Vozes - Gazeta do Povo
Brasil e Argentina
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
PCC e Hezbollah trocam experiências com armas, treinamentos militares e na capitalização para financiamento de ações criminosos| Foto: Divulgação/Polícia Federal
As conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Hezbollah são investigadas no Brasil desde o ano 2000, mas só se tornaram públicas na última década após uma operação da Polícia Federal.
As investigações apontam que a maior facção criminosa da América Latina, o PCC, se aliou ao grupo terrorista libanês, que apoia o Hamas na guerra contra Israel, para operações na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, em Foz do Iguaçu (PR).
Além disso, a parceria entre PCC e Hezbollah também teria braços de atuação nos portos brasileiros para o transporte ilegal de drogas, armas e munições exportadas e importadas pelo crime organizado no Brasil.
Mas o Norte também preocupa Israel por causa da fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua e é considerado um grupo ainda mais agressivo, com alto poderio armamentista e preparado para abrir para segunda frente de batalha em apoio ao Hamas. Se isso acontecer, as forças israelenses seriam divididas e o novo cenário poderia potenciar o risco de outros países entrarem na guerra, como o Irã, inimigo histórico do Estado de Israel.
Procurado o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse apenas que o “tema deveria ser tratado com a Polícia Federal”. A PF, no entanto, respondeu que estava analisando a demanda, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Como Hezbollah e PCC se encontraram?
Em 2008, surgiu o primeiro alerta da relação criminosa depois que uma operação da PF identificou ligações e parcerias. Na época, as investigações apontavam que a aproximação teria ocorrido dois anos antes, ainda em 2006, focada na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina e não por acaso.
A região concentra uma das maiores comunidades vindas do Oriente Médio, conciliada à facilidade logística proporcionada pelas fronteiras, por onde o PCC transporta drogas, armas, munições e amplia suas ações para outros segmentos ilícitos, como o contrabando bilionário de cigarros.
Há uma década, o alerta foi tema de debate no Congresso Nacional com informações de que os “serviços de inteligência brasileiros reuniam uma série de indícios de que traficantes se associaram a criminosos de origem libanesa, ligados ao Hezbollah, organização com atuação política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita, sediada no Líbano” e que “relatórios da Polícia Federal apontavam que esses grupos teriam se ligado ao PCC”.
À época, o terceiro vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, o então deputado João Campos (PSDB-GO) alertava que pouco vinha sendo feito pelo governo e instituições no sentido de enfrentamento aos núcleos terroristas em território nacional, usando como exemplo a ligação entre PCC e o Hezbollah. Só em 2016, o Brasil aprovou a Lei 13.260 que passou a disciplinar o terrorismo e reformulou o conceito de organização terrorista.
Na prática, os operadores da lei têm avaliado que ela foi feita para não funcionar diante da grande preocupação em não criminalizar movimentos "populares", com ênfase neste caso ao próprio Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Além do grupo extremista libanês, a PF tem alertado para a parceria da facção brasileira com máfias de diversos cantos do planeta, com retorno financeiro expressivo e maior influência.
Juliet Manfrin, colunista - Gazeta do Povo - Paraná
A reportagem do Estadão percorreu nas últimas duas semanas mais de 4 mil quilômetros ouvindo o que pensam os eleitores, questionando políticos locais e observando o cenário pré-eleitoral na Argentina. E de norte a sul do país, desde as terras secas e ricas em minerais dos Andes à gélida e ensolarada Patagônia, o que se vê é um rompimento com os velhos nomes da política.
Mesmo em lugares nos quais pautas como dolarização e venda de órgãos parecem desconectadas da realidade local, Javier Milei encontrou um clima de abandono, frustração e uma certa vontade de ‘explodir tudo’. Essa nova versão do ‘se vayan todos’ criou um terreno fértil inédito para o colapso de uma lógica clientelista operada há décadas pelo peronismo no interior da Argentina.
Parte do sucesso de Milei se deve ao rechaço ao peronismo em consequência do mal avaliado governo de Alberto Fernández e de seu ministro da Economia, Sergio Massa, candidato da situação. Quem vota no libertário, fala em romper com a ‘velha política’ que, na avaliação da maioria, colocou a Argentina em uma crise econômica profunda, com uma inflação de quase 140%, pobreza acima de 40% e desvalorização da moeda.
