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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Marcha para a escuridão - J. R. Guzzo

Revista Oeste

O STF é hoje a maior ameaça para o cidadão livre — e um inimigo da pacificação, do direito de discordar e da ideia de que inimigos políticos têm, obrigatoriamente, de contar com a proteção da lei

Montagem com matéria do jornal O Globo | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução O Globo

O Supremo Tribunal Federal está se enfiando num buraco cada vez mais escuro. Não há mais dúvida, há muito tempo, de que a maioria dos ministros decidiu apostar tudo o que tem, a começar pela própria sobrevivência, na criação de um novo regime político para o Brasil. 
É algo nunca tentado antes.  
O STF decretou que existe um “Poder Moderador” no país, que vale mais que os dois outros juntos, e entregou esse poder a si mesmo — dentro da ideia geral de que o Supremo é hoje a única força capaz de governar o Brasil na direção correta. 
 
Deu-se o direito de não obedecer às leis em vigor — todas as vezes em que desrespeita uma, está dizendo que pode desrespeitar todas. 
Também anula leis aprovadas pelo Congresso Nacional, toma decisões opostas à vontade expressa dos parlamentares e legisla sobre assuntos que eles ainda não legislaram. 
Mais do que tudo, o STF transformou os seus integrantes em seres sobrenaturais que não podem ser tocados, mesmo “aparentemente”, como não se pode tocar no Santíssimo Sacrário da igreja. 
Consideram-se dispensados de respeitar as regras mais elementares de um estado de direito. 
É proibido, e perigoso, ter opiniões diferentes das suas. 
O STF, em suma, é hoje a maior ameaça para o cidadão brasileiro livre — e um inimigo da pacificação política, do direito de discordar e da ideia de que inimigos políticos têm, obrigatoriamente, de contar com a proteção da lei. A única dúvida, quanto a isso tudo, é a seguinte: ainda haveria como sair do buraco que o STF cavou para si próprio?

A discussão a respeito do que aconteceu com o ministro Alexandre no Aeroporto de Roma no último dia 15 de julho pode se tornar um marco nessa aventura do STF em território não mapeado na vida pública do Brasil. O incidente foi um miserável bate-boca de aeroporto.
 
 O STF, o governo Lula e a maior parte da mídia transformaram o episódio num “atentado ao estado de direito”. Não podia dar certo — e não deu. As imagens do sistema de câmeras do aeroporto não provam absolutamente nenhuma agressão física ao ministro. 
O caso, que nasceu morto, acaba agora de ser enterrado.                   Mas o STF recusou-se, pelo menos até o momento, a aceitar um cessar-fogo. Se não aconteceu nada, não seria melhor empurrar a teoria do “atentado” para debaixo do tapete, e esperar que essa história toda acabasse esquecida? 
 Não — a “corte suprema”, como diz Lula, decidiu dobrar a aposta e parece mais decidida do que nunca a vingar-se dos supostos agressores. 
O problema é que é impossível fazer isso sem cometer uma injustiça espetacular. 
 Embora o STF e Moraes nunca considerem que possa haver algum problema com nada do que façam, o fato é que o acusado terá de ser condenado sem nenhuma prova visível para o público — mesmo porque o ministro Dias Toffoli, que conduz o caso em parceria com o próprio Moraes, decretou que as imagens do aeroporto são sigilosas e não podem ser vistas nem pelos advogados do cidadão que querem condenar.

Dias Toffoli, ministro do STF | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

E daqui para a frente? É o buraco escuro mencionado no começo deste artigo.  
O STF, como tem feito em toda a sua atividade penal contra o que chama de “extrema direita”, se obriga a condenar sempre.  
Tira de si próprio qualquer outra opção, como o tribunal que Josef K. tem de enfrentar em O Processo e cuja marca principal era não absolver ninguém, nunca. 
No caso de Moraes, conseguiu se colocar numa posição onde quanto menos tem, mais quer — e onde nada que pretende está certo. O “atentado contra a democracia” (como está demonstrado no artigo anterior, de Silvio Navarro) não foi um atentado contra nada. 
O entrevero aconteceu num aeroporto estrangeiro. 
Os suspeitos não podem legalmente ser julgados pelo STF. 
Os acusadores não conseguiram, três meses e meio depois dos fatos, sequer abrir um processo — mas já colocaram o próprio Moraes como “assistente da acusação” do inquérito no qual ele figura como “vítima” e do qual vai ser juiz, para todos os efeitos práticos. 
É algo que simplesmente não existe na lei. 
 
A Polícia Federal tornou-se parte da causa, como aliada do ministro — e por aí se vai. O resultado é que o Tribunal se meteu, mais uma vez, numa situação em que vai ficar desmoralizado. 
A condenação do desafeto, pela evidência dos fatos, é absurda.
A absolvição, pela tábua de mandamentos que o STF impôs a si mesmo, é impossível.  
Realmente: como Alexandre de Moraes, e os outros membros do politburo que manda no Supremo, vão absolver alguém a esta altura do campeonato?  
A impressão é que está ficando tarde para regressar ao Planeta Terra. 
A cada vez que teve oportunidade de dar algum passo no rumo da saída, o STF fez o oposto; enfiou-se ainda mais na direção da treva. É para onde está indo, com o gás todo, no golpe de Estado da sala vip.

