Ainda no gozo das minhas
férias deparo-me com a brutalidade da exposição “cultural” do Banco
Santander. Não tive acesso a todas as imagens, mas as que vi me bastam
para evidenciar a selvageria que tomou de assalto o termo cultura: em
seu nome cometem-se as maiores barbaridades impunemente. Já sabíamos
disto, mas o caso em apreço extrapola todos os limites da sanidade.
Surpreendeu-me a posição legalista do amigo e professor Olavo de Carvalho. Diz ele (Caso Santander: vilipêndio a culto é ilegal, e isso basta):
“O que está em questão no episódio não são opiniões pró e contra isto
ou aquilo, mas a simples TIPIFICAÇÃO LEGAL DE UM CRIME. O texto da lei é
claro: “Vilipendiar objeto de culto.” Ponto final. É só disso que se
trata. A lei é a mesma para gayzistas e antigayzistas, progressistas e
conservadores, cristãos e anticristãos”.
Data vênia, não me parece
ser apenas “disto que se trata”, pois alguns dos símbolos conspurcados
são anteriores à existência de quaisquer leis humanas e as transcendem.
Colocar um macaco nos seios da Virgem Maria não é uma questão legal, mas
um ataque direto ao que há de mais sagrado no Cristianismo. Mesmo sendo
um cristão “capenga” – por não me filiar a nenhuma denominação – sinto
que tais ataques devem, sim, ser revidados de forma ideológica e que
fazê-lo não se trata de “tagarelice ideológica (e) trapaça”.
João
Spacca: “O monopólio da blasfêmia: com o cancelamento do Museu Queer,
artistas iconoclastas sustentados pelo Estado e pelo Grande Capital se
fazem de vítima e acusam a ‘direita fascista’ de ‘não respeitar o outro.
Hahaha!”
[Nota dos editores do Blog Prontidão Total: No texto original, sobre a frase acima, consta um desenho que nos recusamos a postar pelo sacrilégio que representa.
O patrocínio do Banco Santander a tamanho vilipêndio aos sagrados valores cristãos, a uma exposição que é uma sucessão de sacrilégios, suscita a pergunta: para que manter conta no Banco Santander?
Pergunta cuja resposta mostra ser desnecessário manter qualquer relacionamento com referido banco. ]
Diferentemente de outros
criticados pelo Olavo não “encho a boca“ para me dizer cidadão e estou
me lixando para esta bobagem de “exercício da cidadania”, que mais me
parece saído da pena de Antonio Gramsci. A lei depende de circunstâncias
culturais – o mais das vezes inculturais – e da conveniência dos
poderosos de plantão. Basta uma nova lei para invalidar a anterior.
Indivíduos altamente incapacitados, beócios com poder recebido pelo voto
– “exercício da cidadania” – podem propor e aprovar uma lei que revogue
o Art. 208 do CP em nome da “liberdade de expressão”. E aí deveríamos
calar a boca em nome do “exercício da cidadania”?
Essa exposição é mais um
passo na revolução cultural e deve ser enfrentado como tal, e não
somente apelando para processos legais (embora isso também seja
importante).
Nos EUA, essa exposição
seria absolutamente legal em função da 1ª Emenda. Nem por isso os
conservadores americanos cessam a luta ideológica e política contra os
avanços às vezes inexoráveis da esquerda revolucionária.
Se li bem, o próprio termo
“Queermuseu” denota claramente a intenção não apenas de vilipendiar
imagens sagradas, mas também escarnecer dos próprios fundamentos da
Civilização Ocidental fazendo proselitismo da ideologia de gênero. [ideologia de gênero: outra maldição que a maldita esquerda tenta nos impor;
por muito tempo acalentei o desejo de me mudar para o Canadá - uma série de vantagens e praticamente nenhuma desvantagem.Sendo absolutamente sincero, sem nenhuma vaidade, atendo todos os requisitos necessários para fixar residência naquele País.
Desisti: agora não fui, não irei e recuso sequer a discutir qualquer mudança de opinião - nem que fosse convidado pelo governo canadense e ainda ganhasse um vantajosos bônus mensal.
Motivo: o Canadá é um dos países em que a maldita ideologia de gênero se encontra em fase mais avançada de consolidação.]
Pior
ainda: o alvo são nossas crianças em idade ainda imatura sexualmente.
Pois sim, já que queer, inicialmente uma gíria inglesa para “estranho”,
“esquisito”, “ridículo” ou “extraordinário”, hoje é usado para
representar gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros, de forma análoga
à sigla LGBT.
Aviso aos que já começaram a
se masturbar antevendo um “racha” naquilo que chamam “hostes
olavianas”: não haverá orgasmo, pois esse texto nada mais significa do
que uma divergência pontual entre amigos.