas, atendendo a uma intimação do general Eurico Gaspar Dutra, os rebeldes se renderam.

O movimento, se vitorioso, teria duas fases. Na primeira, seria organizado um governo popular de coalizão. Na seguinte, viriam os sovietes, o Exército do Povo e a hegemonia dos comunistas. Derrotados, mudaram o estilo, a técnica e a forma de atuar, mas não se afastaram, jamais, dos seus desígnios de implantar no Brasil um governo marxista-leninista.

Como a direção do PCB não fora atingida, ela continuaria a agir, na clandestinidade e de forma mais cautelosa, visando à instituição de um Governo Popular Nacional Revolucionário. Na Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, foi erguido um monumento em homenagem aos mortos pelos comunistas, em 27 de novembro de 1935.
Relação dos oficiais, sargentos, cabos e soldados do Exército Brasileiro mortos pelos comunistas:
Abdiel Ribeiro dos Santos - 3º sargento
Alberto Bernardino de Aragão - 2º cabo
Álvaro de Souza Pereira - soldado
Armando de Souza Mello - major
Benedicto Lopes Bragança - capitão
Clodoaldo Ursulano - 2º cabo
Coriolano Ferreira Santiago - 3º sargento
Danilo Paladini - capitão
Fidelis Batista de Aguiar - 2º cabo
Francisco Alves da Rocha - 2º cabo
Genaro Pedro Lima - soldado
Geraldo de Oliveira - capitão
Gregório Soares - 3º sargento
Jaime Pantaleão de Moraes - 2º sargento
João de Deus Araújo - soldado
João Ribeiro Pinheiro - major
José Bernardo Rosa - 2º sargento
José Hermito de Sá - 2º cabo
José Mário Cavalcanti - soldado
José Menezes Filho - soldado
José Sampaio Xavier - 1º tenente
Laudo Leão de Santa Rosa - 1º tenente
Lino Vitor dos Santos - soldado
Luiz Augusto Pereira - 1º cabo
Luiz Gonzaga - soldado
Manoel Alves da Silva - 2º cabo
Manoel Biré de Agrella - 2º cabo
Misael Mendonça - tenente-coronel
Orlando Henrique - soldado
Pedro Maria Netto - 2º cabo
Péricles Leal Bezerra - soldado
Walter de Souza e Silva - soldado
Wilson França – soldado

Em 1989, a filha do capitão Danilo Paladini deu o seguinte depoimento:
“Vi, tive em mãos, cuidadosamente guardada para mim por minha mãe, a farda que meu pai vestia quando foi morto. Ali estava nítida, a marca do tiro que pelas costas lhe penetrara o pulmão, saindo pelo coração.”

As famílias dos mortos pelos comunistas, tanto civis como militares, jamais receberam qualquer indenização.
A família de Luís Carlos Prestes, que teve a patente de capitão cassada, em abril de 1936, por ter liderado a Intentona Comunista, foi indenizada pela Comissão de Anistia e recebe a pensão equivalente ao posto de general-de-brigada, além de R$ 180.000,00 de atrasados, segundo O Globo de 20/05/2005, 1ª página.
As famílias dos vitimados pelos seguidores de Prestes não tiveram tratamento semelhante do atual governo. 

As pensões não são as correspondentes aos postos que eles alcançariam se não tivessem sido assassinados no cumprimento do dever.
Fontes:
- Agência Estado. Aedata - William Waack.
- SOUZA, Aluísio Madruga de Moura e. Guerrilha do Araguaia -Revanchismo.


Editoria do site www.averdadesufocada.com

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Intentona Comunista - Parte Final

Intentona Comunista – Conclusão

Extraído do livro A Verdade Sufocada - A historia que a esquerda não quer que o Brasil conheça - Carlos Alberto Brilhante Ustra

Editoria do site www.averdadesufocada.com

Em 11 de julho de 1935, o governo Vargas decretou a extinção da ANL e de outras organizações de cunho marxista-leninista. Embora setores mais esclarecidos da sociedade reagissem às principais atividades desenvolvidas pelos comunistas - infiltração, propaganda e aliciamento - e o Brasil não estivesse preparado para uma revolução, os dirigentes da Internacional Comunista não pareciam se preocupar com tais fatos. O Komintern exigia ação. O grupo chefiado por Luís Carlos Prestes tinha a missão de implantar no Brasil uma ditadura comunista. Ordens vieram de Moscou para que o PCB agisse o mais rápido possível. Luís Carlos Prestes concordou com o desencadeamento do movimento armado que vitimou centenas de civis e militares.

