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sábado, 1 de outubro de 2022

Da Inglaterra à Itália, experiências de direita que vale seguir - Mundialista

Apesar dos erros, há evolução

“Um conservador é um homem com duas pernas perfeitamente boas que, no entanto, nunca aprendeu a andar para a frente”, definiu sibilinamente Franklin Roosevelt, quatro vezes eleito presidente dos Estados Unidos e santo mais venerado no altar do Partido Democrata americano. Detalhe: ele perdeu aos 39 anos o uso das pernas, por uma doença devastadora que pode ter sido paralisia infantil ou a pouco conhecida à época síndrome de Guillain-Barré
 
 Duas mulheres conservadoras, embora de correntes muito diferentes, estão desafiando neste momento a definição de Roosevelt: querem andar para a frente — mesmo que deixem um rasto de choque e espanto à sua passagem. Uma delas é Liz Truss, a nova primeira-ministra britânica. Ela sempre foi considerada pela elite conservadora como segundo time e até ridicularizada por querer imitar as roupas de Margaret Thatcher. Agora, está sendo execrada pelo pacote de medidas econômicas que simplesmente implodiu o consenso reinante sobre economia. 
O tsunami de cortes de impostos, desburocratização e incentivos à competitividade que o ministro da Economia de Liz Truss, Kwasi Kwarteng, anunciou levou um comentarista a escrever que precisou “se beliscar para ter certeza de que não estava sonhando, que não havia sido transportado para uma terra distante onde as pessoas realmente acreditam nos princípios econômicos de Milton Friedman e Hayek”.

“Liz Truss e Meloni terão de mostrar se vieram para construir ou, involuntariamente, derrubar a casa”

É uma experiência arriscadíssima num momento de inflação alta, crise energética, desvalorização da moeda e aumento dos gastos públicos. Para os simpatizantes, é a sirene da polícia que anuncia a chegada da salvação nos minutos finais do filme. 

Os adversários, inclusive à direita, acham que Liz Truss, ao querer ser mais Thatcher do que Thatcher, sem a férrea disciplina fiscal da Dama idem, assinou não só a própria sentença de morte como a de todo o Partido Conservador. O que seria uma master class de liberalismo econômico de repente pendeu para uma catástrofe em câmera acelerada. Liz Truss teve as ideias certas no momento errado ou as erradas no pior momento possível?

O que acontecerá na Itália com um governo liderado por Giorgia Meloni também responderá a perguntas importantes. 
Poderá ela se redimir das origens neofascistas, a praga que assombra a extrema direita europeia? 
Existe lugar num país da Europa Ocidental para uma direita nacionalista à la Trump? [Na América do Sul existe um: BRASIL = próximo aos ideais de Marine Le Pen.]
 Propiciará uma política econômica estatista mais parecida com as ideias de Marine Le Pen e irreconhecível para os que pensam como a quase libertária Liz Truss?

Numa coisa ela já evoluiu: saltou do bonde das simpatias da direita populista por Vladimir Putin, aclamado como um defensor de princípios tradicionais e cristãos. [fechamos com essa definição dos ideais  do presidente russo Putin.] Foi um dos maiores erros dessa corrente política nos últimos tempos. Putin é o homem que condecorou militares que estupraram, torturaram e assassinaram civis. A Ucrânia, ao contrário, encarna valores venerados pela direita: liberdade, independência, patriotismo, bravura — e paixão por armas bem grandes. [A Ucrânia tem a sua versão e a Rússia também; o ponto em comum é que a guerra  em curso é de desgaste, só acabando com o fim da Ucrânia ou Zelenski sendo afastado.] Giorgia Meloni sempre cita Roger Scruton, a face refinada do conservadorismo contemporâneo, e sua síntese do que ele significa: “As coisas boas são facilmente destruídas, mas não facilmente criadas”.

Ela e Liz Truss terão de mostrar se vieram para construir ou, involuntariamente, derrubar a casa.

Publicado em VEJA, edição nº 2809 de 5 de outubro de 2022, 


 


 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Fiocruz detecta potencial de Zika ser transmitido por saliva e urina



"O zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção", afirmou o presidente da Fundação


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta sexta-feira (5) que detectou indícios do Zika vírus na saliva e na urina de pacientes infectados, com potencial para transmissão de pessoa para pessoa.

Segundo a Fundação - vinculada ao Ministério da Saúde - a descoberta torna necessário investigar mais profundamente essas "vias alternativas" de transmissão viral. Até hoje, sabia-se que o Zika poderia ser transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Também há indícios que a doença possa ser transmitida sexualmente. "O Zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção, na urina e na saliva", afirmou Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz.

Os cientistas afirmaram que as amostras de saliva foram postas em contato com células que verificam atividade viral de Zika, dengue e febre amarela. O experimento mostrou que essas células foram destruídas após o contato. "Isso comprova a atividade viral", informa a pesquisa. Embora seja assintomático na maioria dos casos, é possível que o Zika tenha efeitos sobre a formação de bebês, no caso de pacientes grávidas. Até o início da semana, foram notificados 3.670 casos de microcefalia em todo o Brasil. Também existem indícios de que o Zika possa servir de "gatilho" para a síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que causa dor e paralisia severa, entre outros sintomas graves.

Fonte: Estadão Conteúdo