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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Sem moleza - Justiça impõe obrigações para que ‘Japonês da Federal’ utilize tornozeleira



A Justiça do Paraná impôs oito obrigações ao agente Newton Hideroni Ishii para que ele possa cumprir inicialmente em regime domiciliar e com tornozeleira eletrônica a pena que recebeu, de quatro anos e dois meses de prisão, por facilitação de contrabando na fronteira com Foz do Iguaçu. O agente da PF ficou conhecido como o “Japonês da Federal” por conta de sua participação em prisões na Operação Lava Jato.

Acessório usado por alguns empreiteiros poderosos, réus da maior investigação já realizada no País contra a corrupção, a tornozeleira agora vai fazer parte da rotina do agente que os escoltou para a prisão em Curitiba, base da Lava Jato. Ao permitir que “Japonês da Federal” cumpra a pena em “regime semiaberto harmonizado” entre 23h e 5h em casa e durante o dia no trabalho -, a 2.ª Vara de Execuções Penais de Curitiba determinou que ele tenha cuidados especiais com a peça que levará presa à perna. “Não queimar, quebrar, abrir, forçar, danificar ou inutilizar a tornozeleira eletrônica ou qualquer um dos acessórios que a acompanham, ou deixar que pessoa diversa o faça, sendo de sua integral responsabilidade a boa conservação do equipamento”, impõe o despacho judicial no item B.  O agente condenado também não poderá “retirar ou permitir que outra pessoa retire a tornozeleira eletrônica, exceto por determinação expressa deste Juízo”.

Ishii terá de manter, “obrigatoriamente, a carga da bateria da unidade de monitoramento eletrônico em condições de funcionamento, carregando diariamente e de forma integral o equipamento até que a bateria esteja cheia”. O “Japonês da Federal” terá de obedecer “imediatamente às orientações da Central de Monitoramento por meio de alertas sonoros, vibratórios, luminosos e contato telefônico diretamente com a equipe em caso de dúvida sobre alerta que desconheça”.

A Justiça autorizou o agente a utilizar a tornozeleira atendendo a um pedido do superintendente da Polícia Federal no Paraná, delegado Rosalvo Ferreira Franco.  Em petição à Justiça do Paraná, o chefe da PF argumentou que “o regime de pena imposto ao sentenciado (seu subordinado) seria o de semiliberdade e, por ostentar condição de agente da PF, ultimamente (o agente) ganhou notoriedade aos realizar as escoltas de diversos presos da Operação Lava Jato”. Para o delegado Rosalvo “não seria prudente o recolhimento (de Ishii) em um sistema prisional ou em qualquer sala ou compartimento das polícias desta Capital”.

O superintendente destacou que “a utilização da tornozeleira eletrônica possibilitaria o exercício de atividade laboral pelo apenado, com recolhimento em sua residência”. O Ministério Público manifestou-se favorável à tornozeleira para o “Japonês da Federal”.

Fonte: O Estadão


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Marchinha do 'Japonês da Federal' ganha nova versão

Após prisão, marchinha do 'Japonês da Federal' ganha nova versão

O autor da marchinha do "Japonês da Federal", que foi lançada no fim do ano passado e virou hit na internet, correu para fazer uma nova versão da música, depois da prisão do seu principal protagonista, o agente Newton Ishii, nesta quarta-feira. Com a mesma melodia, a nova letra do advogado Thiago Rocha diz: "Ai meu Deus. Se deu mal. Foi preso em Curitiba o Japonês da Federal".

 
 O agente, que se celebrizou ao escoltar presos da Lava Jato à carceragem da PF, como Marcelo Odebrecht e José Dirceu, se entregou ontem à Superintendência do órgão no Paraná, após a Vara de Execução Penal da Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, expedir um mandado de prisão contra ele. Um dos alvos da Operação Sucuri, de 2003, ele foi condenado pelo crime de facilitação do contrabando.



Fonte: Veja