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terça-feira, 10 de setembro de 2019

A hipocrisia dos censores e Moinho de vento - Folha de S. Paulo

Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo

[um dos pontos do programa de governo do presidente Bolsonaro inclui a revalorização da FAMÍLIA, da ORDEM, dos VALORES MORAIS, do PATRIOTISMO, dos BONS COSTUMES, o que torna natural que outros políticos busquem seguir as ideias do presidente da República, ideias que foram confirmadas 

- no inferno da esquerda a frase adiante prova choro e ranger de dentes - 

por quase 60.000.000 de votos.]

Há algo de falso na atitude de autoridades que buscam censurar obras que considerem pornográficas

Há algo de irremediavelmente falso na atitude de autoridades que buscam censurar obras que considerem pornográficas ou licenciosas. A razão sempre alegada por esses líderes é a de que as palavras ou imagens usadas pelo artista precisam ser tiradas de circulação para proteger a família, particularmente os jovens, de influências indevidas e danosas, que poderiam perverter sua sexualidade ainda em formação. [jovens em formação, física e intelectual, são extremamente suscetíveis a influências nefastas.
são mentes em formação que podem se empolgar por ideias deturpadas.]
O argumento não tem nenhuma base científica, mas deixemos isso para lá. Mesmo que fosse verdade, o fato é que, no mundo de redes sociais e polarização política em que vivemos, tentativas de suprimir algo das vistas do público invariavelmente provocam reações cujo resultado é dar ampla publicidade ao material -- o exato oposto dos objetivos proclamados.[o que mostra que a restrição a circulação do material danoso, tem que ser antecipada.] Uma autoridade precisaria estar no limite da oligofrenia para ignorar esse efeito, de onde eu concluo que nossos candidatos a censores estejam muito menos interessados em preservar a juventude do que em apregoar em alto e bom som sua adesão a um conjunto específico de valores, isto é, em ganhar pontos com sua clientela. E o nome disso, em bom português, é hipocrisia --a homenagem que o vício presta à virtude, nas palavras de La Rochefoucauld.


Indo um pouco mais longe, penso que já seja hora de aposentarmos, por inúteis, os dispositivos do ECA que tentam impedir adolescentes de ter acesso a conteúdos sexuais. Tais mecanismos, que são os mais usados para tentar justificar atos de censura, simplesmente perderam sua razão de existir. A ideia de evitar que material pornográfico chegasse às mãos de adolescentes talvez ainda soasse moderadamente factível no mundo analógico, mas se tornou risível num planeta em que qualquer pessoa com acesso à internet está a um clique de distância de sites com quantidades quase infinitas de sexo em todas as modalidades já imaginadas por humanos. [só que o sexo na internet apesar do imensurável potencial maligno nao é ofertado em feiras de livros, sob o disfarce de inocentes HQs.
Além do mais, cabe as autoridades evitar que o progresso se torne símbolo da pornografia, da pedofilia, da zoofilia, e da destruição completa da FAMÍOIA e de todos os seus valores.
Se as crianças são submetidas a um bombardeios de informações inadequadas a sua idade, obviamente, se tornarão dependentes das pornografias e buscarão a perversão de costumes, via frequência compulsiva à internet.] 
Há limites para a hipocrisia.

Pablo Ortellado - Moinho de vento


Cruzada religiosa contra a 'ideologia de gênero' ameaça direitos civis e combate ao preconceito

A censura a uma revista em quadrinhos [que apresenta em seu interior, sem nenhum alerta conteúdo sexual, inadequado ao público que mais curte HQs - que é um veículo totalmente inadequada para informar sobre sexualista(exceto aqueles almanaques da metade do século passado com material pornográfico e que serviam de fonte de inspiração para jovens - mas que eram limitados em quantidade.] ordenada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e a censura a um livro didático ordenada pelo governador de São Paulo, João Doria, ambos na semana passada, são os episódios mais recentes da batalha travada por fanáticos religiosos contra o moinho de vento da ideologia de gênero. 
Acreditando defender a família tradicional de uma ameaça [in]existente, nossos modernos cavaleiros templários violam direitos civis e criam obstáculos concretos ao combate ao preconceito. Segundo teóricos católicos, a "ideologia de gênero" seria um conjunto de teses adotadas por feministas para transformar as diferenças biológicas entre os sexos em uma construção social com o objetivo de promover o homossexualismo e o transexualismo, destruir a família tradicional e reduzir a natalidade.
O documento fundador dessa excêntrica tese, apresentado na Conferência Episcopal do Peru, em 1998, está reagindo à adoção da "linguagem de gênero" na 4ª Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher, em 1995. Desde então, lideranças católicas e, em seguida, evangélicas se convenceram de que os movimentos feminista e LGBT estão numa campanha sorrateira para sexualizar as crianças e perverter sua orientação e identidade sexual.

Embora os documentos que alimentam essa teoria da conspiração citem corretamente artigos de correntes feministas radicais, eles supõem que essas posições minoritárias e irrelevantes sejam a verdade oculta do feminismo e do movimento LGBT e que, portanto, ações promovidas por esses grupos, como a educação sexual de adolescentes, campanhas contra a violência de gênero e a promoção do respeito à diversidade, são apenas formas dissimuladas de promover a "ideologia de gênero".
 
Onde os ativistas buscam incentivar o respeito e reduzir os alarmantes índices de violência contra mulheres, gays, lésbicas e transexuais, os fanáticos vêm apenas perversão pedófila com a perniciosa intenção de levar crianças inocentes a desvios monstruosos.
Embora o radicalismo que tomou a cúpula das igrejas cristãs alegue que sua intenção não é promover a discriminação, mas proteger a família, eles têm sistematicamente bloqueado ações contra a intolerância e o preconceito. Assim como os antissemitas precisam apenas de pistas esparsas reunidas arbitrariamente para enxergar uma conspiração judaica cristalina, também nossos soldados das guerras culturais acreditam ver sob o inocente véu da defesa da diversidade o malévolo projeto feminista de acabar com a família e com a própria presença humana no planeta Terra.

Hélio Schwartsman e Pablo Ortellado - Folha de S. Paulo