Os recursos de Moscou, para o financiamento da revolução, eram destinados a Celestino Paraventi, velho conhecido de Prestes no Café Paraventi, na Rua Barão de Itapetininga, em São Paulo.

A polícia, convencida de que o dinheiro vinha pelo Uruguai, jamais descobriu. Paraventi recebia as remessas regularmente, por sua conta no Banco Francês e Italiano. Próspero industrial e muito rico, Paraventi movimentava grandes somas de dinheiro e se correspondia com o mundo inteiro, sem despertar suspeitas. O movimento deveria eclodir, simultaneamente, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Por erro de interpretação de um código, a insurreição começou, prematuramente, no dia 23 de novembro de 1935, em Natal, quando dois sargentos, dois cabos e dois soldados do 21º Batalhão de Caçadores (21º BC), cerca de 300 homens da extinta Guarda Civil e poucos civis assumiram o controle da cidade. Foram três dias e três noites de violência e terror. Saques, estupros e arrombamentos foram a tônica das ações desencadeadas pelos revoltosos.

“Vencida a resistência da polícia, a cidade ficou à mercê de uma verdadeira malta que, acéfala, passou a saquear desordenadamente os estabelecimentos comerciais e bancários. Na manhã de 24, sob a alegação de ter sido aclamado pelo povo, um incipiente “Comitê Popular Revolucionário” era dado como governo instituído e entrava em pleno exercício de mandato. O primeiro ato desse comitê foi a ordem de arrombamento dos cofres dos bancos, as repartições federais e das companhias particulares para financiar a revolução.”

O governador do Rio Grande do Norte refugiou-se no Consulado Italiano e o Consulado Chileno recebeu outras autoridades. A rebelião foi debelada, depois de quatro dias, pela polícia da Paraíba, juntamente com o 20º Batalhão de Caçadores (20ºBC) de Alagoas. Os revoltosos foram presos e responderam, perante a Justiça, por 20 mortes.

Em Pernambuco, o movimento teve início dia 24 de novembro, pela manhã, quando um sargento, comandando um grupo de civis, invadiu a Cadeia Pública e roubou o armamento dos policiais. No Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, o sargento Gregório Bezerra, na tentativa de roubar o armamento do quartel, feriu o tenente Aguinaldo

Oliveira de Almeida e assassinou o tenente José Sampaio Xavier. Os revoltosos tentaram tomar o Quartel General da 7ª Região Militar e outras unidades do Exército, mas não o conseguiram, porque a antecipação do movimento em Natal prejudicou a surpresa e colocou a guarnição federal em alerta.

As Delegacias de Polícia de Olinda, Torre e Casa Amarela também foram atacadas por centenas de civis e alguns revoltosos. A reação partiu do 29º Batalhão de Caçadores (29ºBC), em Socorro, a 18 km de Recife, auxiliado pelas forças federais de Alagoas e Paraíba e pela Polícia Militar de Pernambuco. Esse foi o mais sangrento de todos os levantes. O número de mortos chegou a algumas centenas. O historiador Glauco Carneiro em Histórias das Revoluções Brasileiras, volume II, página 424, escreveu:

“... dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação na frente de Recife.”

Em 26 de novembro, o presidente Vargas, ciente da gravidade da situação, decretou o estado de sítio em todo o País, após autorização do Congresso Nacional.

No Rio de Janeiro, a insurreição eclodiu no momento marcado, dia 27 de novembro, às duas horas da madrugada, na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos.

Segundo o plano, dominada a Escola de Aviação, as células comunistas de outros quartéis deveriam se insurgir, enquanto Prestes daria ordens aos civis, aliciados pelo Partido Comunista, para começar os combates de rua.

Apesar da rigorosa prontidão militar, a ação dos revoltosos, comandados pelos capitães Agliberto Vieira de Azevedo e Sócrates Gonçalves da Silva, teve êxito, inicialmente na Escola de Aviação. O tenente-coronel Eduardo Gomes, que fora ferido, resistiria heroicamente no 1º Regimento de Aviação.

O comandante da Guarnição da Vila Militar, general-de-brigada José Joaquim de Almeida, desencadeou, rapidamente, a reação, controlando o levante.

O capitão Armando de Souza Melo e o tenente Danilo Paladini foram mortos pelo capitão Agliberto Vieira de Azevedo e pelo tenente Ivan Ramos Ribeiro.

O mesmo capitão Agliberto assassinou também o tenente Benedicto Lopes Bragança, depois de preso e desarmado.