A província de Salta, no norte da Argentina, aglutinou o sentimento de bronca que os argentinos vivem da política: nas primárias, metade da província elegeu Milei. Em povoados mais distantes da capital, essa votação chegou a passar de 60%.
A cor predominante nas ruas da capital saltenha é o amarelo da coalizão A Liberdade Avança e do padrinho político de Milei na província, Alfredo Olmedo. Pela cidade toda, cartazes de apoio aos libertários Milei, Olmedo e Orozco - a candidata a deputada federal, viraram febre. Nas ruas, jovens se vestem como o “Peluca” (apelido de Milei que significa ‘peruca’) e fazem uma festa ao pedir votos pelo libertário.
Perto da praça 9 de Julio, um stand de Bullrich, com direito a um pato gigante - o apelido de Patricia é Pato Bullrich - fica quase apagado em meio ao mar de amarelo.
Aníbal Franco, 30, é um dos que se vê cansado de ver peronistas no poder e dessa vez vai votar em Milei. Morador de San Antonio de Los Cobras, cidade de Salta onde 63% votou em Milei, ele trabalha com a mineração e conta que, ainda que não seja um emprego ruim, o salário já não lhe é suficiente.
“Tenho um salário de 300 mil a 350 mil pesos mensais, mas com a inflação e a disparada do dólar é o suficiente para cobrir a cesta básica”, comenta. “Mas ainda tenho que pagar aluguel, pagar a luz, o gás, a internet ou qualquer outro serviço, só com isso já se foi tudo. E ainda tenho que levar os filhos na escola, comprar roupas. Então, onde está a igualdade e a justiça social que dizem? Não existe”.
Já no centro do país, na província de San Luís, o sentimento de cansaço foi traduzido não só em um apoio em massa a Milei na primária de agosto - a província foi a segunda que mais o votou - mas também tirando do poder velhos nomes da administração local. Pela primeira vez desde a redemocratização do país, há 40 anos, a província não será governada por alguém da família Rodríguez Saá.
Personagens importantes do peronismo pós-redemocratização, os irmãos Adolfo e Alberto Rodríguez Saá mantiveram por 40 anos a hegemonia na pequena província agrícola da Argentina. Mas dessa vez, o candidato apoiado pelo atual governador, Alberto, perdeu a corrida para um candidato de dentro da coalizão do Juntos pela Mudança.
Menos amarela que Salta, mas definitivamente com muitas imagens e cartazes da campanha de Milei, San Luís vivia um clima intenso pré-eleitoral. Na praça Pringles, jovens tentavam fazer campanha por Sergio Massa em uma pequena tenda no canto, mas não eram muitos os que se aproximavam. Já Patricia Bullrich, escolheu a cidade como um dos pontos para finalizar a sua campanha.
Ana Paula Pereyra, 24, se preocupa pelas falas de Milei e ainda não estava certa em que votaria, mas não deixava de demonstrar insatisfação com a política que vem sendo tocada em sua cidade desde sempre. “Do jeito que estamos, com essa crise, sem perspectiva de ter um emprego, tendo que sair do país para trabalhar, isso não dá para continuar. Mas Milei ainda me deixa insegura”, afirma.
No sul do país, a temperatura política, ao menos na superfície, parece diferente. Em Río Gallegos, capital da província de Santa Cruz, cidade natal de Néstor Kirchner e o berço do kirchnerismo, quase não se vê campanhas a favor de Milei. No máximo alguns panfletos do A Liberdade Avança são vistos nas calçadas e folhas de sulfite rasgadas coladas em postes com o rosto do libertário.
Ainda assim, ele também foi o mais votado na província nas primárias, para surpresa absoluta dos kirchneristas. Dentro do círculo político próximo de Alicia Kirchner, governadora em retirada da província e irmã de Nestor, o voto expressivo de Milei veio como um choque.
Nas ruas, quase ninguém fala em quem se pretende votar. No máximo, a população demonstra algum descontentamento e diz que o país precisa de uma mudança de rumo.