O cidadão é acionado na Justiça e não tem o direito de apelar da decisão, porque o juiz de primeira instância é também o juiz de última instância; o infeliz vai direto para o inferno. Perdeu, mané

Certamente, nessa alucinação toda, o governo, os escalões inferiores da elite e grande parte dos jornalistas fazem um esforço concentrado para manter de pé a ficção de que não está acontecendo nada de errado no Brasil. Fingir que a alucinação não existe, porém, não faz com que ela desapareça — nem que se torne racional. 
Desta vez, todos eles, mais o STF e Moraes, não só defendem a violação da lei para “salvar a democracia”
Estão querendo também romper relações com o princípio fundamental da lógica comum, vigente desde que foi exposto por Aristóteles 2,4 mil anos atrás: é impossível uma coisa ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. A agressão é falsa, do ponto de vista penal, porque as imagens mostram que ela não aconteceu. 
Mas é verdadeira, também do ponto de vista penal, porque o agressor que não agrediu está sendo vítima de um inquérito muito real movido por Toffoli, Moraes e a PF. É uma aberração. 
É também o que está previsto no manual de procedimentos regulares em vigor no STF de hoje, como nos “protocolos” de hospital. 
 
O sujeito apresenta sintomas de má conduta em relação à democracia, ou mesmo de más intenções, apenas? Então está condenado.  
E se for acusado de “agressão aparente”, ou de “tapa aparente”, ou de “deslocamento aparente de óculos” em filho de ministro do STF? Também está condenado. Pode recorrer da sentença? Não pode. 
É uma situação desconhecida em qualquer democracia séria do mundo. 
O cidadão é acionado na Justiça e não tem o direito de apelar da decisão, porque o juiz de primeira instância é também o juiz de última instância; o infeliz vai direto para o inferno. Perdeu, mané.Alexandre de Moraes e, ao fundo, matéria feita pelo O Globo | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução O Globo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao insistir na ideia fixa de condenar o “golpista do Aeroporto de Roma”, sejam quais forem os fatos, o STF se afunda ainda mais no beco estreito no qual se enfiou desde que abriu, quatro anos atrás, o inquérito perpétuo e 100% ilegal contra “atos antidemocráticos”
Ou melhor: no beco em que escolheu se perder, ou do qual talvez não possa mais achar o caminho de volta. Foi o que aconteceu com o ex-deputado federal Daniel Silveira, que foi condenado em abril de 2022 a oito anos e nove meses de prisão fechada por ter ofendido ministros do STF num vídeo de internet. Trata-se de uma escalada serial de violações da lei, uma pior que a outra. Silveira não podia ser processado porque tinha imunidades parlamentares, na condição de deputado eleito, e a Constituição lhe garante o direito de se expressar livremente sobre quaisquer assuntos. 
Se tivesse cometido algum delito, a Câmara teria de abrir o processo. 
Se a Câmara tivesse aberto, os únicos delitos possíveis seriam o de injúria ou de ameaça. O primeiro é punido com detenção de um a seis meses ou multa; e o segundo, com reclusão de seis meses a dois anos. 
Se houvesse condenação, teria de ser por esses dois crimes, e não por “ameaça ao estado democrático de direito”, como foi decidido. 
Enfim, tendo havido condenação, a lei determina que ele deveria estar solto há mais de um mês, porque já cumpriu 16% da pena. 
É a mesma coisa, piorada, com as condenações para os mais de 1,3 mil acusados de tomarem parte nos “atos antidemocráticos” do dia 8 de janeiro em Brasília. 
Estavam presentes num quebra-quebra. Estão sendo condenados a até 17 anos de prisão por cometerem “tentativa de golpe de Estado”.

Os réus não estão sendo punidos porque há provas de que participaram das ações de vandalismo contra os edifícios dos Três Poderes. Decidiu-se que é desnecessário estabelecer, individualmente, o que fizeram; basta o fato de estarem presentes no local, ou mesmo numa aglomeração a 8 quilômetros de distância, num quartel do Exército. 
Foram culpados de cometerem “crime multitudinário”, na linguagem do MP e do STF — se você está numa multidão, e a multidão pratica um delito, a culpa é sua. Os acusados são punidos duas vezes, somadas, por terem feito a mesma coisa: “golpe de Estado” e “abolição violenta do estado de direito”.
 
Não poderiam, pela lógica elementar, ser condenados por nada, pois não se pode condenar ninguém por praticar um “crime impossível”, como definiu o ministro Nunes Marques; ou seja, não havia nenhuma possibilidade real de darem um golpe, como não há possibilidade de se cometer um roubo na Lua. 
(O ministro Marques levou uma descompostura em público por votar pela condenação somente por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, ou a dois anos e meio de prisão em regime aberto. Aparentemente, não tem o direito de votar como acha mais correto.) 
Até agora, enfim, não houve nenhuma absolvição para os acusados de golpe; se está no banco dos réus, é culpado. 
A única esperança, para uma parte dos processados, é assinar um documento do MP assumindo a culpa por crimes que o próprio MP, por escrito, diz que não pode provar.
 
