Ao longo da história da humanidade, nos
milhares de conflitos que ocorreram sempre lembramos do nome do Grande
General que venceu uma batalha decisiva. Os perdedores ficam esquecidos na poeira do tempo. Porém, existem aqueles raros generais que mesmo sendo derrotados no
campo de batalha conseguiram retornar e se tornar figuras marcantes na
história militar Universal.
Um deles é o russo Marechal Mikhail Kutuzov, que foi derrotado por
Napoleão Bonaparte na Batalha de Borodino (07SET1812), nas cercanias de
Moscou.
Mesmo com uma derrota, o Czar Alexandre I manteve o velho Marechal
Kutuzov (67 anos) no comando. A vitória em Borodino atrasou as Forças de
Napoleão e impediu uma vitória decisiva sobre as forças russas. O que
veio a levar à destruição do Grande Armée.
Esta regressão histórica é para comentar a derrota e vitória de um general no momento recente da República Brasileira.
Fazendo uso de sua experiência única no campo de batalha real e
profundamente comprometido com o Governo Bolsonaro, ao qual ocupava o
estratégico cargo de Secretário de Governo, ele fora derrotado
sucessivamente em suas lutas:
- Alertar para um Ministro-Chefe da Casa Civil não-confiável;
- Alertar para intrigas palacianas e golpes como a falsificação de mensagens;
- Alertar para a ideologização que levaria a um impasse estratégico do governo;
- Alertar para influência de diplomatas estrangeiros na Relações Internacionais e na Política Interna do país;
- Alertar para a influência nefasta dos “ZEROS”;
- Alertar para o risco de criar uma imprensa militante “amiga”;
- Alertar para o alinhamento estratégico "incondicional" do Brasil com
outras nações sem que sejam observados também os interesses brasileiros;
- Alertar aos militares dos riscos que o governo e as Forças sofreriam;
- Alertar para a falta de experiência de um jovem que fazia o
assessoramento de alto nível do Presidente para assuntos internacionais;
- Alertar para interesses “outros” nas áreas de publicidade e comunicação do governo, e,
- Muitos outros alertas...
Assim como a campanha de Napoleão, que cruzou o Rio Nemen, em
24JUN1812, em direção a Moscou, e em 14DEZ1812 cruzava novamente, sob
um frio de -38 °C, com o que restou do “Le Grande Armeé” o mesmo rio
Nemen , com apenas 10 mil homens em estado lastimável, incluindo um
Bonaparte perplexo.
O Le Grand Armée foi vencido pelo derrotado Marechal Kutuzov.
O Gen Santos Cruz, vê seis meses após o seu afastamento, TODOS os seus alertas se tornarem realidade. Sua visão estratégica de um verdadeiro estadista lhe custaram derrotas, e ao final mostraram que ele fora vitorioso na sua missão enquanto Secretário de Governo.
Não cabe e é inconcebível a um grande General abandonar suas convicções
e ideais se neles acredita como o melhor para a missão que lhe foi
confiada e ao país. Como disse um Comandante Militar brasileiro, o
General Santos Cruz foi um dos mais brilhantes oficiais-generais da
história do Brasil.
Bravo General-de-Divisão R1 Carlos Alberto dos Santos Cruz.