Projeto que dificulta a demarcação das áreas, e permite que
grandes obras sejam realizadas nas reservas, seria apreciado pela CCJ da
Câmara. Protesto de nativos termina em confronto com PMs e Polícia
Legislativa. Houve troca de disparos de bombas de gás e flechas
Além disso, fazendeiros poderão pleitear acordos com os
povos originários para exploração do território para plantação de soja
ou criação de gado. O projeto provoca reação contrária de setores da
sociedade civil que defendem os direitos dos índios e, por causa do
confronto, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara
(CCJ), deputada Bia Kicis (PSL-DF), adiou para hoje, a partir das 10h, a
votação da matéria.
[ESTAMOS NO SÉCULO XXI - passou há muito tempo a hora dos indígenas brasileiros serem tratados como são tratados mais de 200.000.000 de brasileiros = DIREITOS E DEVERES IGUAIS.
Absolutamente sem sentido que milhões de hectares sejam considerados terras indígenas, quando a maior parte dos índios moram nas cidades e proximidades, áreas urbanas ou semiurbanas, e milhoes e milhões de brasileiros não possuem sequer 50m² para construir um barraco para moradia sua e de seus familiares.
Muitas cidades brasileiras, incluindo algumas capitais, tem energia elétrica fornecidas por usinas termoelétricas - caras e extremamente poluidoras - simplesmente por não ser possível que a energia elétrica gerada de forma mais barata chegue em tais cidades. QUAL O MOTIVO? é necessário a construção de uma linha elétrica - o chamado LINHÃO - com um pequeno trecho passando sobre 'terra indígena'.
Para passar tem que pagar taxa ao indígena, dono da terra que não ocupa, para obter a permissão = ainda que a rede elétrica seja sustentada por torres com dezenas de metros de altura.
Construir uma rodovia atravessando 'terra indígena' , exige conversar com os indígenas (conversar inclui pagar taxas, aceitar exigência absurdas).
Tais conversas são com lideranças indígenas que vivem em cidades, com hábitos urbanos e que não aceitam o desconforto de morar em terra indígena. Aparecem por lá, quando são contratados por emissoras de TV, aparecendo em filmes em defesa da causa indígena.
Pessoal, o Brasil precisa aceitar que estamos em 2021, não se justificando que queiram nos responsabilizar - que vivemos no século 21, os mais velhos nascidos em meados do século 20 - por situações que podem ter ocorrido nos séculos XVI a XIX , não se justificando que o ônus da incabível compensação caia sobre nossas costas.
Não podem nos responsabilizar por algo que, caso tenha ocorrido, transcorreu há, no mínimo, 130 anos - cujos efeitos já cessaram. ÍNDIOS, QUILOMBOLAS, AFRODESCENDENTES E AFINS, SÃO TODOS BRASILEIROS, possuidores dos mesmos direitos e sujeitos aos mesmos deveres dos que não estão integram seus grupos.]
De acordo com o relator do projeto, deputado Arthur
Maia (DEM-BA), a proposta tem como objetivo dar maior “segurança
jurídica” ao processo demarcatório para garantir o direito à propriedade
privada. “Hoje, nenhum cidadão brasileiro tem a garantia de que seu
imóvel, rural ou urbano, não será reconhecido como uma terra indígena,
pois basta que qualquer autodeclarado descendente de índios reivindique
sua propriedade para ter direito a ela”, disse, em nota.
Política - Correio Braziliense