É onde estamos
. 
Conto O Burrinho Pedrês, de João Guimarães Rosa | Foto: Reprodução

No conto O Burrinho Pedrês, uma das leituras fundamentais da obra de Guimarães Rosa, o humilde burrinho “Sete de Ouros” se transforma em herói; seu grande mérito era não entrar, nunca, em lugares de onde não pudesse mais sair. 
Do inquérito que pode durar para sempre à condenação de Daniel Silveira, dos óculos do filho do ministro às penas de 17 anos pelo tumulto do dia 8 de janeiro, o STF vai entrando, cada vez mais, num lugar do qual não pode sair. Os sinais, até agora, parecem indicar que a estratégia é ir ficando cada vez mais radical
 
O presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, acaba de dizer que as coisas são assim mesmo. 
O STF, segundo ele, tem de “desagradar”. 
A função do Tribunal não é desagradar ou agradar — embora agrade muita gente. Quem desagrada ou agrada, e tem de encarar as consequências, são os Poderes Executivo e Legislativo, os únicos eleitos pelo povo brasileiro.  
Ao STF cabe somente aplicar a Constituição — a Constituição, boa ou ruim, como ela é, e não como os ministros acham que deve ser, ou como pode ser melhorada por eles. 
No regime do STF, o governo não tem de ter o consentimento dos governados, como se entende há 350 anos que as coisas devem ser. Os ministros acham que estão fazendo filosofia política.
 Estão apenas sendo avalistas de ditadura, como os juristas que endossaram a legalidade do golpe militar de 1964.
 
 


sexta-feira, 21 de julho de 2023

8 de Janeiro - Ao contrário da CPMI, MP respeita direito de Mauro Cid ao silêncio - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

 O tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento à CPMI dos atos de 8 de janeiro.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

O Ministério Público não aceitou uma denúncia da CPMI do 8 de Janeiro. Vocês lembram da recente convocação, como testemunha, do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Bolsonaro, e que ficou calado. 
Primeiro, porque a Constituição autoriza; ninguém pode produzir prova contra si. 
Segundo, porque mesmo assim a defesa de Mauro Cid consultou a ministra Cármen Lúcia, do Supremo, e ela confirmou que ele tinha o direito de ficar calado
Apesar disso, ele foi denunciado ao Ministério Público por desrespeitar a CPI ao não ter respondido as perguntas
Parece que foram 44 perguntas provocativas, como a idade dele, o nome dos filhos, coisas assim. 
Cid, que ia ser comandante da Escola de Forças Especiais de Goiânia, está treinado desde a academia militar para responder ou não responder diante de tortura, de interrogatório, etc. E não respondeu. [uma CPI tipo a 8 de janeiro, com maioria governista, não age com seriedade, e o único resultado que pode ser esperado dos trabalhos dela, que ela vai expelir, é tomar o lugar que a CPI da Covid-19, conhecida como Circo Parlamentar de Inquérito, merecidamente ocupa até o presente.]
 
O Ministério Público decidiu que não vai apresentar denúncia porque não houve crime nenhum. 
E sem denúncia do MP não existe juiz que assuma, porque o juiz não tem participação no inquérito 
Quem tem autonomia para começar o inquérito, a iniciativa, quem tem a iniciativa do inquérito? 
Diz a Constituição, no artigo 127, que o MP é essencial; e, no artigo 129, que, se o Ministério Público não oferece denúncia, não existe nada mais.
A menos que seja um inquérito do fim do mundo”, como chamou o ministro Marco Aurélio, em que o ofendido abre o inquérito sem MP, e ainda investiga, denuncia e julga. Essas coisas acontecem no Brasil, e nesta sexta uma comissão do parlamento brasileiro vai denunciar essa situação no Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Nova York. 
Vão mostrar que há inquéritos ilegais, há prisões ilegais, há prisões políticas, há jurisdições completamente diferentes daquelas estabelecidas pela lei. [com o devido respeito ao ilustre articulista e baseado em nossa notória falta de saber jurídico, perguntamos: 
- esses artigos da CF não foram modificados? emendados? continuam valendo com a redação apontada?
- julgávamos que a instauração do inquérito citado - com nova nomenclatura,  atribuída pelo ministro Marco Aurélio, havia revogado tais normas constitucionais. 
Afinal, para preservar a democracia tem que valer tudo, até destruir o objetivo da preservação.]   
 
Preconceito homofóbico contra governador que não vai fechar escola cívico-militar
Falando em denúncia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse ter sofrido, segundo ele, preconceito homofóbico de Jean Wyllys, que agora é integrante do gabinete do presidente da República. Foi indicado por Janja e vai ser auxiliar do ministro Paulo Pimenta, na Secretaria de Comunicação da Presidência da República. 
E Wyllys foi bem freudiano na forma como se referiu ao governador Eduardo Leite, dizendo que ele decidiu manter e expandir as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul por causa de um “fetiche pelo uniforme” da parte do governador. Aparentemente é preconceito, uma mistura de opiniões que envolve uma condição e não a questão em si. Parece que tem razão o governador; agora o Ministério Público é que vai decidir o que fazer.

