Folha de S. Paulo - O Globo
Em um cenário de ruína, Bolsonaro e Fernández resolveram se estranhar
Bolsonaro e o presidente eleito da Argentina resolveram se estranhar. Por quê? Por nada
Utilizando-se uma medida útil para quem observa briga de rua, foi Bolsonaro quem começou. Em junho ele disse que “Argentina e Brasil não podem retornar à corrupção do passado, a corrupção desenfreada pela busca do poder. Contamos com o povo argentino para escolher bem seu presidente em outubro.” Um mês depois, o candidato Alberto Fernández visitou Lula na carceragem de Curitiba. Domingo, no seu discurso de vitória, ele repetiu o “Lula Livre”, e Bolsonaro classificou o gesto como “uma afronta à democracia brasileira”, recusando-se a cumprimentá-lo pela vitória. [realmente é sem sentido Brasil e Argentina duelarem - ambos já tem muitos problemas a resolver, e a situação dos argentinos é pior.
Mas, quem começou foi o argentino. O presidente Bolsonaro em junho apenas expressou o desejo de que os 'hermanos' fizessem uma bo aescolha.
Já o argentino um mês depois visitou um criminoso brasileiro, encarcerado em Curitiba - erro do Brasil permitir tal visita.
Após as eleições o argentino em seu discurso de comemoração da derrota que o povo argentino se impôs, repetiu um slogan pedindo a liberdade do criminoso condenado, se imiscuindo nos assuntos internos do Brasil e o presidente Bolsonaro respondeu à altura.]
Se diferenças ideológicas justificassem tanta agressividade, os Estados Unidos e a falecida União Soviética teriam começado a Terceira Guerra Mundial no final da década dos 40 do século passado.
Em Folha de S. Paulo e O Globo, MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista