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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Uma boa notícia



Mulheres contaminadas com zika vírus podem amamentar, segundo a OMS
As mulheres contaminadas com o zika vírus podem seguir amamentando seus bebês, já que nada prova que existe um risco de transmissão, declarou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Segundo as provas existentes, os benefícios da lactância materna para o bebê e a mãe superam qualquer risco de transmissão do zika vírus através do leite materno", conclui a OMS em suas recomendações dirigidas às autoridades dos países afetados pela epidemia.
A OMS recordou que o vírus foi detectado no leite materno de duas mães contaminadas. "Mas não há atualmente nenhuma prova de uma transmissão de zika aos bebês através da amamentação materna", enfatizou.


Fonte: AFP

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Fiocruz detecta potencial de Zika ser transmitido por saliva e urina



"O zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção", afirmou o presidente da Fundação


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta sexta-feira (5) que detectou indícios do Zika vírus na saliva e na urina de pacientes infectados, com potencial para transmissão de pessoa para pessoa.

Segundo a Fundação - vinculada ao Ministério da Saúde - a descoberta torna necessário investigar mais profundamente essas "vias alternativas" de transmissão viral. Até hoje, sabia-se que o Zika poderia ser transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Também há indícios que a doença possa ser transmitida sexualmente. "O Zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção, na urina e na saliva", afirmou Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz.

Os cientistas afirmaram que as amostras de saliva foram postas em contato com células que verificam atividade viral de Zika, dengue e febre amarela. O experimento mostrou que essas células foram destruídas após o contato. "Isso comprova a atividade viral", informa a pesquisa. Embora seja assintomático na maioria dos casos, é possível que o Zika tenha efeitos sobre a formação de bebês, no caso de pacientes grávidas. Até o início da semana, foram notificados 3.670 casos de microcefalia em todo o Brasil. Também existem indícios de que o Zika possa servir de "gatilho" para a síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que causa dor e paralisia severa, entre outros sintomas graves.

Fonte: Estadão Conteúdo


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sujeito oculto



Na gramática do governo petista, o responsável pela imensa crise atual é oculto por elipse. A presidente Dilma Rousseff cometeu erros primários, mas nem ela nem seus auxiliares são capazes de vir a público e assumir, em primeira pessoa, a autoria do desastre que se revela a cada novo balanço da economia. Tome-se, por exemplo, uma recente entrevista do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, na qual ele admitiu os “erros que foram cometidos em 2013 e 2014”. Não é preciso ser catedrático em análise sintática para perceber que a voz passiva serve para esconder o sujeito que senta na cadeira presidencial e que, por sua única e exclusiva responsabilidade, colocou o país na trilha do caos.

Na entrevista, dada à Rádio Metrópole, de Salvador, Jaques Wagner fez um diagnóstico preciso dos problemas criados pela gestão temerária da economia no governo Dilma. O ministro listou, entre os “erros que foram cometidos”, a “desoneração exagerada” e os “programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava”. Embora tratados pelo petista como se fossem obras do acaso ou tivessem caído dos céus, essas medidas são parte da chamada “nova matriz econômica”, monstrengo que assegurará a Dilma um lugar de honra na galeria dos piores presidentes da história do Brasil.

A tal matriz é obra do, por assim dizer, pensamento de Dilma, desde sempre convencida de que o Estado tem recursos infinitos e que, por essa razão, deve ser o grande responsável pelo desenvolvimento do país. Não há cofre público que baste para tamanha falta de juízo, como sabe qualquer estudante novato de economia, mas afinal não é possível discutir de forma racional com quem governa acreditando que basta “vontade” para que se realize a “justiça social”.

Como a “nova matriz econômica” é fruto de ideologia, e não de planejamento sensato, seus graves reveses são tratados não como se fossem um problema do modelo em si, e sim como resultado de uma combinação de fatores externos, sabotagem da oposição e, claro, má sorte. Mesmo quando reconhecem os erros, Dilma e seus ministros tratam logo de dizer que o problema é sempre dos outros. “Eu sei que isso não consola, mas no mundo inteiro nós estamos vivendo uma fase de economia complicada”, disse o chefe da Casa Civil na entrevista.

Quando resolveu dar um nome ao sujeito da crise, o ministro, previsivelmente, elegeu Joaquim Levy, visto pelos petistas como o verdugo dos pobres. Ministro da Fazenda, Levy foi o responsável por aplicar o “remédio que virou veneno”, que “mata o paciente”, disse Wagner. “O Levy tinha uma visão muito específica do livro-caixa, do cofre, então ele estava obcecado por aquilo ali”, opinou o ministro. “Aquilo ali”, enfatize-se, é o equilíbrio das contas públicas, sem o qual não é possível manter os programas sociais tão caros ao PT de Wagner.

Mas a farsa do ajuste fiscal que não foi feito na dimensão necessária porque Dilma nunca o bancou para valerserve bem aos propósitos populistas dos petistas. “Já cortamos neste ano mais de R$ 130 bilhões, entre programas e despesas. Mas chega um ponto em que, se você cortar mais, vai matar o paciente”, disse Wagner. E ele foi didático: “Tem seca no Nordeste, tem enchente no Sul, tem zika vírus com microcefalia, tem que gastar dinheiro para combater o mosquito. Isso tudo é dinheiro, o que vou fazer? Vou dizer para o cara: ‘Amigo, você está com microcefalia, mas meu ajuste fiscal diz que não posso lhe dar dinheiro, morra’. Não pode ser assim”.

Para os petistas, portanto, ajuste fiscal significa deixar morrer os doentes nos hospitais negando-lhes atendimento por economia de recursos, como se o dinheiro já não faltasse em razão justamente da irresponsabilidade dos governantes, a começar pela própria presidente Dilma Rousseff. Que ninguém se engane: a “autocrítica” malandra que Jaques Wagner ensaiou, calculada para dar a impressão de que vem aí uma nova fase no governo, nada mais foi do que um pretexto para reafirmar as mesmas crenças que empurraram o país para o abismo.

Fonte: Editorial - O Estado de São Paulo