Veja Também:

    Maioria dos governadores pretende manter escolas cívico-militares

    Alguns deputados aprovaram a reforma tributária sem nem saber no que votaram

    Farra das emendas para garantir a reforma tributária

Ipea diz que teremos o IVA mais alto do mundo
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do Ministério do Planejamento, diz que a reforma tributária aprovada na Câmara vai resultar no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) mais alto do planeta Terra: 28%.   
O ministro da Fazenda simplesmente negou, mas não trouxe argumento para se contrapor ao estudo. 
Fiquei imaginando que conversa deve ter ocorrido na quarta, porque a ministra Simone Tebet levou a presidente do Ipea, Luciana Servo, para mostrar todos os gráficos para o ministro Haddad, certamente para comprovar o alerta de que vamos ter um imposto altíssimo aqui no Brasil.
 
Não sejamos ingênuos. Se o governo está aprovando, apoiando, fazendo força, e liberando bilhões de emendas pra aprovar uma reforma tributária, é porque quer cobrar mais imposto, quer ganhar mais pra sustentar um governo pesado, caríssimo e pouco produtivo, pouco eficiente. 
 Basta compararmos o tamanho do imposto que pagamos e a qualidade dos serviços públicos que recebemos.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 4 de fevereiro de 2023

Contraponto - Carlos Alberto Sardenberg

[estilo 'apedeutico-petista de governar: criar erros do Governo passado - buscando sustentar 'narrativa' que recebeu herança maldita, prender os que PENSAM em criticar o atual governo, falar do mercado e favorecer com dinheiro público = nosso = somos contribuintes - ditaduras  companheiras.]

Do presidente Lula, em entrevista à Rede TV!: “Qualquer palavra que você fale na área social: …‘vou aumentar o salário mínimo em R$ 0,10′, ‘vamos corrigir o Imposto de Renda’, ‘precisamos melhorar (a vida dos pobres)’, … o mercado fica muito irritado”.

E mais: “Agora, um deles (Jorge Paulo Lemann, acionista principal da Lojas Americanas) joga fora $ 40 bilhões de uma empresa que parecia ser a mais saudável do planeta Terra e esse mercado não fala nada, ele fica em silêncio”.

O mercado falou, presidente. E protestou do modo mais firme que conhece: derrubou o preço da ação de 40 reais para perto de zero, o que impõe perda enorme aos acionistas, inclusive Lemann.

Além disso, todos os grandes bancos privados, credores das Americanas, manifestaram claramente seu desagrado acionando na Justiça a Americanas e seus acionistas principais. Claro que há, digamos, acionistas inocentes – aqueles que não exercem controle sobre a empresa e compram o papel para poupança. 
Esses minoritários, parte do mercado, também estão na Justiça e cobrando atitudes mais responsáveis dos controladores, inclusive aporte substancial de capital.

Lula também atacou no pessoal: “Esse Lemann era vendido como o suprassumo do empresário bem-sucedido no planeta Terra, que financiava jovens para estudar em Harvard para formar um novo governo e falava contra a corrupção todo dia”.

Presidente, é uma pena que o senhor não conheça o trabalho da Fundação Lemann. Aplica bastante dinheiro para financiar o desenvolvimento de projetos pedagógicos e de gestão no ensino público. Toma também iniciativas para instalar internet de alta velocidade nas escolas públicas. E, sim, manda estudantes para Harvard.

Veja: o bilionário poderia abrir uma escola privada e se aproveitar dos financiamentos do governo, mas em vez disso coloca seu dinheiro para apoiar o ensino público. Ajuda a reduzir a desigualdade. O cientista político Fernando Schüller escreveu um excelente artigo na revista Veja, A Lição de Tocqueville, - Super-ricos pedem para pagar mais imposto”,  mostrando a importância dessas iniciativas dos ricos muito ricos. Certamente o dinheiro que Lemann gasta na Fundação rende mais benefícios à sociedade do que se todos esses recursos fossem para o governo na forma de impostos. Também duvido que o setor público fosse mais eficiente.

Aliás, como mostra Schüller, o segundo maior orçamento do governo federal é da educação. E nossos alunos das escolas públicas vão para os últimos lugares nos testes internacionais.O fato de Lemann cometer um enorme erro na Americanas não tira o mérito de outras coisas que faz.Lula também investiu contra a independência do Banco Central, atacou a recente decisão do Copom  – “não existe nenhuma razão para a taxa de juros estar em 13,75” e pediu meta de inflação maior. Também voltou a dizer que o teto de gastos é contra o povo e que não funciona.

Na mesma semana passada, quando o dólar caiu abaixo de R$ 5, o Instituto Lula disse que resultava da confiança no governo. É o contrário, presidente. A moeda americana desvalorizou praticamente no mundo todo porque o mercado – sim, o mercadoentendeu que a taxa de juros nos EUA vai subir menos do que pensava. Com juros menores nos EUA, investidores internacionais procuram mercados que oferecem taxas maiores.  Vai daí que entram dólares aqui, são trocados por reais, isso provocando a valorização de nossa moeda.

Na verdade, presidente, o dólar cairia mais se o senhor e seu pessoal deixassem esse tema por conta do Banco Central.  
E o teto de gastos, adotado no governo Temer, funcionou sim. 
No seu período, a taxa de juros (Selic) caiu de 14,25% ao ano (herança Dilma) para 6,40%. O PIB voltou a crescer, depois de dois anos de recessão. E a inflação caiu de 9,3% para 2,7%.