Mas Milei levou a província considerada um bastião dos Kirchner nas primárias com 28% dos votos, seguido pela coalizão peronista com 21%. O clima de silêncio faz analistas acreditarem que ali houve um “voto de vergonha” no libertário, em que se vota, mas não se admite. Os números são ainda mais impressionantes quando considerado que Milei não fez campanha ali, nem ao menos teve candidatos provinciais para governo ou legislativo.
A isso acrescenta-se o fato de que, pela primeira vez em 30 anos, nenhum kirchnerista estará no governo. Alicia, que concorre para o Senado, não conseguiu eleger seu candidato e a oposição macrista venceu a corrida. Amplificando o sentimento de cansaço na terra dos pinguins.
Embora sejam eleições definidoras na história da Argentina, o consultor político Pedro Buttazzoni reluta em classificá-la como uma das mais importantes, especialmente frente a um baixo engajamento a ir votar. O voto é obrigatório, mas nas primárias, mais de 30% decidiu não participar, um dos números mais altos dos últimos 40 anos.
As eleições nacionais costumam ter um nível de participação maior que as primárias, mas não se sabe até onde o eleitor desencantado ficou convencido com alguma das candidaturas.
“Ninguém se aventura em ser contundente em um prognóstico, os cidadãos tem uma enorme resistência a responder pesquisas, o que dificulta realizar estudos e na hora de construir cenários possíveis há uma conclusão generalizada: pode ocorrer de tudo”, afirma o analista e co-diretor da Droit Consultores.
“Talvez o cenário mais provável seja de um segundo turno entre Milei e Massa. Tudo indica que com a fragmentação eleitoral será difícil que algum candidato tenha mais de 40% ou ter uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo. Milei é o favorito e dentro de seu diretório as opções são somente de vitória. Em geral, todos esperam que ele termine em primeiro, a questão será a diferença”, completa.
Em sua avaliação, se Milei obtiver menos que 35% com uma diferença pequena para Massa, ainda que seja uma vitória, será vista como menos contundente que a esperada, e pode dar ao peronismo chances de sonhar com uma virada. Já uma vitória acima de 35% com uma diferença maior que 6 pontos será uma consolidação de seu favoritismo. O último cenário é o da vitória em primeiro turno. Improvável, mas possível, se de fato existir um voto envergonhado.
“O alto número de indecisos e de pessoas que se negam a responder as pesquisas nos obrigam a manter a hipótese de uma nova espiral de silêncio. Muitas pessoas preferem não expressar seu voto para não serem julgadas. Se essa massa de indecisos se voltar para Milei, o primeiro turno é uma possibilidade”, pontua Buttazzoni.
Ainda que haja a possibilidade de se definir tudo em primeiro turno, analistas são céticos quanto a isso. Pela regra, para um presidente já sair definido neste domingo, é necessário obter mais de 45% dos votos, ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais do segundo colocado. Milei, porém, tem um teto baixo, segundo análises de pesquisas de intenção de votos, e não deve crescer a ponto de ultrapassar essas barreiras.
Mas independentemente do resultado de hoje, essas eleições já causaram um terremoto no sistema político tradicional da Argentina, forçando os grandes partidos a repensarem suas estratégias de comunicação e busca de votos, e com eleitores das províncias mais distantes demonstrando seu descontentamento frente à prioridade que tem Buenos Aires na agenda política.
Carolina Marins - O Estado de S. Paulo
Outro dia, jantando com um embaixador sul-americano, ele me perguntou: “será que o governo brasileiro está preparado para o resultado da eleição na Argentina?”. Na quinta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu que o governo brasileiro teme o resultado da eleição na Argentina. Mesmo que as pesquisas não estejam mostrando, Milei é favorito, diante da situação caótica da economia argentina.
WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia
É terrível o que está acontecendo, e mais terrível ainda é a omissão da mídia brasileira, que parece querer jogar sobre nossos olhos e nossos ouvidos fatos que estão acontecendo a mais de 10 mil quilômetros daqui, para não percebermos o que está acontecendo na Amazônia.