No Rio de Janeiro, no 3º Regimento de Infantaria (3ºRI), na Praia Vermelha, o capitão Agildo Barata Ribeiro, que estava preso no Quartel, auxiliado pelo tenente Francisco Antônio Leivas Otero, aliciara inúmeros militares, formando uma célula comunista entre os oficiais e praças da unidade. Portanto, foi fácil para eles iniciar a rebelião na hora marcada. Às duas horas da manhã, apagaram-se as luzes. A escuridão favoreceu os amotinados que, assim, não podiam ser identificados. O tiroteio foi intenso e alguns militares que se opunham aos comunistas morreram ainda dormindo.

A ação determinada dos capitães Alexânio Bittencourt e Álvaro da Silva Braga impediu o sucesso comunista no Quartel da Praia Vermelha. Pela manhã do dia 27 de novembro, o 3ºRI estava cercado pelo Batalhão de Guardas (BG), pelo 2º Batalhão de Caçadores (2º BC) e pelo 1º Grupo de Obuses. Às 13 horas, atendendo a uma intimação do general Eurico Gaspar Dutra, os rebeldes se renderam.

O movimento, se vitorioso, teria duas fases. Na primeira, seria organizado um governo popular de coalizão. Na seguinte, viriam os sovietes, o Exército do Povo e a hegemonia dos comunistas. Derrotados, mudaram o estilo, a técnica e a forma de atuar, mas não se afastaram, jamais, dos seus desígnios de implantar no Brasil um governo marxista-leninista.

Como a direção do PCB não fora atingida, ela continuaria a agir, na clandestinidade e de forma mais cautelosa, visando à instituição de um Governo Popular Nacional Revolucionário. Na Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, foi erguido um monumento em homenagem aos mortos pelos comunistas, em 27 de novembro de 1935.

Relação dos oficiais, sargentos, cabos e soldados do Exército Brasileiro mortos pelos comunistas:

Abdiel Ribeiro dos Santos - 3º sargento

Alberto Bernardino de Aragão - 2º cabo

Álvaro de Souza Pereira - soldado

Armando de Souza Mello - major

Benedicto Lopes Bragança - capitão

Clodoaldo Ursulano - 2º cabo

Coriolano Ferreira Santiago - 3º sargento

Danilo Paladini - capitão

Fidelis Batista de Aguiar - 2º cabo

Francisco Alves da Rocha - 2º cabo

Genaro Pedro Lima - soldado

Geraldo de Oliveira - capitão

Gregório Soares - 3º sargento

Jaime Pantaleão de Moraes - 2º sargento

João de Deus Araújo - soldado

João Ribeiro Pinheiro - major

José Bernardo Rosa - 2º sargento

José Hermito de Sá - 2º cabo

José Mário Cavalcanti - soldado

José Menezes Filho - soldado

José Sampaio Xavier - 1º tenente

Laudo Leão de Santa Rosa - 1º tenente

Lino Vitor dos Santos - soldado

Luiz Augusto Pereira - 1º cabo

Luiz Gonzaga - soldado

Manoel Alves da Silva - 2º cabo

Manoel Biré de Agrella - 2º cabo

Misael Mendonça - tenente-coronel

Orlando Henrique - soldado

Pedro Maria Netto - 2º cabo

Péricles Leal Bezerra - soldado

Walter de Souza e Silva - soldado

Wilson França – soldado

Em 1989, a filha do capitão Danilo Paladini deu o seguinte depoimento:

“Vi, tive em mãos, cuidadosamente guardada para mim por minha mãe, a farda que meu pai vestia quando foi morto. Ali estava nítida, a marca do tiro que pelas costas lhe penetrara o pulmão, saindo pelo coração.”

As famílias dos mortos pelos comunistas, tanto civis como militares, jamais receberam qualquer indenização.

A família de Luís Carlos Prestes, que teve a patente de capitão cassada, em abril de 1936, por ter liderado a Intentona Comunista, foi indenizada pela Comissão de Anistia e recebe a pensão equivalente ao posto de general-de-brigada, além de R$ 180.000,00 de atrasados, segundo O Globo de 20/05/2005, 1ª página.

As famílias dos vitimados pelos seguidores de Prestes não tiveram tratamento semelhante do atual governo.

As pensões não são as correspondentes aos postos que eles alcançariam se não tivessem sido assassinados no cumprimento do dever.

Fontes:

- Agência Estado. Aedata - William Waack.

- SOUZA, Aluísio Madruga de Moura e. Guerrilha do Araguaia -Revanchismo.