         Hoje, o dólar continua caro e os juros seguem elevados por causa da lambança anunciada nas contas públicas e pelo festival de declarações equivocadas.

Como este contraponto dele, presidente. Ataca a independência do BC e depois diz que o “seu” BC foi bem porque atuou com … independência.

Pô, presidente!

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista  


domingo, 2 de outubro de 2022

A esquerda ama as igrejas evangélicas – desde que elas fiquem caladinhas - Gazeta do Povo - VOZES

Guilherme de Carvalho

Intolerância religiosa

Li a cartilha da editora Kaleo para a Assembleia de Deus de Santa Catarina, inteira, antes de ler o chilique jornalístico do The Intercept, publicado em 20 de setembro. E sigo me perguntando se a redação desse grande jornal foi instalada no planeta Terra ou pelo menos aqui perto, na Lua.

Site The Intercept publicou fortes críticas à Assembleia de Deus por cartilha que reafirma princípios cristãos às vésperas da eleição. -  Foto: Unsplash

O que defende a “cartilha raivosa” dos crentes catarinenses, como a rotularam os autores da pérola jornalística? Em essência, coisas de crentes. Coisas que se ouvem (em versões incultas, concedo) nos corredores das igrejas, em seus grupos on-line e em suas casas: que o marxismo é ateísta, que o todo com as partes sabidamente doentes do PNDH-3 foram coisa de Lula et caterva, que a revolução sexual é incompatível com a religião cristã, que a cultura do movimento LGBTQIA+ é incompatível com a religião cristã, que segundo a Bíblia Deus criou homem e mulher e o gênero não pode ser separado do sexo biológico –, que o feminismo ajudou a aumentar o número de divórcios, que o divórcio deve ser combatido, que a esquerda tende a descurar, quando não destruir ativamente, a instituição familiar etc.

Ademais, essa perspectiva geral sempre foi ensinada, de um jeito ou de outro, em todas as grandes igrejas, e alguns dos pontos acima são ensinados até mesmo por aquelas igrejas mais modernizadas e abertas a alguns valores progressistas. Então, por que o chilique?

Porque isso pode afetar... as eleições, quem diria!


Não havendo incitação ao ódio a pessoas, nem à violência, nem à subversão da democracia, as igrejas estão no seu direito. Os pastores estão no seu direito. As escolas dominicais estão no seu direito, e os pais que mandam seus filhos para lá estão no seu direito

(...)

Mas suponhamos que eu esteja certo e a cartilha tenha errado a mão nesse ponto; nada muda, absolutamente. A Igreja Católica há séculos desenvolve a sua doutrina social, revisando e refinando suas posições, e já condenou tanto o marxismo ateu quanto o capitalismo laissez-faire.  
A Doutrina Social da Igreja trata a família como célula básica da sociedade, e condena todos os pecados que o Intercept costuma celebrar. Como eu já mencionei antes e insisto, toda igreja tem o direito de ensinar a sua doutrina àqueles que quiserem ser seus membros, e os pais têm o direito de dar a seus filhos a educação religiosa e moral de sua preferência. Não havendo incitação ao ódio a pessoas, nem à violência, nem à subversão da democracia, as igrejas estão no seu direito. Os pastores estão no seu direito. As escolas dominicais estão no seu direito, e os pais que mandam seus filhos para lá estão no seu direito.

E aí está a raiz da reportagem raivosa da Intercept: o que incomodou não foram os erros na cartilha dos crentes, mas os seus acertos. O documento que eles atacam rejeita ideias morais caras à esquerda.

(...)   

Consideremos o subtítulo da matéria, que vai direto no calcanhar de Aquiles da cartilha: associar o feminismo à zoofilia é mesmo demais. Mas e quanto à pedofilia? Também o seria, não fosse a própria Simone de Beauvoir uma defensora da descriminalização da pedofilia. Que azar, gente! Então, me pergunto: do que esses jornalistas estão reclamando? O trabalho deles não é entregar informação?
 
Algumas ideias merecem ser ignoradas, e algumas são tão ruins que merecem ser detestadas. Ora, ninguém tem de respeitar ideias que lhe parecem detestáveis

Reivindico, aqui, os meus direitos de cidadão e meus deveres de evangélico: a agenda moral da esquerda brasileira é detestável. Críticas desonestas contra a infeliz são dignas de toda a reprovação, mas poderia isso redimi-la da sua feiura natural? Não obstante a incompetência da crítica evangélica conservadora, a geringonça não vale um tostão.

Tivesse eu poderes para tanto, declararia aberta a temporada das cartilhas eclesiásticas! E pra já mesmo, a partir de segunda-feira. 
Que as igrejas formem comissões teológicas e componham suas cartilhas de doutrina social e política, para crianças, jovens, adolescentes, mulheres, homens e idosos. 
Que as igrejas leiam e discutam em seus grupos essas denúncias jornalísticas desesperadas, e exponham de casa em casa esses órgãos ideológicos metidos a magistério teológico.