Ao abrir a Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
falou contra o conflito na Ucrânia e criticou os membros permanentes do
Conselho de Segurança, que têm poder de veto e fazem guerras. O Brasil
quer ser membro permanente — já que também foi nação vitoriosa na II
Guerra.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que falou depois, concordou com Lula, pregando a necessidade de mais vozes no Conselho de Segurança. [mais vozes, para falar bobagens? Biden, emite com folga, as falas negativas que o petista que preside o Brasil expeliria se o Brasil se tornasse membro permanente do CS-ONU.] Hoje os presidentes Lula e Biden se encontram, em Nova York. Foi uma presença forte do Brasil, diante de representantes dos 193 países membros das Nações Unidas. É desejo do Brasil ter um protagonismo mais significativo nas questões mundiais. Mas teria o país um poder nacional para sustentar uma posição maior, mais decisiva?
Além disso, nossa tentativa de liderança mistura o estilo de clientelismo usado dentro do país com política de boa vizinhança de oferecer créditos de um banco estatal nacional, como se ele fosse uma agência internacional de desenvolvimento. É a projeção do fisiologismo interno para atrair países na ilusão de liderança regional.
O ditador chileno Augusto Pinochet, em 1983, no aniversário de dez anos do golpe militar no país (ILA AGENCIA/Gamma-Rapho/Getty Images)
Cinquenta anos depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973, deveria predominar no Chile um amplo consenso sobre as vantagens da democracia, das decisões consensuais e do respeito pelas minorias e, obviamente, pelos direitos humanos.
Esse consenso valioso, que permitiu a redemocratização pacífica do país, hoje dá lugar a uma discussão azeda sobre quem foi responsável pela derrocada democrática de 1973. Em grande parte, isso é resultado de uma situação atípica do Chile: depois de eleger, surpreendentemente, um presidente de extrema esquerda, Gabriel Boric, a maioria dos chilenos derrubou um novo e radical projeto de constituição e elegeu um congresso de direita para fazer outra reforma.
Por causa disso, o debate ficou mais azedo e internacional. Inclusive sobre o golpe. Em vez de um documento comum em defesa da democracia, os três partidos de direita pura — sim, existe isso no Chile, e ninguém espera cargos no governo para aderir — não aceitaram o chamado Compromisso de Santiago e lançaram seu próprio documento. Nem a intervenção do ex-presidente Sebastián Piñera em favor do consenso, bastante moderado, proposto por Boric adiantou.
O documento da direita também é equilibrado, mas evoca um passado que a esquerda quer fazer de conta que não existe, incluindo os graves abusos cometidos pelo presidente Salvador Allende em seu projeto nada menos que revolucionário. “A vivência que cada pessoa experimentou e suas severas consequências nos obrigam a refletir sobre essas cinco décadas, tomar consciência das aprendizagens e dos erros cometidos por todos os setores, e olhar para a futuro”, diz o documento. Em outro trecho, condena “toda expressão, movimento ou conclamação que se valha da violência ou do terrorismo para a promoção de suas ideias ou a conquista de seus objetivos”.
São, obviamente, referências a abusos praticados pela esquerda numa época de extrema radicalização, com grupos armados autodenominados revolucionários já agindo mesmo durante o governo Allende e atos hediondos como o assassinato de proprietários rurais.
Outra reação da direita que não quer ver a glorificação oficial do presidente que se suicidou no Palácio de la Moneda, sob bombardeio das Forças Armadas, foi ler na Câmara de Deputados um documento datado de poucos dias antes do golpe em que Allende era acusado de grave quebra da ordem constitucional.
A falta de autocrítica da esquerda também voltou a ser assunto na Argentina, principalmente depois que a candidata a vice na chapa do ultralibertário Javier Milei, Victoria Villaruel, convocou um ato na Assembleia Nacional em memória das “vítimas do terrorismo” — ou seja, as feitas pelas organizações armadas de esquerda.
Dizer que houve abusos hediondos dos dois lados, embora os detentores do poder do estado tenham responsabilidades redobradas, provoca surtos irracionais nos setores para os quais a Argentina se divide entre os bons e os maus. Victoria Villaruel, que é filha de militar, despertou manifestações de protesto com o ato e com suas declarações sobre a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. “A verdade é que Carlotto tem sido uma personagem bastante sinistra para nosso país porque, com este semblante de vovó boazinha, justificou o terrorismo”, disse ela. “Faz política desde sempre e tem a família toda empregada pelo Estado”
A filha de Estella, Laura, era militante dos Montoneros, foi presa, torturada e morta. Estava grávida e os torturadores esperaram a criança nascer. O neto, dado a uma família favorável ao regime, foi identificado por iniciativa própria em 2014.
