A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) divulgou
nota nesta quarta-feira (29) para “manifestar sua preocupação” com o “pacto” discutido na terça pelos presidentes dos três Poderes. O texto critica especificamente o apoio anunciado pelo presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, à reforma da Previdência,
porque pontos da proposta podem vir a ser questionados na Corte.
“Sendo o STF o guardião da Constituição, dos direitos e
garantias fundamentais e da democracia, é possível que alguns temas da
reforma da previdência tenham sua
constitucionalidade submetida ao julgamento perante a Corte máxima do país”, escreve a Ajufe em crítica sobre a presença de Toffoli do encontro.
constitucionalidade submetida ao julgamento perante a Corte máxima do país”, escreve a Ajufe em crítica sobre a presença de Toffoli do encontro.
Na terça, Toffoli se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Eles analisaram a minuta de um “pacto de entendimento e metas”, que inclui as reformas da Previdência e tributária e o pacto federativo, entre outras propostas. O governo federal quer que o pacto seja formalizado em um ato no Palácio do Planalto em junho.
Em fevereiro deste ano, segundo um auxiliar do Planalto, a ideia do pacto foi encampada por Bolsonaro, e coube à Casa Civil fazer uma nova versão e apresentá-la aos chefes dos poderes. Em entrevista à imprensa após o café no Alvorada, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou que o documento foi “praticamente validado por todos” e agora passará por ajustes finais. A ideia do pacto foi apresentada pelo próprio presidente do STF em outubro do ano passado. A versão defendida por Dias Toffoli inclui cinco pontos: reforma da Previdência, reforma tributária, pacto federativo, segurança pública e desburocratização.
O Globo