E os cristãos não têm de respeitar as degenerações morais da esquerda brasileira

E, em vez de se infiltrar nas igrejas estabelecidas, a militância laicista pode dar um trato mais honroso ao seu recalque. 

Ela pode também plantar suas igrejas sem Deus, formar suas famílias sem biologia, fazer suas orações de punho cerrado, ensinar seus filhos a “amar” (pegar) todo mundo no fim de semana, e esperar alegremente o Sol, que é para todos, virar uma gigante vermelha e engolir a Terra, junto com sua utopia igualitária.

Mas enquanto não chega esse tão esperado dia, vamos honrar John Locke, John Stuart Mill, a nossa Constituição, e aprender a tolerar uns aos outros. Afinal, só Deus poderia curar nossas divergências; mas até nisso nós divergimos, não é?

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Guilherme de Carvalho, teólogo - Coluna Gazeta do Povo - VOZES

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Pesquisa eleitoral faz mal para o coração - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia
 

2018 e 2022

Esta quinta-feira é Dia Mundial do Coração. É um dia destinado à prevenção de doenças cardíacas, porque o coração é o que mais mata no planeta Terra, segundo a Organização Mundial de Saúde: são 18 milhões de mortes por ano.  
Mas está difícil segurar o coração assim, dias antes da eleição mais animada e mais polarizada que eu já vi. O segundo turno entre Lula e Collor em 1989 foi bastante polarizado, mas agora está mais, até porque o eleitorado é muito maior: 156 milhões de brasileiros serão chamados às urnas obrigatoriamente.

Tem gente que está com coração aos pulos, porque acredita nas pesquisas. Mas vi no Twitter do Vinícius Mariano um levantamento de

Fulano de Tal estava em quarto lugar três dias antes da eleição e foi eleito. Outro, que estava em terceiro lugar, foi reeleito. Um estava em primeiro, bem longe dos outros, coisa de 50% a 10%, mas foi o de 10% que ganhou a eleição.

Para governador aconteceu a mesma coisa; alguns citados por ele foram Carlos Moisés, de Santa Catarina; Wilson Witzel, do Rio de Janeiro; e Romeu Zema, de Minas: estavam todos lá atrás, não tinham a menor chance cinco dias antes da eleição, segundo os grandes institutos de pesquisa.  
Para a Presidência, aquele que acabou eleito presidente perdia para todo mundo, só não perdia para Marina Silva, se não me engano. Ou seja, foi tudo um fiasco em 2018.

Alguém me explique: por que ainda tem quem acredite? Por masoquismo? Não sei. Muitos acreditam por interesse, pra usar como propaganda. Eles me pegaram em 2018, vão me pegar de novo só se eu permitir. Muito obrigado ao jornalista Vinícius Mariano, que fez esse levantamento para nos lembrar do que aconteceu em 2018.

Moraes mostra sala de totalização de votos
Na quarta-feira o presidente da Justiça Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, mostrou a sala de totalização ao ministro da Defesa, ao presidente do PL e a representantes dos outros partidos. 
Na verdade não é bem a sala de totalização; ali se monitora a chegada, porque depois há um computador maior que vai somar tudo. 
Funciona no terceiro andar de um majestoso e faraônico palácio, construído para abrigar uma Justiça Eleitoral que na verdade é um órgão administrativo para organizar uma eleição a cada dois anos. [que podiam ser realizadas a cada quatro anos, bastando para tanto juntar os prefeitos e vereadores - que são eleitos em uma eleição exclusiva - às eleições que vão de deputado estadual à presidente da República. Seria uma economia de no mínimo uns 30% a cada quatro anos - duas eleições em lugar das três atualmente.] Por isso que outros países não têm Justiça Eleitoral, são secretarias de Estado que fazem tudo, por exemplo, nos Estados Unidos, mas essa é uma outra questão.

Agora todos sabem quem é o padre Kelmon
Que estranho: peguei a agenda dos candidatos na quarta-feira e só um candidato, o atual presidente, candidato à reeleição, estava nas ruas: em Santos (SP), fazendo motociata. Os outros todos tinham compromissos fechados.

Não resta dúvida de que o debate no SBT deu projeção ao padre Kelmon. Ele não foi o grande vencedor, mas deu um salto. Todos passaram a saber quem é esse tal padre, que era vice na chapa do Roberto Jefferson. 
Mas Jefferson foi impedido de concorrer porque, mesmo sendo indultado, continua ficha-suja, assim como Daniel Silveira, que também que foi indultado e segue ficha-suja. O que não é o caso do ex-presidente, que foi condenado, [ = sentenças condenatórias confirmadas por 9 juízes diferentes e  em três instâncias = ladrão.]  em processos teve o processo anulado [não foi inocentado, um erro de CEP justificou a anulação.] e depois virou um ficha-limpa; segundo o Supremo, são questões diferentes.
 
São é coisas muito estranhas, que acabaram denunciadas no New York Times, levando o jornalista Claudio Humberto a observar que tudo o que o New York Times está denunciando não aparece na grande imprensa brasileira.  
Que mico, não? Que omissão, que coisa incrível. Sempre vi a grande imprensa brasileira se espelhar no New York Times, pois agora o New York Times está mostrando como se faz jornalismo.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista -  Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 14 de março de 2022

O BRASIL NUNCA PERTENCEU AOS ÍNDIOS.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

 Nota do editor: Uma inteligência rara, uma bravura inaudita, uma inabalável convicção moral, fizeram-na cativar amores e ódios, admiração e inveja, mas sempre num respeitável pedestal, desses em que certos seres humanos estão porque ali é seu lugar natural. Em homenagem a ela, transcrevo este artigo que tinha bem guardado na memória porque sempre quis poder assinar embaixo.