Histórias assim deveriam fazer todos nós pensarmos “nunca mais” — tanto para as monstruosidades praticadas nos porões das ditaduras quanto para grupos armados como os Montoneros, que mataram, sequestraram, explodiram e executaram, inclusive quem não tinha nada a ver com o regime, porque achavam que agiam em nome do Bem e tudo era justificado.
O passado ainda assombra países como o Chile e a Argentina, onde a repressão foi infinitamente maior do que no Brasil. Propor nuances, conhecimento dos fatos e distanciamento histórico perturba quem se acha portador da verdade e da superioridade moral — de qualquer lado que seja.
Gabriel Boric prometeu e está cumprindo lançar um plano nacional para buscar os 1 162 mortos durante a ditadura cujos corpos não foram recuperados. É justo fazer essa busca. Mas é inevitável que reabra feridas.
Vilma Gryzinski, Mundialista - Revista VEJA
"Cadê aquela turma que dizia que em seis meses viraríamos Argentina e em um ano a Venezuela?", questionou o senador Randolfe Rodrigues [o estridente.] ao divulgar a notícia do Estadão de que o PIB do Brasil é o 7º em ranking de crescimento e pode voltar ao top 10 das maiores economias em 2023.
Com uma inflação prevista para atingir mais de 160%, uma das mais elevadas do mundo, e uma expectativa de ver seu PIB encolher 3% neste ano, segundo projeções do Itaú, o país teve de aumentar suas taxas básicas de juro de 97% para 118% no mês passado.
Essa notícia até poderia ser alvissareira para os brasileiros decentes. Afinal, tudo indica que o liberal Javier Milei pode ser eleito nas próximas eleições, quiçá no primeiro turno. Mas aí o patriota brasileiro lembra que a Argentina tem voto impresso, que não tem um TSE todo poderoso como o nosso, e que sua Suprema Corte não chegou ao patamar de ativismo do nosso Supremo.
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Vozes - Alexandre Garcia
WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia
E aí o ministro reconhece que houve um injusto e grave constrangimento. Quebraram sigilos, bloquearam bens e atingiram famílias desses empresários, responsáveis por empresas como Coco Bambu, Multiplan, Barra Shopping, W3, Mormaii, Sierra Móveis; só continuam sendo investigados o dono da Tecnisa e o Luciano Hang, da Havan, que se recusou a fornecer a senha para acessarem os computadores e celulares. Aliás, Moraes mandou devolver os computadores e celulares dos seis. E agora, depois que lançaram tudo no ventilador?
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Um dia após as urnas mostrarem vitória inesperada do candidato de extrema direita, Javier Milei,
nas prévias das eleições argentinas, o Banco Central (BC) do país
decidiu elevar em 22% o dólar oficial, que passa a valer 350 pesos.
Segundo fontes do La Nación, o governo vai travar o câmbio até as
eleições de outubro. Em paralelo, o BC elevou a taxa básica de juros em 21 pontos, para 118% ao ano, o mais alto patamar em 20 anos.[elevar os juros é o único caminho eficaz e o menos demorado para conter a inflação.]
A Argentina, que atravessa uma forte crise, tem várias cotações de dólar. No mercado paralelo, o mais conhecido é o chamado dólar blue, que chegou a 680 pesos nesta manhã. A expectativa é que a desvalorização do dólar oficial afete as demais cotações.
Após anúncio do BC argentino, o dólar turista estava cotado a 731 pesos por volta de 11h30 (horário de Brasília). Há filas para comprar moeda estrangeira.
Desde que foi anunciada a revisão dos termos do acordo entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo argentino, no fim de julho, o Banco Central mudou sua postura e começou a desvalorizar diariamente o dólar.
Inflação atingiu nível mais alto em 30 anos.Milei tem como plataforma econômica dolarizar o país e fechar o banco central. Sua vitória nas prévias argentinas causou um rebuliço no mercado nesta manhã, com a disparada do peso, o que levou o BC argentino a anunciar medidas duras numa tentativa de conter o alvoroço no mercado.
