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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Impeachment não emplaca, mas desgaste é risco concreto para Bolsonaro acuado pelo Centrão e STF

Transcrito do Alerta Total – www.alertatotal.net

O Dia D para o destino político Jair Messias Bolsonaro é 1 de fevereiro. Se conseguir eleger o alagoano Arthur Lira presidente da Câmara dos Deputados, o factoide do impeachment só prospera se o titular do Palácio do Planalto cometer algum crime concreto ou fizer uma mega-besteira de gestão. Com Lira no comando, Bolsonaro tem chance de aprovar, nem que seja de forma meia-boca, algumas das reformas prometidas na campanha eleitoral, como a tributária, a administrativa e o novo pacto federativo. Reforma política pode esquecer, porque a maioria do Congresso não quer saber dela.

[Um comentário: consideramos inviável o impeachment do presidente Bolsonaro;
- sendo um crime político o impeachment para decolar necessita que o pedido tenha um suporte acusatório que seja crime;
- ainda que um pedido seja pautado é necessário que 342 deputados decidam pela abertura de processo - com a presença de 341 deputados, nem a sessão é aberta.
Um esclarecimento
 A BEM DA VERDADE:
Parte da mídia, encabeçada todos sabem por quem, tentam emplacar a versão de que o Brasil não tem o IFA (insumo essencial para a fabricação da CoronaVac ou da vacina da Fiocruz e que vem da China) devido uma retaliação dos chineses às críticas que recebem da família Bolsonaro.
 
MENTIRA...............................
O IFA vem da China mas seu fornecimento não depende da boa vontade dos chineses, já que no concernente a vacina da ASTRAZENECA o contrato do Brasil é com aquela farmacêutica, que produz seu próprio IFA, sem depender da China, em sua fábrica localizada naquele país  mas sob administração e controle da farmacêutica ASTRAZENECA.

Sendo uma multinacional, a ASTRAZENECA não está sujeita aos caprichos dos chineses. 

Já a CoronaVac que é fabricada pela Sinovac, empresa chinesa, depende dos humores chineses.]
A narrativa do impeachment é cada vez mais intensa nas redes sociais da internet. A esquerda endinheirada recuperou boa parte do espaço perdido na eleição de 2018, na qual Bolsonaro reinou absoluto e conseguiu o milagre da vitória sem volume pesado de dinheiro. Tal ponto fora da curva tende a não se repetir novamente. Da mesma forma como é remoto o risco de impedimento, a não ser que a “oposição perdida” emplaque Baleia Rossi no comando da Câmara, e o PMDB também eleja Simone Tebet presidente do Senado e do Congresso Nacional.

Prova objetiva de que o impeachment ainda é uma ameaça muito distante da realidade é que apenas 108 dos 513 deputados se declaram, abertamente, a favor de tirar Bolsonaro do poder, fora do prazo constitucional previsto. No entanto, a cautela e a prudência recomendam que Bolsonaro não cometa a insensatez de se achar na zona de conforto. Emplacar um presidente confiável na Câmara dos Deputados, e que aceite tocar a agenda do governo federal, é um ponto essencial para o destino de Bolsonaro. No fisiologismo patrimonialista brasileiro, o risco de infidelidade e/ou tradição é sempre presente. Quem garante que Lira não vai repetir o comportamento de Rodrigo Maia - que foi eleito para o comando da Câmara com promessa de ser parceiro de Bolsonaro, mas, depois, virou de lado?

O fato concreto é que a narrativa do impeachment representa a antecipação prematura da sucessão presidencial de 2022. Até agora, não apareceu qualquer candidato com potencial ou capacidade real de empolgar o eleitorado contra Jair Bolsonaro. Por isso que a prioridade da esquerdalha perdida se limita a pregar a palhaçada da saída do “Bozo”. A “oposição” de araque ainda não tem candidato com força suficiente para vitória na disputa leal e direta. A petelândia se isola com os inviáveis Aloisio Mercadante, Fernando Haddad e Jaques Wagner. A social demagogia (ops, demo-cracia) sugere o factoide Luciano Huck. Ciro Gomes é outro candidato permanente que não consegue unir a esquerda e apenas sobe o tom das críticas ao PT. João Dória Júnior perdeu a noção do ridículo, mas como o governo de São Paulo tem muita verba publicitária a extrema mídia estado dependente demonstra parcialidade, criticando-o apenas levemente.

Apesar dos mais de 60 pedidos de impedimento acumulados no Congresso, Bolsonaro só vai cair e sair se ele mesmo se autodestruir. Basta atender à base aliada que tudo fica como dantes no quartel de Abrantes. Bolsonaro só tem de domar o ímpeto fisiológico do Centrão por cargos e oportunidades de fazer negociatas usando a máquina estatal. Bolsonaro também precisa ficar esperto em relação a esquemas estatais - esqueletos que seguem vivíssimos desde a Era FHC/PT/PMDB, agora ganhando carne e musculatura, com altíssimo potencial de escândalo e risco de prejuízos para contribuintes de fundos de pensão. Tem bomba prontinha para explodir no colo de Bolsonaro - que, aparentemente, não se dá conta do problema que envolve personagens poderosos de seu governo.

O impeachment de Bolsonaro não interessa ao establishment. Mais fácil é manter Bolsonaro emparedado, pressionado a ponto de cometer falhas bobas e imperdoáveis
Interessa ao esquema de poder hegemônico que Bolsonaro permaneça refém do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Exatamente por isso não dá para antecipar nada, com alguma exatidão, acerca da sucessão presidencial de 2022. Tudo que se afirma ou especula agora não passa de ejaculação precoce. Os cenários ainda são muito voláteis.

No mais, o jeito é suportar os tempos de covidão - agora com a narrativa da vacina salvadora.
Indagações pertinentes
Perguntas relevantes feitas pelo livre-pensador David Svaiter:
- Há algum avião vindo da Europa com médicos, enfermeiros e material para ajudar a salvar vidas em Manaus?

- Algum dirigente europeu se manifestou sobre as mortes do povo da floresta? Ofereceram ajuda?
Ah, esqueci que a floresta não está queimando, pois é temporada de chuvas na Amazônia.

Quem está morrendo é a população e não as árvores e outras riquezas.
Vida humana certamente é um bem sem nenhum valor para os que clamam pela “preservação da floresta”.

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Jorge Serrão - Editor-chefe