Sandra Cavalcanti

Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não aguento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinquenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosa por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembleias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a ideia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs europeias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui.  
Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. 
Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. 
Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. 
Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos.
Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.
Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.

Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discriminação por motivo de raça ou credo.

Portanto, vamos parar com essa paranoia de discriminar em favor dos índios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo.Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento.  
Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio para estradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior.  
Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. 
Uns são pobres. Outros são ricos. 
Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. 
Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

Percival Puggina - Outros Autores


domingo, 1 de agosto de 2021

Os selvagens da seringa - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

Esse negócio de espontaneidade já era. Vai tomar vacina experimental porque eu estou mandando


Fique tranquilo que está tudo ótimo com o plano de imunização contra a covid-19. 
Vamos só colocar aqui umas observações atestando o rigor científico dessa experiência maravilhosa:

• Joe Biden disse o seguinte: “Se você estiver vacinado não vai pegar covid”. Isso é mentira. Mas não deve ter sido por mal. Se um presidente bonzinho como esse resolveu mentir só pode ter alguma coisa boa por trás. Talvez o lobby selvagem da vacina, que é a instituição mais sólida do Planeta Terra hoje.

Andrew Cuomo, governador de Nova York, coloca o poder público para instar os cidadãos a se vacinarem, mesmo os que espontaneamente não querem. Esse negócio de espontaneidade já era. Vai tomar vacina experimental porque eu estou mandando. Minha ciência é um caminhão de manchetes que apoiam o meu doce totalitarismo e eu posso te soterrar com elas se você não me obedecer. A eficácia e a segurança da vacina a gente confere depois, que agora eu estou com pressa.


  • Anthony Fauci, o showman da pandemia, que disse que você não precisa usar máscara depois de vacinado, mas emendou que é melhor usar, de preferência duas (quanto mais máscaras, melhor?), que disse não haver possibilidade de o novo coronavírus ter vindo de laboratório (quando já sabia que havia, como mostram os e-mails vazados), que disse não ter financiado estudos de ganho de função” de vírus (manipulação para transmissão entre humanos) quando o fundo que gere fez aportes ao laboratório chinês onde esse tipo de estudo aconteceu, enfim, esse homem que é assessor de saúde da Casa Branca e se coloca como uma espécie de oráculo da saúde mundial propaga agressivamente a vacinação de crianças e adolescentes contra a covid. Ele não tem como demonstrar que o risco da doença nessas faixas etárias é maior que o risco da vacina, mas não está nem aí. Um oráculo não deve satisfação a ninguém.

    No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acaba de publicar uma diretriz justamente para a vacinação de adolescentes — entre 12 e 17 anos. A mesma pergunta se coloca: o Ministério da Saúde tem como demonstrar que os riscos da covid-19 para adolescentes são maiores que os riscos das vacinas para esse grupo populacional? 
    Não, ninguém no mundo conseguirá demonstrar isso. O Ministério da Saúde tem as conclusões dos estudos sobre ocorrência de efeitos adversos nessa faixa etária (como miocardite) após aplicação da vacina contra covid? Não, ninguém no mundo tem. Então essa diretriz anunciada pelo senhor Marcelo Queiroga é uma completa irresponsabilidade? Responde aí você, que está assistindo a tudo isso calado.

    • O cardiologista e professor de medicina norte-americano Peter McCullough, com mais de 80 mil citações em publicações acadêmicas segundo o Google Scholar, alertou: “Os códigos da FDA [agência reguladora de saúde dos EUA] exigiam um mínimo de dois anos de dados de segurança para aprovação de uma vacina. Para a covid esses dois anos viraram dois meses”. O dr. McCullough revela também seu espanto com a vacinação em massa de grupos que nem sequer foram testados, como as grávidas. “Isto nunca aconteceu.” E aí? Tá mais tranquilo agora?

    Agora querem te obrigar a se vacinar para não virar um cidadão de segunda classe

    Em qual lugar do mundo você viu uma demonstração sólida da ação imunizante da vacina verificável como fator de mitigação da pandemia? Em lugar nenhum. Você viu propaganda, slogan, gritaria, censura, ordem-unida, intimidação e coação, mas ciência sobre eficácia das vacinas contra a pandemia você não viu. Não precisa, né? Ciência para quem precisa de ciência, diria o poeta. Você já tem um caminhão de manchetes iluministas de fundo de quintal, pra que mais?

    • O número de abortos após as vacinas de mRNA está acima da média nos primeiros seis meses de gravidez? Não há conclusões sobre isso (nem sobre nada relacionado às vacinas contra a covid) mas há estudos em curso a partir de amostragens, como o da Agência Europeia de Medicamentos publicado após os dois primeiros meses de vacinação. 
    Há demonstração cabal de que o risco de aborto representado pela covid é maior que o risco de aborto representado pela vacina? Não, não há. 
    O que faz então o plano de imunização? Manda vacinar. É um iluminismo com cara de apagão, mas ninguém parece preocupado em acender a luz.
     