A Bolsa caía 14% por volta de 11h40, maior queda no intraday desde as primárias de 2019, quando o atual presidente do país, Alberto Fernandez, também venceu as urnas inesperadamente, contra o seu adversário político Mauricio Macri.- No curto prazo, a incerteza sobre o plano econômico de Milei e a palavra dolarização faz o dólar subir no mercado paralelo. E há incerteza sobre o que vem por aí ainda. O Banco Central poderá intervir para conter o dólar paralelo, venderá dólar futuro. Teremos que digerir a surpresa - disse Fernando Marull, economista da FMyA.
Veja, abaixo, as avaliações sobre o resultado das eleições e seu impacto nos mercados:
.........................
Em Economia - Jornal O Globo - MATÉRIA COMPLETA
Emerenciano e Marcela, pais de César, com quem Cecília havia se casado recentemente, planejaram a morte da nora propondo-lhe uma viagem ao sul, Ushuaia, para trabalho e passeio. Tudo mentira e arapuca. Seu destino trágico seria uma pocilga no interior de Chaco.
As famílias Sena e Acunha exercem liderança política na região e se tornaram conhecidos por suas ações piqueteiras e sindicais. O esquerdismo comunista dos criminosos é o motivo pelo qual, até o momento, não ter havido manifestação pública dos atuais governantes condenando o fato, nem expressado solidariedade à família da vítima.
Mesmo sem qualificações profissionais, os assassinos de Cecília angariaram postos administrativos e apropriaram-se de escolas (che guevaristas) e fundações receptoras de verbas governamentais.
Emerenciano Sena e Marcela Acunha, momentaneamente presos, são ainda candidatos às eleições do próximo pleito e buscam vaga na Câmara da Província e no governo municipal. Para arregimentar votos, mostram-se piedosos e devotos como parecem revelar as fotografias da visita que fizeram ao papa, em Roma.
Dos atuais governantes provinciais e federais, na Província del Chaco, seus amigos escandalosamente coniventes, ainda recebem dinheiro para administrar onde e como bem lhes parecer. O apoio infraestrutural às suas 'obras assistenciais e culturais' continua, assim como o suporte para suas campanhas políticas. Os parceiros escancarados da ilicitude e da imoralidade são o governador e os líderes kirchneristas nacionais.
Aprisionando poderes judiciais e leis, ladrões e maníacos lubrificam-se com impunidades psicopáticas maquiadas de serviço público e mentiroso amor pelo povo.
Cartazes eleitorais dos assassinos de Cecília na Província del Chaco diziam: "Somos lo que hacemos". A autêntica face de suas personalidades.
Se a política (de polis: cidade e ika: arte), consiste na justa administração das coisas pertencentes a muitos, pode-se concluir que a sabedoria grega há muito foi incinerada entre nós.
A ilha de Salamina em 480 a. C., viu a batalha na qual os helenos em pequeno número comandados por Temístocles venceram os numerosos persas comandados por Xerxes. A coragem dos gregos brotava do amor visceral que sentiam pela terra e pela liberdade. Preferiam a morte do que ser escravizados. Aos soldados persas, 'universais' e mercenários, interessava-lhes naquele então somente o soldo e os botins. Oh gregos! Vinde um momento nos ensinar patriotismo e cidadania.
Arrancai da casta política benefícios e privilégios e vereis seu verdadeiro rosto! Trazei à luz suas intenções e vereis imoralidades! Extirpai do seu horizonte vaidades e aplausos e vereis artérias contaminando seus corações, mentiras corroendo suas palavras e perversidade orientando seus comportamentos! Tirai de seus colos mordomias e salamaleques e vereis hipocrisias em seus atos!
Se os argentinos elegerem outro candidato, exceto Javier Milei, continuarão sua derrocada moral e econômica. Seria péssimo para o Brasil e para a América Latina. O nefasto socialismo peronista e kirchnerista não pode continuar, caso contrário nossa irmã Argentina cairá implacavelmente num poço social e econômico jamais visto em sua história. Torcemos por Javier Milei.
Santa Maria, 10/08/2023
Conservadores e Liberais - O autor é professor de Filosofia