Bolsonaro estava ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários para reforçar o discurso de reabertura da economia
Presidente quer que responsabilidade pela crise política, econômica e sanitária que abala seu governo recaia sobre outros Poderes
[não se trata de constranger à Corte Suprema - nenhum dos Poderes da República pode ser constrangido - e sim de definir responsáveis.
O presidente Bolsonaro não quer que nenhum dos outros dois Poderes assuma responsabilidades do Poder Executivo e sim que cada um seja responsável pelos seus atos, intervenções e interferências. Para tanto, nada melhor que uma visita esclarecedora. ]
Ao invés de cabo e soldado, o presidente Jair Bolsonaro levou empresários da indústria para constranger o Supremo Tribunal Federal (STF). Quem não se lembra do polêmico vídeo postado nas redes sociais pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, no qual ele fala que bastam um soldado e um cabo para fechar o Supremo?
"Se
quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda
um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo”, disse
Eduardo no vídeo de 2018.
Quase
dois anos depois, num gesto repleto de simbolismo, o presidente
surpreendeu nesta quinta-feira, 7, ao deixar o Palácio do Planalto e
caminhar, a pé, em direção ao Supremo para pedir publicamente que as
medidas restritivas de isolamento social sejam amenizadas. Tudo com
transmissão ao vivo pela TV.
Bolsonaro estava ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários para reforçar o discurso de reabertura da economia. Entre os empresários, representantes do Instituto Aço Brasil, Anfavea (automóveis), Abiquim (química), Interfarma (farmacêutica), Abit (têxtil e confecções), Cbic (construção), Abiplast (plástico), Abrinq (brinquedos) e outros setores. Com a cena desta quinta, não tem como não lembrar o movimento “Não Vamos Pagar o Pato” organizado pela Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp), que apoiou o processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. [cabe lembrar que a visita de hoje ao STF não foi orquestrada pelo Fiesp, foi apenas de cortesia.]
Agora, o que muitos se perguntam é se não parece muito um apelo, às avessas, para não ter impeachment de Bolsonaro, depois das acusações do ex-ministro Sergio Moro. [anotem: as acusações do ex-ministro Moro não passam de meras acusações caluniosas e que não serão provadas - informações vazias não constituem provas.
o ex-ministro apenas age da forma que se espera de alguém que revela conversas particulares com terceiros - inclusive de uma amiga e afilhada de casamento do ex-juiz.]
O presidente e o ministro tinham mesmo é que liderar e propor as saídas para a crise e não levar os problemas e preocupações do empresariado para o Judiciário. Não faz muito sentido, a não ser que ele esteja mesmo pressionando o STF. De imediato, Guedes conseguiu o apoio público do presidente ao veto de parte do projeto de auxílio emergencial aos Estados e municípios que excluiu várias categorias do congelamento de salários por 18 meses.
“Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes. Se ele acha que deve vetar, assim será feito", disse o presidente. Foi o presidente quem deu aval para a abrir a porteira que deixou de fora do aperto fiscal as categorias que lhe dão apoio, principalmente as Forças Armadas e de segurança, contrariando a orientação da sua equipe econômica. Pagando para ver se ele vai cumprir o que prometeu a Guedes.
Bastidores - O Estado de S. Paulo
Bolsonaro estava ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários para reforçar o discurso de reabertura da economia. Entre os empresários, representantes do Instituto Aço Brasil, Anfavea (automóveis), Abiquim (química), Interfarma (farmacêutica), Abit (têxtil e confecções), Cbic (construção), Abiplast (plástico), Abrinq (brinquedos) e outros setores. Com a cena desta quinta, não tem como não lembrar o movimento “Não Vamos Pagar o Pato” organizado pela Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp), que apoiou o processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. [cabe lembrar que a visita de hoje ao STF não foi orquestrada pelo Fiesp, foi apenas de cortesia.]
Agora, o que muitos se perguntam é se não parece muito um apelo, às avessas, para não ter impeachment de Bolsonaro, depois das acusações do ex-ministro Sergio Moro. [anotem: as acusações do ex-ministro Moro não passam de meras acusações caluniosas e que não serão provadas - informações vazias não constituem provas.
o ex-ministro apenas age da forma que se espera de alguém que revela conversas particulares com terceiros - inclusive de uma amiga e afilhada de casamento do ex-juiz.]
O presidente e o ministro tinham mesmo é que liderar e propor as saídas para a crise e não levar os problemas e preocupações do empresariado para o Judiciário. Não faz muito sentido, a não ser que ele esteja mesmo pressionando o STF. De imediato, Guedes conseguiu o apoio público do presidente ao veto de parte do projeto de auxílio emergencial aos Estados e municípios que excluiu várias categorias do congelamento de salários por 18 meses.
“Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes. Se ele acha que deve vetar, assim será feito", disse o presidente. Foi o presidente quem deu aval para a abrir a porteira que deixou de fora do aperto fiscal as categorias que lhe dão apoio, principalmente as Forças Armadas e de segurança, contrariando a orientação da sua equipe econômica. Pagando para ver se ele vai cumprir o que prometeu a Guedes.
Bastidores - O Estado de S. Paulo