    Thais Possati de Souza, grávida de cinco meses, morreu duas semanas após se vacinar contra a covid. Horas após a sua morte, a Anvisa emitiu nota técnica vetando a vacina que ela tomou para grávidas.  
    Agora as autoridades vacineiras estão recomendando que as grávidas que tinham tomado a primeira dose da vacina embargada tomem a segunda com outra vacina! 
    Sendo que a segunda usa o mRNA e a primeira não. O que seria isso? Um coquetel vacinal? Isso é ciência ou salada de fruta?

    Bem, é isso aí. Agora querem te obrigar a se vacinar para não virar um cidadão de segunda classe, sem acesso a serviços e aos seus meios de vida. Tudo normal. Você confia nos critérios rigorosos da imunização. Bota fé nessa aventura. Se der merda, você é um azarado.

    Leia também “Grávida, vacinada e morta”

    Guilherme Fiuza , colunista - Revista Oeste


    segunda-feira, 12 de julho de 2021

    Que corda esticada seria essa? = Cachorro que late não morde - Sérgio Alves de Oliveira

    Todos algum dia devem ter ouvido o provérbio muito usado na sabedoria popular: “cachorro que late não morde”. Mas essa expressão acontece na realidade cotidiana . Mas também com gente. Talvez na matéria em exame melhor ficasse a expressão “cachorro que LADRA não morde”.

    E por uma simples razão: ”late”,do verbo latir, deve ser empregado exclusivamente em relação à “fala” de cachorro. E “ladra”, tanto pode ser latido canino,quanto a qualidade de uma pessoa que é “ladra”,feminino de “ladrão”,que rouba. Que rouba o erário. E a tal “corda” que dizem estar esticando o é prioritariamente pelos antigos ladrões do erário que pretendem retornar ao controle do poder para continuarem assaltando os cofres públicos, após terem roubado no passado quantia estimada em 10 trilhões de reais. E que não param de esticar a “corda”, com forte apoio nos Poderes Legislativo (Congresso Nacional),e Judiciário (STF e TSE).

    Mas essa tal “corda” especial certamente tem certas características nada comuns. Ela é tão “elástica” que deve ser algum produto novo da alta tecnologia,privativa de uso pelos ladrões do erário. Porque nunca arrebenta. Deve haver nela uma tecnologia tão avançada que a sua “elasticidade” seria infinita. Ou quase !!!  No caso do Brasil,a tal “corda” já foi tão esticada que provavelmente já teria dado no mínimo uma volta inteira no Planeta Terra, percorrendo a circunferência do Paralelo de Latitude “0”,a linha do Equador, que tem 40.075 quilômetros de circunferência. E tudo acontece apesar das ameaças diárias,e nas “barbas” dos apoiadores e dos militares de alta patente mais vinculados ao Governo de Jair Bolsonaro.

    Em março de 1964 não se ouviu nenhum “latido” no meio militar. E acabou “acontecendo” o que os esquerdistas acampados no Governo João Goulart, que preparavam o golpe ´para a tomada do poder TOTAL ,não esperavam. Foram pegos de surpresa,com a súbita atitude do General Olimpio Mourão Filho, comandante das unidades do Exército sediadas em Juiz de Fora/MG, na madrugada de 31 de março,colocando as tropas do Exército nas ruas para derrubada do Governo de João Goulart o qual,esse sim, estava “esticando a corda” rumo à fatalidade maldita do comunismo.

    E as tropas do General Olimpio lograram êxito. Receberam apoio e ajuda de outros generais, como Odilio Denys, e outros protagonistas de grande prestígio nas FA. Não sofreram resistência armada. Depuseram o Governo Goulart,sem um só tiro,que fugiu do país,conseguindo asilo político no “vizinho” Uruguai. Não houve qualquer reclamação dos militares que a corda da esquerda estaria “esticando”,apesar disso estar realmente acontecendo na prática. Não houve reclamação.Mas houve “ação”. E hoje só reclamam e ameaçam,como faz o “cachorro que late e não morde”.

    Será que atualmente estaria havendo alguma crise de “macho” no Governo e nas Forças Armadas? Mas não estaria eu sujeito a ser processado por essas tais de LGTB  (e não sei mais o que), por ter usado a expressão “macho”, ser “machista”, aos invés de usar “mache”, contida no dicionário da linguagem neutra? Ou por alguma corporação feminista, por ter usado a palavra “macho”,ao invés de “macha”?

    Um detalhe não pode ser esquecido. Em 1964, a “guerra” foi declarada pelo Poder Executivo (Governo João Goulart), contra os Poderes Legislativo e o Judiciário,que acabaram vencendo,com ajuda militar, num “contragolpe”.  E agora (2021), a situação se inverteu: são os Poderes Legislativo (parcialmente) e Judiciário (STF e TSE), declarando guerra contra o Poder Executivo. Quem vencerá? Quem dará um novo “contragolpe”?

    Mas parece que nessa nova “guerra” o papel de “fiel da balança” caberá novamente ao Poder Militar, às Forças Armadas !!!

    Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo